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segunda-feira, 19 de maio de 2014

paleontólogos acham quatro fósseis em sítio entre Uberaba e Campina Verde, MG






Paleontólogos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) começaram nesta sexta-feira a temporada de escavações em três sítios arqueológicos dos municípios de Uberaba e Campina Verde. No principal deles, o de Caieira, os pesquisadores fizeram um “ensaio” de escavação de duas horas na quinta-feira. Nesse curto espaço de tempo, foram encontrados quatro fósseis. 

O professor Luiz Carlos Borges Ribeiro explica que os fósseis encontrados são um dente de titanossauro (grupo de dinossauros herbívoros gigantes), uma casca de ovo (provavelmente também de titanossauro), fragmento de osso de dinossauro e um pedaço de quelônio (tartaruga). O pesquisador explica que os achados não são suficientes para grande destaque, como publicação de um artigo científico, mas “mostra que a gente tá no caminho correto, (pois ocorreu) em menos de duas horas, numa fase de limpeza”.


Ribeiro explica que Caieira tem relevância internacional e lá foram descobertas oito novas espécies - três crocodilos, dois dinossauros, duas tartarugas e uma rã. Outros fósseis podem levar à descoberta de duas novas espécies de dinossauro, mas o professor afirma que ainda são muito escassos para caracterizar animais desconhecidos.


O professor informa que as escavações neste ano também vão servir para treinar técnicos em paleontologia que podem trabalhar na região, que é rica em pesquisa e no turismo de fósseis. O professor explica que a temporada de escavações coincide que o período de seca na região, já que com muita chuva o fóssil fica mais frágil e pode ser danificado na hora da retirada.

“Isso mostra que (...) existiu em Uberaba uma paleobiota muito diversificada. São crocodilos, dinossauros, tartarugas, rãs, invertebrados, aves. O sítios de Uberaba são interessantes porque eles são bastante diversificados de forma que permitem diversas linhas de pesquisa”, diz o professor, que explica que o acervo da UFTM tem mais de 4 mil exemplares de fósseis, principalmente de dinossauros.

Fonte da Informação: http://noticias.terra.com.br

domingo, 18 de maio de 2014

Dendritos – belos, mas falsos fósseis


Há algumas estruturas naturais que lembram muito animais ou plantas fossilizados, mas que têm origem inorgânica, sendo, por isso, classificadas de pseudofósseis. Entre esses pseudofósseis, os dendritos talvez sejam os mais notáveis, tanto pela frequência com que são encontrados quanto pelo seu aspecto.

Dendron, em grego, significa árvore. O nome – muitas vezes confundido com detrito – é muito apropriado, porque a forma dos dendritos realmente assemelha-se muito à de uma planta, arborescente, com numerosas ramificações. Os dendritos ocorrem principalmente em fraturas de algumas rochas ou entre duas camadas sucessivas delas. Eles são particularmente abundantes nas rochas vulcânicas da Formação Serra Geral, do Rio Grande do Sul, comercialmente chamadas de basaltos, embora sejam principalmente riodacitos.













Nessas duas fotos dendritos formados sobre rochas vulcânicas (Rio Grande do Sul)



Dendritos formados em ambos os lados de um pequeno sulco em riodacito do Rio Grande do Sul (acervo do Museu de Geologia da CPRM)


Em muitos locais, essas rochas mostram-se em estratos horizontais, limitados por superfícies bem planas, o que as torna muito adequadas para uso na pavimentação de calçadas. Com isso, nas cidades do Rio Grande do Sul é fácil encontrar calçadas com belos dendritos, como os que ilustram este artigo.

A água que penetra nos espaços vazios da rocha pode trazer manganês dissolvido. Quando encontra uma fenda horizontal, escoa nessa direção e, com isso, perde velocidade. A perda de velocidade permite que o manganês dissolvido precipite na forma de óxido. O dendrito, portanto, não se formou junto com a rocha, mas depois que ela já existia.

Apesar de seu aspecto tão delicado, ele é bastante resistente, resistindo surpreendentemente bem ao atrito dos calçados. Outra rocha que pode mostrar dendritos são os quartzitos micáceo, aquela rocha usualmente colocada em torno das piscinas.

Como foi dito no início, esses pseudofósseis têm origem inorgânica. Eles são minerais, principalmente óxidos de manganês. Como a pirolusita é o mais importante dos óxidos de manganês e a principal fonte desse metal, geralmente se acredita que os dendritos sejam formados por esse mineral. No entanto, em pesquisa feita por Potter & Rossman em 1979, foram analisados dendritos e películas manganesíferas procedentes de vários ambientes e nenhuma das amostras examinadas mostrou presença de pirolusita.


Dendrito em quartzo lapidado

Dendrito claro


Além das rochas, também alguns minerais podem mostrar dendritos, alojados em fraturas. São exemplos a opala e algumas variedades de quartzo, como ágata e cristal de rocha. 

A foto acima mostra um belo quartzo lapidado, com inclusão de dendrito, que pode ser usado para confecção de uma gema muito original. Nesse caso, o dendrito forma-se numa fratura ou fissura do mineral. Isso permite que ali penetrem também outras substâncias, de modo que não é fácil encontrar um dendrito tão perfeito como o que se vê na foto à esquerda.

Na outra pode-se observar  um tipo intrigante de dendrito. Ele é claro em um fundo escuro, dando a impressão de que houve deposição de manganês na forma de manchas contínuas e depois penetração de uma substância que dissolveu esse manganês lentamente, à medida que penetrava, formando então os dendritos. 

Embora os dendritos sejam geralmente óxidos de manganês, vários outros minerais podem cristalizar dessa maneira, com hábito dendrítico, como dizem os geólogos. Um deles é o ouro. 

A foto abaixo (autor ignorado) mostra um dendrito desse metal. O autor obteve, numa mina de ouro de Jacobina (BA), um fragmento de quartzo com cerca de 4 cm contendo um dendrito de ouro na superfície. O cobre e a prata podem também cristalizar com hábito dendrítico. 



Ouro detrito


Turmalina em quartzo lapidado


Por fim, uma advertência: assim como o dendrito é um pseudofóssil, há também pseudodendritos. A foto à direita mostra um cristal de quartzo incolor (cristal de rocha) contendo no interior cristais aciculares de turmalina preta (schorlita). Em várias lojas do Rio de Janeiro vimos vendedores chamarem essa associação de dendrito, o que é totalmente errado.


Fotos 
Pércio de Moraes Branco, salvo indicação em contrário.
Fonte da Informação: http://www.cprm.gov.br/






sábado, 17 de maio de 2014

Elementos que caracterizam o clima


Entende-se por clima o conjunto das variações sofridas pelo tempo ao longo de um ano. Como os anos não são iguais em termos meteorológicos, para caracterizar o clima de uma cidade ou região é preciso medir essas variações durante um período de pelo menos 30 anos consecutivos.

Clima é diferente de tempo. O tempo são as variações meteorológicas atuais ou a serem previstas pelos meteorologistas, num prazo máximo de 15 dias.

As características de um clima que devem ser medidas durante 30 anos são chamadas de elementos meteorológicos, e é sobre estes elementos que falaremos a seguir.

Para tornar mais concretos os conceitos a serem apresentados, tomaremos como exemplo o clima de Lagoa Vermelha, cidade localizada no nordeste do Rio Grande do Sul. Ela situa-se a 801 metros acima do nível do mar, no topo do Planalto Sul-Rio-Grandense.



1. Precipitação pluviométrica

A precipitação pluviométrica é o volume de chuva que cai em um determinado local. Ele é medido através de um aparelho chamado pluviômetro, que consiste em um funil por onde a água da chuva entra, indo se acumular num reservatório localizado logo abaixo. Um milímetro de água de chuva acumulada no pluviômetro equivale a 1 litro de água em 1 metro quadrado. Periodicamente, o observador vem e, com uma pipeta graduada, mede o volume de água acumulada desde a última observação. 

O pluviógrafo é outro aparelho, que faz isso com mais precisão, registrando num gráfico as alturas das precipitações em relação ao tempo, gerando assim um gráfico chamado pluviograma. 

O gráfico abaixo mostra a distribuição média das chuvas em Lagoa Vermelha. Vê-se claramente que chove bem mais do final do inverno (agosto) ao início do outono, embora com uma sensível redução em novembro. 

Os meteorologistas costumam observar qual o trimestre mais chuvoso e qual o mais seco. Neste caso, vê-se que o mais chuvoso é agosto-setembro-outubro e o mais seco, abril-maio-junho. Também é importante observar a precipitação pluviométrica total do ano, que na cidade analisada é de 1.658,9 mm em média. Para efeito de comparação, em Belém (PA) a precipitação anual é de 2.889 mm. 




Precipitação pluviométrica




2. Dias de chuva

Além da precipitação pluviométrica mensal e anual, é importante saber o número de dias do ano em que chove. Como se vê no gráfico abaixo, na cidade analisada a média mensal varia entre 9 e 13, com uma média anual de 11,2 dias.
A variação do número de dias com chuva acompanha, como era de se esperar, a variação da precipitação pluviométrica, sendo as curvas dos dois gráficos semelhantes.




Dias de chuva




3. Temperatura

A temperatura certamente é um dos elementos meteorológicos mais importantes e os climatologistas costumam trabalhar com três valores: a temperatura máxima, a mínima e a média compensada.

a) Média das Máximas
Os termômetros existentes nos abrigos meteorológicos registram automaticamente as temperaturas máxima e mínima, que são anotadas pelo observador diariamente. O gráfico abaixo mostra uma variação uniforme das máximas mensais, com um valor máximo em janeiro, decrescendo uniformemente até chegar a um valor médio mensal mínimo em junho, e a partir daí aumentando gradativamente até dezembro. Essa regularidade mostra estações do ano bem marcadas, o que é típico da região Sul do Brasil. 




Média das máximas


b) Média das Mínimas
As médias mensais das temperaturas mínimas de Lagoa Vermelha dão um gráfico muito semelhante ao gráfico das médias das máximas, abaixo. Isso pode parecer muito natural, mas nem sempre é assim. Em Belo Horizonte (MG), por exemplo, as máximas mais baixas ocorrem em junho, mas em novembro elas são mais baixas que em outubro. 




Média das mínimas


c) Médias das Médias Compensadas

Nas estações meteorológicas são feitas leituras das temperaturas de seis em seis horas, às 9h, 15h e 21h, por exemplo. Para um perfeito controle, dever-se-ia fazer uma quarta leitura, às 3h da madrugada, o que não costuma ocorrer, por se tratar de horário de descanso do observador. Assim, a temperatura média que se calcula não é exatamente a média do dia, pois falta o valor das 3h. O que os meteorologistas fazem então é calcular uma média das três leituras, mais a máxima e a mínima. A média desses cinco valores é chamada de temperatura média compensada. O gráfico abaixo, médias mensais das médias compensadas, é muito semelhante ao gráfico das médias das máximas e ao das médias das mínimas, confirmando as estações do ano bem marcadas.




Média das médias compensadas




4. Evaporação

A água superficial, por ação do calor do sol, passa para o estado de vapor. Quanto mais calor houver, maior será a evaporação; portanto, ela será maior no verão do que no inverno. Mas a taxa de evaporação depende também da umidade relativa do ar, pois se ela for elevada fica difícil a entrada de mais umidade, ou seja, de mais vapor de água. Pode-se medir a evaporação em um determinado local de duas maneiras. 




Evaporação



Uma é com o instrumento chamado evaporímetro Piché. Ele consiste em um tubo graduado, fechado embaixo com papel-filtro, que fica dentro do abrigo meteorológico. A outra maneira é com o tanque de evaporação Classe A, um cilindro que fica a 30 cm do solo e no qual se mede a variação do nível da água, avaliando assim a perda por evaporação.

O gráfico acima mostra uma evaporação máxima em dezembro (112,4 mm), diminuindo daí em diante até fevereiro (77,4 mm), uma leve elevação em março (89,5 mm) e nova queda até junho (quando chega a apenas 57,0 mm). A partir daí, a evaporação sobe constantemente, até dezembro.



5. Insolação

Chama-se de insolação, em Meteorologia, o número de horas em que a luz do sol chega até a superfície da Terra sem interferência de nuvens. Ela é medida através de uma semiesfera de quartzo que fica exposta ao sol sobre um papel fotossensível. 

O gráfico abaixo mostra que a insolação em Lagoa Vermelha é máxima em janeiro (227 horas) e mínima em junho (151 horas). Isso pode parecer normal, já que junho é inverno e janeiro, verão. Mas em Belo Horizonte ocorre praticamente o contrário: a insolação é máxima em julho (259,79 horas) e mínima em dezembro (142,7 horas). 

A insolação anual atinge 2.212 horas em Lagoa Vermelha, menos do que em Fortaleza (2.695), Brasília (2.598), Recife (2.465), Porto Alegre (2.257) e Salvador (2.226), mas mais do que no Rio de Janeiro (1.927) e em São Paulo (1.826).

Como era de se esperar, o gráfico da insolação assemelha-se ao da evaporação, pois é o calor do sol que faz a água evaporar. 




Insolação




6. Nebulosidade

Nebulosidade é um elemento meteorológico que traduz a fração da abóbada celeste que é ocupada por nuvens. Segundo as normas meteorológicas atuais, o céu é dividido em octas (ou décimas, dependendo da região) e, a partir do número de octas com cobertura total de nuvens, a nebulosidade é dividida em:
a) céu limpo ou ensolarado: nenhum vestígio de nuvens (nenhuma octa encoberta);
b) céu quase limpo: pelo menos uma octa está encoberta;
c) céu pouco nublado: pelo menos duas octas encobertas; 
d) céu parcialmente nublado: pelo menos quatro octas (aproximadamente metade do céu) encobertas pelas nuvens; 
e) céu quase nublado: no mínimo seis octas encobertas;
d) céu nublado: as oito octas estão totalmente encobertas pelas nuvens.

O gráfico abaixo foi feito de modo diferente. A nebulosidade foi avaliada três vezes por dia, usando uma escala que varia de 0 a 10. Ele mostra que em Lagoa Vermelha a nebulosidade é máxima em agosto. O fato de o céu ser mais limpo em meses frios, como maio a julho, do que no verão explica-se por haver menos evaporação quando faz frio, com consequente menor formação de nuvens. 




Nebulosidade




7. Umidade relativa do ar

A umidade relativa do ar mede a porcentagem de vapor d’água que há no ar. Quando ele está saturado de água, a umidade é de 100%.




Umidade relativa do ar




8. Pressão atmosférica

É a pressão exercida pelo peso da atmosfera num determinado ponto da superfície da Terra. É medida pelo barômetro e traduzida em milibares, atmosferas, hectopascais, milímetros de mercúrio ou quilopascais. Dessas unidades, as mais usadas pelos meteorologistas são as três primeiras, sendo as três últimas as mais empregadas no meio científico.

A pressão atmosférica é importante quando medida em uma área ampla, muito maior que os limites de um município, já que localmente a média mensal praticamente não varia. Ou então quando medida em um mesmo local, mas várias vezes por dia, pois existe uma variação ao longo do dia, por influência do calor do sol. Portanto, médias mensais obtidas a partir de uma única estação meteorológica têm pouco significado.

É importante lembrar também que a pressão atmosférica ao nível do mar é de 1.013 hectopascais e que quanto maior a altitude menor é a pressão. A cada 8 m de altitude, ela diminui em média 1 hectopascal. Desse modo, em Lagoa Vermelha, que fica cerca de 800 m acima do nível do mar, a pressão atmosférica deve oscilar em torno de 900 hectopascais. E é isso que mostra, de fato, o gráfico abaixo. 




Pressão atmosférica




Fontes :
BRANCO, Pércio de Moraes Branco. O Clima de Lagoa Vermelha. In: Lagoa Vermelha e municípios vizinhos. Porto Alegre: EST, 1993. 306p. il. p. 27-42.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Coisas que você deve saber sobre a água


A água é o líquido mais importante que há no nosso planeta. Ela é essencial à vida, cobre 70% da superfície da Terra e representa 70% do peso do corpo humano. Mas, como veremos, a água de que precisamos para viver é um bem cada vez mais escasso e mais caro. Portanto, é fundamental que a encaremos como bem preciso e indispensável que é, que a poupemos, que a respeitemos, que a protejamos.


Importância da água na nossa vida

Se o nosso planeta tem tanta água, como se pode dizer que ela é escassa? Acontece que 97% da água existente na Terra são água do mar, portanto água salgada, imprópria para consumo humano ou na indústria. Assim, apenas 3% são água doce.

Mas isso não é tudo. Dos 3% de água doce, mais da metade (1,75% do total) é água congelada, localizada nos polos; e outra parte (1,243% do total) é principalmente água subterrânea, cujo aproveitamento é bem mais caro. Assim, sobra apenas uma parcela mínima de 0,007% de água boa e facilmente aproveitável. E este restinho de água boa está sendo poluído ou desperdiçado pela humanidade. Metade dos rios do mundo já estão poluídos por esgotos, agrotóxicos ou lixo industrial.

A água e o corpo humano

Sem água não existiria vida. Ela forma a maior parte do volume de uma célula. Uma pessoa de 65kg, por exemplo, tem 45kg de água em seu corpo. O transporte dos sais minerais e de outras substâncias, para dentro ou para fora da célula, é feito por soluções aquosas. A regulagem da temperatura do nosso corpo depende da água, pois é pelo suor que eliminamos parte do calor interno. Cerca de 70% do oxigênio que a humanidade respira vêm de algas microscópicas que vivem em rios, lagos e oceanos.

Escassez de água no mundo

A Terra tem quase 1,5 bilhão de km³ de águas superficiais, mas 60% desse volume estão em apenas nove países, entre eles o Brasil. No século XX, a população do mundo aumentou três vezes, mas o consumo de água tornou-se seis vezes maior.

Se a água da Terra estivesse igualmente distribuída, haveria 6.500 m³/ano para cada pessoa, o que é 6,5 vezes mais do que o mínimo recomendado pelas Nações Unidas.

Atualmente, 29 países já têm problemas com a falta d'água e a situação tende a piorar. A escassez atinge 460 milhões de pessoas e dezenas de milhões delas vivem com menos de cinco litros de água por dia.

Segundo o estudo "Corrupção Global 2008: Corrupção no Setor de Água", elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e pela ONG Transparência Internacional, mais de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e 2,4 bilhões vivem sem saneamento básico. O mesmo estudo revela que essa situação se deve mais a falhas de governança do que à escassez de recursos hídricos.

Uma projeção feita pelos cientistas indica que, em 2025, 2,43 bilhões de pessoas (dois de cada três habitantes do planeta) serão afetadas de alguma forma pela escassez, passando sede ou contraindo doenças como cólera e amebíase, provocadas pela má qualidade da água. Será um problema como nunca antes houve no planeta.

A falta d'água já afeta Oriente Médio, China, Índia e norte da África. A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que, até 2050, 50 países enfrentarão crise no abastecimento.

Hoje, na China, milhões de pessoas caminham quilômetros todos os dias para conseguir água. Na Índia, seu principal curso d'água, o Rio Ganges, está se esgotando. No Oriente Médio, países como Israel, Jordânia, Arábia Saudita e Kuwait terão, em 40 anos, água doce apenas para consumo doméstico; as atividades agrícolas e industriais terão de fazer uso de esgoto tratado. E no norte da África (Argélia, Líbia e deserto do Saara) a quantidade de água disponível por pessoa estará reduzida em 80% nos próximos 30 anos.

Escassez de água no Brasil

O Brasil é um dos países mais ricos em água do planeta. Cerca de 12% da água doce superficial disponível na Terra estão aqui. Essa água, porém, tem uma distribuição muito desigual. A região Norte, com 7% da população, possui 68% da água do Brasil; enquanto o Nordeste, com 29% da população, possui 3%; e o Sudeste, com 43% da população, conta com apenas 6%. Só a Amazônia tem 80% da água existente no Brasil.

Além disso, o desmatamento e a poluição dos rios tornam essa situação ainda mais séria. Em consequência disso tudo, quase metade dos brasileiros (45%) não têm acesso a serviços de água tratada e 96 milhões de pessoas vivem sem esgoto sanitário.

Como se não bastassem esses problemas, os brasileiros ainda desperdiçam 40% da água tratada fornecida aos usuários. Cada pessoa necessita de 40 litros de água por dia, mas os brasileiros consomem 200 litros (e os norte-americanos, mais de 500).

Aquífero Guarani

É verdade que existe o Aquífero Guarani, um imenso depósito de água subterrânea que ocupa 1,2 milhão de quilômetros quadrados, dos quais 70% em território brasileiro. Mas estudos recentes mostraram que essa água nem sempre é boa para consumo doméstico e até mesmo para a agricultura pode ser inadequada. Além disso, o aquífero não é um depósito contínuo e a profundidade em que ele se encontra chega a mais de 1.000 metros em algumas regiões.

A agricultura é o setor que mais consome água no país, cerca de 60% do total. As residências respondem por 22% e as indústrias por 19% do consumo. A região semiárida do Nordeste brasileiro é a que mais sofre com a falta de água; e por isso existe, há muitos anos, a ideia de levar parte das águas do Rio São Francisco para outros rios daquela região. Especialistas dizem que, através de canais e com bombeamento, é possível levar água a 200 municípios e a 6,8 milhões de habitantes do Nordeste, além de reativar 2.100 quilômetros de rios secos e irrigar uma área de 300 mil hectares.

Esse projeto é tão ambicioso quanto polêmico. E não faltam especialistas contra sua execução, alegando que o Rio São Francisco não tem água suficiente para ceder a outros rios; que a tendência é ele ter cada vez menos água; que a água desviada irá favorecer principalmente projetos agrícolas e não as residências; que não se sabe o que acontecerá com os peixes, as aves e os microrganismos que vivem no São Francisco ou em suas margens etc. Mas o fato é que o atual governo federal determinou o início das obras e o projeto já está sendo executado.

O ciclo da água


Ao contrário dos recursos minerais, que não são renováveis, a água permanece constante na natureza, apenas mudando de estado físico, num ciclo chamado ciclo hidrológico ou ciclo das águas.

Sob a ação do calor do sol, a água da superfície (dos rios, oceanos, lagos, banhados e em menor quantidade da vegetação) evapora e vai para a atmosfera. Esse vapor sobe, vai se acumulando e quando encontra zonas frias se condensa, formando gotas de água, que se juntam a outras gotas e formam as nuvens.

Quando essas nuvens ficam muito pesadas por causa da quantidade de água nelas contida, a água volta à superfície terrestre na forma de chuva. Uma parte da água das chuvas penetra no solo e outra parte corre para os rios, mares, lagos, oceanos etc., fechando o ciclo.

Assim, o volume total da água permanece o mesmo, mas, com o aquecimento global, a quantidade de água na forma de vapor tende a ser cada vez maior.


Água contaminada

Um dos principais problemas que surgiram neste século é a crescente contaminação da água. Ela vem sendo poluída de modo assustador, principalmente nas zonas litorâneas e nas grandes cidades.

A água é usada para eliminar todo tipo de material e sujeira e, com isso, fica contaminada com numerosas substâncias. É, por isso, chamada de água residual. Se ela for para um rio ou para o mar, as substâncias nocivas que transporta irão se acumulando e aumentando a contaminação geral das águas, o que traz graves riscos para a sobrevivência dos seres vivos.

Entre os mares mais contaminados do mundo estão o Mediterrâneo, o Mar do Norte, o Canal da Mancha e os mares do Japão. Os agentes contaminadores que trazem maior risco ao ecossistema marinho são acidentes com barcos petroleiros e os produtos químicos procedentes do continente, que chegam ao mar através da chuva, dos rios ou das águas residuais.

Entre as principais substâncias que contaminam a água estão adubos, papel, excrementos, sabões, microrganismos capazes de provocar doenças (como hepatite, cólera e gastrenterite), pesticidas do tipo DDT (chamados organoclorados) e metais pesados (como chumbo e mercúrio). Os nitratos procedentes de fertilizantes nitrogenados e de fezes humanas são o maior contaminante da água subterrânea.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 4,6 milhões de crianças de até 5 anos morrem por ano de diarreia, doença relacionada ao consumo de água não potável, agravada pela fome e pela má distribuição de renda. No Brasil, 65% das internações hospitalares, principalmente de crianças, são causadas por doenças provenientes do consumo de água contaminada. A diarreia e as infecções parasitárias estão em segundo lugar como maior causa de mortalidade infantil no país. Isso tudo pode ser mudado, pois o abastecimento de água potável e o saneamento ambiental podem reduzir em 75% a taxa de mortalidade e de enfermidade da população.

Água potável e água tratada

A água é considerada potável quando pode ser consumida pelo ser humano. Infelizmente, a maior parte da água dos continentes está contaminada e não pode ser ingerida diretamente.

Água tratada é aquela da qual foram eliminados os agentes de contaminação que possam causar algum dano à saúde, tornando-a potável. É um processo bastante caro e complexo.

Em alguns países, as águas residuais das indústrias ou residências são tratadas antes de serem jogadas nos rios ou no mar. Essas águas recebem o nome de depuradas e geralmente não são potáveis, pois passaram por apenas uma fase de eliminação do material contaminante (no Brasil são poucas as empresas que fazem isso).

Caso as águas se destinem ao consumo humano, aí recebem uma segunda fase de tratamento, tornando-se potáveis.

Água mineral e água de mesa

Água mineral é uma água natural que contém sais minerais em quantidades acima do normal. Fique atento: nem toda água engarrafada é água mineral. Se o rótulo informa que ela é uma água de mesa, isso significa que ela é apenas uma água potável, com teores normais, portanto, de sais minerais.

Do ponto de vista legal, isso faz diferença, porque a água mineral é considerada um bem mineral, controlado pela União. Se for água potável, é um recurso hídrico, sob controle estadual. 


Guerras pela água

No século atual, as guerras deverão ser não mais por razões políticas ou pela posse de jazidas de petróleo como até agora, mas principalmente pela água. Aliás, em 1967 já aconteceu algo parecido: no Oriente Médio, os árabes fizeram obras para desviar o curso do Rio Jordão, o mais importante da região, e de seus afluentes. Como isso cortaria boa parte do abastecimento de água de Israel, o governo deste país ordenou o bombardeamento da obra, acirrando ainda mais a rivalidade com os países vizinhos.

Como economizar água

Cada brasileiro gasta em média 200 litros de água por dia. Apenas metade disso seria suficiente para suprir todas as necessidades. Há muita coisa que se pode fazer em casa para economizar água.


Não demorar muito tempo no chuveiro e fechar a torneira ao se ensaboar.
Eliminar logo os vazamentos que encontrar. Uma torneira pingando gasta bem mais do que se imagina.
Verificar se há vazamentos invisíveis: fechar todas as torneiras e os registros da casa e observar se o hidrômetro sofre alguma alteração. Se sofrer, é porque existe vazamento em algum lugar da rede hidráulica. 

Ao escovar os dentes, só abrir a torneira para enxaguar a boca e lavar a escova. Assim, economizam-se 16.425 litros de água por ano.
Lavar o carro com balde e não com mangueira. O gasto com mangueira é de aproximadamente 600 litros de água, com balde é de apenas 60 litros.
Molhe plantas de vasos e de jardins ao amanhecer ou ao entardecer. Isso reduz a evaporação da água.
Quando lavar louça ou roupa na máquina use a capacidade máxima do equipamento, evitando lavagens frequentes com pouca coisa a lavar.
Antes de lavar pratos e panelas, retire os restos de alimento com um papel.


Fonte da Informação: Texto de Pércio de Moraes Branco, no site: http://www.cprm.gov.br/


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Cartilha sobre Raios do INPE






Dica para professores:

O Grupo de Eletricidade Atmosférica do INPE fornece uma ótima cartilha, em alta resolução, para ser distribuída entre os alunos. A cartilha em baixa resolução pode ser acessada aqui

Para solicitar a cartilha em alta resolução, clique aqui.

Fonte da informação: http://www.comunitexto.com.br/

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Convenção da Diversidade Biológica






A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é um tratado da Organização das Nações Unidas e um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente.

A Convenção foi estabelecida durante a notória ECO-92 – a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992 – e é hoje o principal fórum mundial para questões relacionadas ao tema.

Mais de 160 países já assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993.

A Convenção está estruturada sobre três bases principais – a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos – e se refere à biodiversidade em três níveis: ecossistemas, espécies e recursos genéticos.

A Convenção abarca tudo o que se refere direta ou indiretamente à biodiversidade – e ela funciona, assim, como uma espécie de arcabouço legal e político para diversas outras convenções e acordos ambientais mais específicos, como o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança; o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura; as Diretrizes de Bonn; as Diretrizes para o Turismo Sustentável e a Biodiversidade; os Princípios de Addis Abeba para a Utilização Sustentável da Biodiversidade; as Diretrizes para a Prevenção, Controle e Erradicação das Espécies Exóticas Invasoras; e os Princípios e Diretrizes da Abordagem Ecossistêmica para a Gestão da Biodiversidade.

A Convenção também deu início à negociação de um Regime Internacional sobre Acesso aos Recursos Genéticos e Repartição dos Benefícios resultantes desse acesso; estabeleceu programas de trabalho temáticos; e levou a diversas iniciativas transversais.

Saiba mais em: www.cbd.int


Fonte: Ministério do Meio Ambiente – Convenção da Diversidade Biológica

terça-feira, 13 de maio de 2014

O controverso conceito de Degradação Ambiental







Os diversos ramos da ciência desenvolveram terminologia própria, procurando dar às palavras um significado o mais exato possível, eliminar ambiguidades e reduzir a margem para interpretações de significado.


A gestão ambiental, ao contrário, utiliza vários termos do vocabulário comum. Palavras como “impacto”, “avaliação” e mesmo a própria palavra “ambiente” ou o termo “meio ambiente” não foram cunhadas propositadamente para expressar algum conceito preciso, mas apropriadas do vernáculo, e fazem parte do jargão dos profissionais desse campo. Por essa razão, é preciso estabelecer, com a maior clareza possível, o que se entende por expressões como “impacto ambiental”, entre outras.


Degradação ambiental é outro termo de conotação claramente negativa. Seu uso na moderna literatura ambiental científica e de divulgação é quase sempre ligado a uma mudança artificial ou perturbação de causa humana – é geralmente uma redução percebida das condições naturais ou do estado de um ambiente.


A degradação de um objeto ou de um sistema é muitas vezes associada à ideia de perda de qualidade. Degradação ambiental seria, assim, uma perda ou deterioração da qualidade ambiental. A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente define degradação ambiental como “alteração adversa das características do meio ambiente” (art. 3°, inciso II), definição suficientemente ampla para abranger todos os casos de prejuízo à saúde, à segurança, ao bem-estar das populações, às atividades sociais e econômicas, à biosfera e às condições estéticas ou sanitárias do meio, que a mesma lei atribui à poluição.


Em outras palavras, degradação ambiental corresponde a impacto ambiental negativo. A degradação refere-se a qualquer estado de alteração de um ambiente e a qualquer tipo de ambiente.


O ambiente construído degrada-se, assim como os espaços naturais. Tanto o patrimônio natural como o cultural podem ser degradados, descaracterizados e até destruídos. Vários desses termos descritivos serão utilizados para caracterizar impactos ambientais. Assim como a poluição se manifesta a partir de um certo patamar, também a degradação pode ser percebida em diferentes graus.


O grau de perturbação pode ser tal que um ambiente se recupere espontaneamente; mas, a partir de certo nível de degradação, a recuperação espontânea pode ser impossível ou somente se dar a prazo muito longo, desde que a fonte de perturbação seja retirada ou reduzida. Na maioria das vezes, uma ação corretiva é necessária.


Fonte da Informação: http://www.comunitexto.com.br/

segunda-feira, 12 de maio de 2014

A Erosão e seus agentes


Erosão é o conjunto de processos que promovem a retirada e transporte do material produzido pelo intemperismo, ocasionando o desgaste do relevo. Seus principais agentes são a água, o vento e o gelo.

O material transportado recebe o nome de sedimento e vai dar origem aos depósitos sedimentares que, através da diagênese, transformam-se em rochas sedimentares. Chama-se de diagênese um conjunto de transformações que, em resumo, consistem em compactação e cimentação dos sedimentos, dando-lhes a consistência de uma rocha.

A erosão é importante por ser responsável pela perda anual de milhões de toneladas de solo fértil, devida principalmente a práticas equivocadas de ocupação e manejo do solo. Essa perda é praticamente irrecuperável, pois exige muito tempo para ser realizada.

A erosão pode ser de vários tipos, conforme o agente que atua:

Erosão pluvial

É aquela provocada pela água das chuvas. Como foi dito, a água é um dos principais agentes erosivos. Sua ação é lenta, mas pode ser acelerada quando ela encontra o solo desprovido de vegetação, como nas áreas desmatadas.

Se o terreno tem muita vegetação, o impacto da chuva é atenuado porque a as plantas diminuem a velocidade da água que escorre pelo solo. As raízes, por sua, vez, dão mais resistência à estrutura do solo e aquelas já mortas funcionam como canais, favorecendo a infiltração da água.

Sem vegetação, o solo fica saturado em água mais rapidamente e, como consequência, ela passa a fluir pela superfície, deixando de se infiltrar. Tudo isso fica agravado se o solo for arenoso, e não argiloso.

A primeira ação da água é através do salpicamento, que é a desagregação dos torrões e agregados do solo pelo impacto dos pingos de chuva. Esse impacto provoca também a selagem, uma obstrução dos poros do solo pelo material mais fino, o que resulta numa redução da infiltração e consequente aumento do fluxo de água superficial.

Erosão pluvial Ravinas no vulcão Bromo, ilha de Java Fonte: G1

O fluxo de água pela superfície leva à formação de ravinas, como na imagem acima, e quanto mais água houver, mais acelerado será o ravinamento, de modo que ele aumenta à medida que a água avança morro abaixo.

Outro tipo de erosão pluvial é a erosão remontante, que abre, no solo, sulcos que podem atingir grandes dimensões e que crescem morro acima (daí o nome), ao contrário do ravinamento. Esses sulcos recebem o nome de boçorocas (ou voçorocas) e começam a se formar quando o ravinamento atinge o lençol freático. Daí em diante, progridem de modo muito difícil de controlar, pois não mais dependem da ocorrência de chuvas para aumentar de tamanho.

Erosão fluvial 

É aquela causada por rios, perenes ou temporários. É semelhante à erosão pluvial, mas em escala maior e em regime permanente ou pelo menos mais prolongado que a erosão pluvial

Erosão fluvial Grand Canyon, Colorado (EUA)


Erosão marinha (abrasão)

A água do mar provoca erosão através da ação das ondas, das correntes marítimas, das marés e das correntes de turbidez. Seu trabalho é reforçado pela presença de areia e silte em suspensão. A cidade de Olinda, em Pernambuco, é um local em que a erosão marinha tem agido de modo preocupante, com o mar avançando sobre a cidade.

Erosão marinha La Portada, Chile Fonte: wikipedia commons

As correntes marinhas transportam grandes volumes de sedimentos de uma área para a outra. A ação das correntes de turbidez não é percebida, porque elas atuam entre a plataforma continental e o talude continental.

Erosão glacial

É a erosão provocada pelas geleiras (também chamadas de glaciares). A água que se acumula nas cavidades das rochas no verão, congela quando chega o inverno, sofrendo dilatação. Isso pressiona as paredes dos poros, rompendo a rocha. A cada ano, o processo se repete, desagregando, aos poucos, a rocha.

Essas massas de gelo deslocam-se muito lentamente, mas têm uma enorme capacidade de transporte, podendo carregar blocos de rocha do tamanho de uma casa. Quando derretem, geram depósitos sedimentares muito heterogêneos, chamados de morenas ou morainas.

Erosão eólica

É aquela decorrente da ação do vento. Ocorre em regiões áridas e secas, onde existe areia solta, capaz de ser transportada pelo vento, que a joga contra as rochas, desgastando-as e dando origem, muitas vezes, a formas bizarras, como se vê na figura abaixo:

Erosão eólica no Salar de Uyuni (Bolívia) Fonte: Wikipedia Commons

Ao contrário do que pensam muitas pessoas, não foi a erosão eólica, e sim a chuva, que formou as estranhas feições que tanto atraem os turistas em Vila Velha, no Paraná.

Outra feição típica do ambiente desértico são os ventifactos, blocos de rocha de tamanhos variados que aparecem soltos no chão e que exibem faces planas formadas pelo impacto contínuo da areia. Eles são úteis porque a posição dessas faces indica a direção preferencial dos ventos no local.

Os grãos de areia podem ser levados a distâncias enormes por suspensão e já se constatou a presença de areias provenientes da África na Amazônia brasileira. A suspensão forma grandes depósitos arenosos, chamados de loess e é responsável também pelas tempestades de areia.

Erosão antrópica

É a erosão causada pela ação do ser humano. Em geral não tem grande influência, por que sua ação é de duração muito curta, Mas, nossa capacidade de remover grandes massas de terra ou de rocha é cada vez maior e a erosão antrópica tende a ser cada vez mais significativa.

O plantio sem levar em conta o regime de escoamento das águas naturais, pode provocar ravinamento e formação de boçorocas. A ocupação de áreas impróprias para a construção de moradias, como morros de alta declividade, gera escorregamentos de solo, com danos materiais e mortes. A impermeabilização de superfícies, como a pavimentação de ruas, impede que a água da chuva se infiltre e favorece as inundações em áreas urbanas.

Deve-se ter em mente também que a ação humana, embora de pequena expressão, pode ser o início de um grande processo erosivo. Assim, o desmatamento na Amazônia pode facilmente levar a área desmatada a uma desertificação, porque o solo daquela região é muito arenoso e pouco espesso. A vegetação só é exuberante porque se desenvolve sobre restos orgânicos da própria mata, e eles desaparecem rapidamente quando há o desmatamento.

Fonte: http://www.comunitexto.com.br

domingo, 11 de maio de 2014

Artigo sobre áreas de riscos na Geography Review

Os geógrafos Antonio Guerra e Maria do Carmo Oliveira Jorge recentemente publicaram o artigo Hazard risk, na Geography Review. O texto aborda  os deslizamentos que ocorreram ano passado na cidade de Petrópolis onde morreram 33 pessoas. Vale a pena conferir! Para download CLIQUE AQUI.





Fonte da Informação: http://www.comunitexto.com.br/