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domingo, 9 de junho de 2013

Cientistas encontraram vida no ponto mais profundo do planeta



Em 2012, o premiado diretor de cinema James Cameron se aventurou em uma importante e histórica viajem no fundo do Pacífico.


A descida, de quase 11.000 metros, levou Cameron até o ponto mais profundo dos oceanos, e com isso, ele conseguiu realizar dois feitos: ser o primeiro homem a fazer à viagem absolutamente só, e o primeiro a registrar o trajeto com filmagens.

O diretor de Titanic e Avatar não encontrou muita evidência de vida ali, no entanto, se ele tivesse conseguido descer um pouco mais e estivesse munido com um microscópio, ele talvez conseguisse constatar que existe uma elevada e intensa atividade microscópica naquela zona profunda do Oceano Pacífico.

Ronnie Glud da Universidade do Sul da Dinamarca, em Odense, junto com sua equipe, despacharam sensores autônomos e coletores de amostra nos sedimentos do local de mergulho de Cameron, na parte inferior da trincheira do Pacífico Ocidental, conhecido também como Abismo de Challenger.

Apenas 1% da matéria orgânica que é consumida na superfície do mar consegue alcançar níveis tão profundos, onde a pressão é quase 1.100 vezes maior do que a superfície. Isso explicava a impossibilidade de se encontrar resíduos orgânicos ali e até mesmo vida microscópica.

Era o que se previa até então. No entanto, a equipe de Glud comparou as amostras retiradas do Abismo de Challenger com outra planície também profunda, mas não tão profunda quanto o primeiro. Descobriu-se que as bactérias encontradas no Abismo de Challenger, eram cerca de dez vezes mais abundantes que na outra planície coletada. Em cada centímetro cúbico analisado havia aproximadamente 10 bilhões de microrganismos; muitos eram mais ativos que os demais micróbios coletados.

"Há muito mais do que os olhos podem enxergar no fundo do mar", diz Hans Roy, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca.

No ano passado, ele também estudou certos sedimentos do fundo do mar em uma área, que ao contrário de Abismo de Challenger é de fato quase desprovido de alimentos.

Entretanto, até mesmo neste local praticamente impossível de manter alguma vida, ele encontrou microrganismos. "Com a exceção de temperaturas muito acima da ebulição da água, as bactérias parecem lidar com tudo o que este planeta pode sujeitá-las a viver", diz ele.

Fonte da Informação: http://www.jornalciencia.com/meio-ambiente/

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