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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

De que são feitas as pétalas?


Já reparou no que torna as flores tão bonitas e atraentes? Suas pétalas, ora! Coloridas, elas enfeitam qualquer jardim ou até a sala da sua casa. Mas do que será que elas são feitas?

As pétalas têm uma composição muito parecida com a das folhas e são formadas por uma parte externa e outra interna.
Na parte de fora, pétalas e folhas são similares e possuem células de revestimento e outras de um tipo especial que formam uma importante estrutura chamada estômato – um poro responsável pelas trocas gasosas das plantas com o ambiente. A diferença entre folhas e pétalas começa no “recheio”, onde as folhas possuem células que contêm grande quantidade de clorofila e por isso são capazes de fazer fotossíntese.

As cores fortes e atraentes das pétalas são uma maneira de atrair polinizadores
 (Foto: Flickr / The Green Party / CC BY-ND 2.0)


Outra diferença entre pétalas e folhas está nas cores e no odor. Enquanto a maioria das folhas é verde por causa da clorofila, as pétalas possuem pigmentos de cores variadas. Já o perfume é obra de estruturas especiais chamadas osmóforos.

No fundo, pétalas e folhas são parecidas porque têm a mesma origem. As pétalas são folhas que, ao longo da evolução, foram se modificando para cumprir duas funções: uma de proteção dos órgãos reprodutores da flor e outra de servir como chamariz para os polinizadores que visitam as flores.

Fonte da Informação: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/

Fique ligado no céu de Agosto!!!!


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Entenda como as espécies vegetais participaram da evolução de outros seres vivos


Você já deve ter ouvido falar da teoria da evolução elaborada por Charles Darwin e Alfred Wallace, certo? Ela fala que, ao longo do tempo, as espécies existentes na natureza vão se modificando em busca de maiores chances de sobrevivência. Quase sempre isso nos faz pensar nos bichos, mas as plantas passam pelo mesmo processo.

Ninguém sabe ao certo quando as primeiras plantas terrestres surgiram, mas, segundo o geólogo Renato Ramos, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, isso aconteceu a partir de 470 milhões de anos atrás, no período Ordoviciano. Os antigos ancestrais dos vegetais eram pequenos e primitivos e viviam sempre perto da água.

Nos períodos Ordoviciano e Siluriano, a atmosfera era cheia de gás carbônico, por causa da ação dos vulcões. A abundância desse gás permitiu às plantas crescerem e se multiplicarem (Ilustração: Museu Nacional/UFRJ)


Durante os períodos Ordoviciano e Siluriano (que veio a seguir), a atmosfera da Terra era cheia de gás carbônico, substância usada pelas plantas para fazer fotossíntese e, assim, conseguir energia. Os níveis desse gás na atmosfera da época eram cerca de 15 vezes maiores do que os atuais, e a abundância desse gás possibilitou que as plantas sobrevivessem e se multiplicassem, o que deu origem às primeiras florestas no final do período Devoniano, entre 390 e 360 milhões de anos atrás.

Mais tarde, uma grande expansão das florestas ocorreu no período Carbonífero, entre 360 e 300 milhões de anos atrás. Isso produziu um aumento do nível de oxigênio na atmosfera. O gás, produzido pelas plantas a partir da fotossíntese, passou a formar cerca de 32% da atmosfera terrestre – hoje, o índice de 21%.

“Junto com a ocupação dos continentes pelas plantas, houve o surgimento dos insetos”, conta Renato. “Isso, por sua vez, possibilitou a chegada dos primeiros anfíbios em terra, abrigados pelas sombras das plantas, onde encontraram alimentação abundante”.

Este fóssil de tronco de árvore foi encontrado na Antártica, onde havia grandes florestas no período Cretáceo (Foto: Camille Dornelles)


Mais tarde, no período Cretáceo – entre 145 e 65 milhões de anos atrás –, as florestas já ocupavam todas as partes do mundo, inclusive a Antártica. “Pequenos mamíferos se abrigavam em tocas nos troncos. Eles só saíam escondidos para se alimentar de insetos, plantas e ovos de dinossauros”, comenta o geólogo.

O surgimento das florestas favoreceu não apenas a evolução de anfíbios e mamíferos, mas de outros grupos animais, como as aves. Já imaginou como seria um mundo sem elas?

Texto de Camille Dornelles. Fonte da Informação: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Como é possível medir a temperatura do Sol?


Você sabia que o Sol tem diferentes temperaturas? Por exemplo, a fotosfera, que é a parte mais fria da nossa estrela central, chega a 4.027 graus Celsius. Achou muito quente? Pois saiba que, em seu interior, o Sol chega a 14.999.727 graus Celsius!



(Ilustração: Ivan Zigg)



É claro que é impossível ir até lá com um termômetro para medir isso – mesmo a parte mais fria da estrela é capaz de fazer qualquer equipamento de medição virar torrada. Nossa leitora Ana Luísa, então, perguntou: afinal, como os cientistas descobrem a temperatura do Sol?

Quem responde é o astrofísico Ramiro de La Reza, do Observatório Nacional. Ele explica que existem diferentes maneiras de calcular a temperatura do Sol. Uma delas é usar um espectrômetro, instrumento que separa a luz emitida pela estrela em várias linhas. Cada linha corresponde a um elemento químico presente no Sol. Como cada elemento químico absorve calor de uma maneira diferente, é possível usar cálculos matemáticos para descobrir quão quente é a estrela.

Outra forma de medir a temperatura do Sol é verificar a radiação emitida pelos raios solares. O método consiste em posicionar uma placa de metal para receber luz diretamente do Sol e ver quanto calor ela absorve. Depois, os cientistas usam essa informação em um cálculo complexo que também leva em conta a distância entre a Terra e o Sol, entre outros dados. “Assim é possível conhecer a temperatura do Sol com uma margem de erro de apenas 1%”, conta Ramiro.

Fonte de Informação: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Sonda espacial mostra enormes tempestades em Saturno


Quando você está com viagem marcada para passar um final de semana na praia com a família, é sempre bom dar uma olhadinha na previsão do tempo, não é? Se as tardes forem de chuva, você já leva na bagagem o jogo de tabuleiro favorito para passar o tempo…

Pois bem. Já pensou se, em um futuro distante, fosse possível viajar pelo espaço e conhecer outros planetas? Olhar a previsão do tempo ia ser mais importante ainda!

Por exemplo, se o destino fosse Saturno, o turista espacial teria muito com que se preocupar. É que, atualmente, o clima do planeta é bastante instável nas áreas próximas aos polos, e a previsão é de enormes furacões – quem dá o aviso é a sonda espacial Cassini, que orbita o planeta desde 2004.






A imagem mostra uma enorme tempestade próxima ao polo norte de Saturno (Foto: Cassini Imaging Team, SSI, JPL, ESA, NASA)



Para você ter uma ideia, o olho da tempestade chega a cerca de dois mil quilômetros de extensão e as nuvens externas atingem a velocidade de 500 quilômetros por hora. Aqui na Terra, nunca se viu nada igual…

Já em Saturno, furacões gigantescos parecem comuns. Em 2006, a Cassini também registrou um enorme sistema de tempestade no sul do planeta. Os cientistas estimam que ele esteja em atividade há bilhões de anos, já imaginou? Pelo visto, o clima por lá não é muito convidativo para os turistas…


Fonte da informação: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/previsao-furacoes/
Texto de Marcelo Garcia

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Terra: uma história climática


O geólogo alemão Ulrich Glasmacher foi um dos grandes destaques da 65ª Reunião Anual da SBPC

Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/

O debate climático tem se tornado tão monótono - ou, mesmo, enfadonho - que o leitor pode até desanimar diante de mais um texto sobre a questão. Mas vale a pena ouvir UlrichGlasmacher, geólogo da Universidade de Heidelberg (Alemanha) - nem que seja para discordar. Sua conferência sobre mudanças climáticas foi um dos grandes momentos da 65ª Reunião Anual da SBPC. A abordagem lúcida e informada - sem espaço para alarmismos ou discursos politizados - rendeu elogios ao conferencista. Pois, segundo os participantes, sua fala foi marcada por precisão e austeridade.

A conferência de Glasmacher foi, na verdade, uma aula. Ele narrou a história geológica do planeta e explicou aos ouvintes quais são os principais fatores que determinam o clima da Terra.

Breve iniciação: o beabá da climatologia

"O principal condicionante do clima na Terra é o Sol", esclareceu o geólogo. Nosso astro rei segue ciclos bem definidos - o principal deles respeita a periodicidade de 11 anos, aproximadamente. A cada um desses ciclos, a atividade solar aumenta sua intensidade. Resultado: mais energia, na forma de luz e calor, é emitida para a Terra. Um notável pico de intensidade solar referente a esse ciclo aconteceu por volta do ano 2000. "Naquele ano, o Sol irradiou muito calor", lembrou. Um novo pico, menos intenso, foi registrado por volta de 2010 - Glasmacher, sempre muito didático, mostrou interessantes gráficos para ilustrar esses dois momentos.

Outro condicionante climático destacado pelo pesquisador foi o chamado ciclo de Milankovitch - os movimentos planetários que alteram as distâncias e os ângulos entre a Terra e o Sol. E, como bom geólogo, não esqueceu de mencionar o papel do vulcanismo e das atividades sísmicas - que também são importantes variáveis a interferir em nosso sistema climático. "Mas, infelizmente, nem sempre nos lembramos disso: esses dois elementos não costumam fazer parte das modelagens do clima." (Falando em modelos, a CH On-line já publicou um pequeno vídeo didático sobre a questão).

Naturalmente, Glasmacher também falou acerca da influência dos gases de efeito estufa, como o metano (CH4), o dióxido de nitrogênio (NO2), o dióxido de carbono (CO2), entre tantos outros, sobre o clima. Preferindo não oxigenar as polêmicas, o pesquisador lembrou que debates a esse respeito costumam ser exaustivos. "Mas nós, sozinhos, não causamos aquecimento; essa é uma afirmação que faço como cientista", ressaltou, referindo-se à variedade e à complexidade dos mecanismos reguladores do sistema climático.

Outros momentos da história do clima da Terra, como a 'pequena idade do gelo' e o 'ótimo climático medieval', também foram explicados durante a palestra - reafirmando seu caráter didático. Até aí, teria sido uma excelente aula, e ficaria por isso mesmo. Mas Glasmacher foi além, lançando uma instigante reflexão: "quem tem o direito de decidir que clima queremos?"

"Um esquiador na Alemanha vai adorar ver mais neve no inverno; alguém no Brasil pode querer mais Sol e calor, enquanto o vizinho pode desejar mais chuvas para suas plantas", exemplificou o pesquisador. "Quem deve opinar sobre isso? As Nações Unidas? Os Estados Unidos? A União Europeia? Governos? Indivíduos? Que temperatura queremos manter?", questionou. "Esse não é um problema trivial, e deve ser devidamente tratado pela sociologia, pela política, pela geografia..."

O geólogo lembrou que costumamos dizer que o degelo da Groenlândia, por exemplo, nos traria resultados catastróficos; mas, para os vikings, foi ótimo ter encontrado lá um clima aprazível e um continente sem gelo. "Entre os anos 900 e 1000, as condições climáticas por lá eram bem mais amenas que hoje."

Em tempo: Glasmacher não deixou de falar sobre os desvairados projetos de geoengenharia, propostos em várias ocasiões por diversos cientistas - tema que já rendeu boas reflexões na CH On-line. São iniciativas que visam controlar o clima da Terra por meio de megaempreitadas do tipo espelhos gigantes no espaço, captura de carbono em depósitos subterrâneos, fertilização do oceano, fabricação de nuvens artificiais e por aí vai. "Não tenho nenhuma simpatia por esse tipo de ideia", declarou.

Perspectivas e reflexões

O pesquisador afirmou que, ao contrário do que esperávamos, a temperatura média do planeta não está aumentando. "Por quê? Não sabemos." O que se observa, segundo ele, é o aumento da frequência de eventos extremos, como enchentes, por exemplo, que castigaram a Alemanha em 2013.

"Sempre tivemos, na Terra, alternância entre períodos de clima quente e períodos de clima frio", disse o geólogo. "Em termos geológicos, nosso planeta caminha para um resfriamento." Esse processo teria se iniciado por volta de 35 milhões de anos atrás, quando a Antártica passou a ser coberta por gelo. "Mas também há muita incerteza sobre essa questão", confessou.

Certeza, segundo ele, é que as atividades antrópicas estão alterando a composição química da atmosfera. Glasmacher mencionou ainda que "preocupante mesmo é o fato de, em muitos países, pessoas continuarem a ocupar áreas inapropriadas, áreas de risco, suscetíveis a eventos climáticos rigorosos".

"Nós precisamos do planeta; mas o planeta não precisa de nós", disse o geólogo. "A Terra continuará sua evolução e, ao longo dos próximos milhões de anos, a vida certamente seguirá se perpetuando, com ou sem a presença humana no planeta", profetizou. "Quem diz o contrário, só quer gerar medo."

Fonte da Informação: (Henrique Kugler, Ciência Hoje On-line) http://cienciahoje.uol.com.br/especiais/reuniao-anual-da-sbpc-2013/terra-uma-historia-climatica