Visitas ao Blog do GAIA

Mostrando postagens com marcador rocha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador rocha. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

As Rochas


As rochas estão em todos os lugares, desde grandes centros urbanos como São Paulo até pontos turísticos como o Pão de Açúcar. Apesar disso, poucos notam a presença destes elementos fundamentais para compreender a história do planeta e as substancias que constituem a Terra.

Os petrologistas são responsáveis por traçar as origens, ocorrências, estruturas e histórias destes elementos formados por meio da associação de dois ou mais minerais.

Em geral, as rochas são classificadas em três grandes grupos, de acordo com o principal processo que lhe deu origem, podendo ser ígneas, sedimentares e metamórficas. Confira abaixo as diferenças entre elas:

Ígneas

A Obsidiana é considerada uma rocha ígnea e consiste em 70% ou mais de sílica

O próprio nome desta rocha já denota as origens da mesma, considerando que a palavra Ignea deriva do latim ignis, que significa fogo. São consolidadas desta maneira após o resfriamento do magma derretido ou parcialmente derretido. Estas se dividem em dois grupos diferentes: intrusivas, que se formam à partir do resfriamento do magma no interior da crosta terrestre, nas partes profundas da litosfera, sem contato com a superfície; e extrusivas, que são formadas à partir do resfriamento do material expelido pelas erupções vulcânicas atuais ou antigas.



Sedimentares

O Calcário é considerado uma rocha sedimentar e contêm minerais com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio.

Recebem este nome por serem compostas de sedimentos carregados pela água ou pelo vento que se acumularam em áreas deprimidas. Nestas rochas foram encontrados muitos fósseis, graças ao processo de formação. A formação define a classificação que cada rocha sedimentar irá receber e pode ocorrer de três maneiras: com minerais que provêem diretamente de rochas pré-existentes (clásticas); minerais novos formados devido a fenômenos de transformações químicas ou de precipitações de soluções (precipitados); ou parte de seres vivos (biogênicas).




Metamórficas

O Mármore é uma rocha metamórfica originada de calcário exposto a altas temperaturas e pressão

São as rochas formadas por transformações físicas e/ou químicas sofridas por outras rochas, quando estas são submetidas ao calor e à umidade da terra. Existem alguns fatores predominantes para o metamorfismo: tipos de rochas metamórficas que serão formadas; localização e extensão na crosta terrestre; aspectos físicos envolvidos (pressão, etc.); mecanismo determinante para a conjunção destes parâmetros (clima, etc.).

Você sabia?

O Pão de Açúcar, um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, é um enorme monólito. Composto de uma pedra conhecida como gnaisse faoidal é considerado uma rocha metamórfica por ter se originado do granito. Após sofrer alterações por pressão e temperatura, emergiu com o choque entre os continentes sul-americano e africano há mais de 600 milhões de anos.

Outra rocha famosa e que se originou do choque de placas tectônicas é o Rochedo de Gibraltar, monumento situado no território britânico homônimo. Consiste em um monolito promontório de calcário, formado quando a placa africana colidiu com a da Europa.

Fonte da informação: http://www.comunitexto.com.br/rochas-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-elas/#.VnH74Uuc87o

domingo, 31 de maio de 2015

Geocronologia e a geoquímica isotópica


As rochas sedimentares podem ser datadas de maneira relativa a partir dos fósseis nelas existentes ou por correlação estratigráfica.

Quando estas não têm um conteúdo fossilífero diagnóstico ou quando a correlação não é possível nem conclusiva, a tarefa de estimar a época de deposição de uma determinada rocha fica inviável.

Em tais casos, os métodos radiométricos, usualmente aplicados em rochas ígneas e metamórficas para obtenção de idades absolutas, têm sido aplicada como segunda alternativa.

Método radiométrico
O método radiométrico Rb-Sr é tradicionalmente aplicado para determinação de idades absolutas de rochas ígneas, pelo fato das condições de formação destas serem de alta temperatura.

No caso da cristalização de um magma, o 87Sr radiogênico possui considerável mobilidade e migra entre as fases minerais enquanto a temperatura for superior a 350° C.

Como resultado, ocorre um fenômeno chamado homogeneização isotópica do Sr, o qual é interrompido pelo resfriamento da rocha considerada.

Entendendo a homogeneização isotópica


A homogeneização isotópica ocorre porque as propriedades químicas dos diferentes isótopos de um mesmo elemento são muito próximas entre si, apesar de não serem idênticas. Esse princípio pode ser ilustrado pela comparação apresentada na figura logo mais abaixo.

Um jardim cercado e com uma árvore no centro representa dois sítios cristalinos com níveis diferentes de energia. No primeiro caso, soltamos alguns cães e os gatos no sistema jardim-árvore e podemos imaginar que, após alguns movimentos muito rápidos, eles irão se distribuir nos sítios apropriados, ou seja, os gatos na árvore e os cães no chão, sob a árvore.

Os cães e gatos são dois elementos diferentes em competição pelos mesmos sítios: eles se arranjam espontaneamente e assumem a configuração mais estável. Qualquer configuração alternativa seria intrinsecamente instável (cães na árvore e gatos no solo) ou fora de equilíbrio (cães e gatos no solo).




Esquema: fracionamento elemental versus homogeneização isópica. Fonte: retirado o livro “Geoquímica: uma introdução”. Ed. Oficina de Textos.


Na imagem acima vemos à esquerda: cães e gatos interagem vigorosamente, o que afeta a ocupação dos sítios disponíveis no sistema (árvore, chão). Assim como dois elementos químicos com propriedades diferentes, eles se distribuem para atingir o nível de mínima energia. À direita: gatos brancos e pretos têm características similares e, como os isótopos de um mesmo elemento, se distribuem aleatoriamente pelos sítios disponíveis. O arranjo mais provável é uma proporção idêntica de isótopos em cada sítio.
Agora, retiramos todos os animais do jardim e soltamos um novo conjunto de animais: apenas gatos com pelos de diferentes cores, alguns brancos e outros pretos. A probabilidade de que um gato fique na árvore ou no solo é independente de sua cor, a energia de interação é baixa e o arranjo mais provável é o de máxima entropia, com iguais proporções de gatos brancos e pretos em cada sítio.


Os gatos brancos e pretos são como isótopos de um mesmo elemento com propriedades similares, que compartilham os sítios disponíveis de modo independente de seu nível de energia.


Quando os elementos e seus isótopos podem se mover facilmente entre os sítios de estruturas cristalinas, líquidos e gases (seja porque os estados líquido e gasoso permitam misturas eficientes ou porque a difusão térmica permita que os átomos se movam rapidamente entre os sítios cristalinos dos sólidos), os elementos com propriedades químicas diferentes se arranjarão nos sítios disponíveis de modo a minimizar a energia total do sistema.

Por outro lado, as trocas isotópicas de um único elemento entre as fases contribuem pouco para o balanço energético do sistema, e os isótopos de um mesmo elemento estarão distribuídos homogeneamente de modo a maximizar a entropia do sistema.


Fonte: http://www.comunitexto.com.br/

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Pintando com tinta de solo





Você sabia que, além de servir para o plantio de lavouras, os solos também podem ser usados para fazer tinta?


As rochas, sob ação do clima (chuva, vento, sol e temperatura) e com influência do relevo (planícies, morros, montanhas e vales), dos macro e microrganismos (animais e vegetais) e durante centenas, milhares ou milhões de anos, vão sofrendo transformações e diminuindo de tamanho.


Essa transformação, também chamada de intemperismo, continua até os grãos alcançarem tamanhos bem pequenos chamados de areia, silte e argila, que é a fração mineral do solo. A outra fração é a matéria orgância, que se origina pela decomposição dos organismos animais e vegetais, após sua morte. Dessa forma, são originados diversos tipos de solos, com muitas características diferentes entre si. Por exemplo, os solos podem ter várias cores como vermelho, amarelo, laranja, marrom, preto, cinza, branco e, algumas vezes, azulados ou esverdeados.

Também podem ser arenosos, argilosos ou de textura média, rasos ou profundos, com ou sem pedras/rochas no interior ou na superfície, secos ou alagados, férteis ou pobres em nutrientes, ou com diferentes teores de matéria orgânica (húmus), etc.


Os solos são muito importantes em nossa vida. Deles dependem todas as atividades agropecuárias, como a produção de alimentos, fibras, madeira, e criação de animais: grãos (milho, arroz, feijão, trigo, soja, amendoim), café, frutas, hortaliças e legumes, algodão, carne, leite, ovos, flores, árvores, etc. Sem falar na indústria da construção (areia, tijolo e telha) e na conservação das florestas, rios, lagos, enfim, toda a biodiversidade.


Além de sua importância na agricultura, na construção civil e para o meio ambiente, os solos também podem produzir arte como, por exemplo, as esculturas e cerâmicas em argila. Servem também como matéria-prima para a confecção de tinta. Isso mesmo, tinta de solo.


Vamos aprender a fazer a tinta de solo para pintar em papel? Pegar um pouco de terra com cores diferentes (1 kg de cada cor) e colocar para secar ao sol. Depois de seco, destorroar e peneirar. Não usar areia, pois ela não “solta” tinta.


Para preparar a tinta que será usada sobre papel, deve-se misturar 2 partes de terra peneirada, 2 a 3 partes de água e 1 parte de cola branca (escolar) – pode usar uma colher de sopa como medida. Mexer bem. Caso a tinta fique um pouco grossa, colocar mais um pouco de água. Depois de pintar é só colocar para secar. Agora é só escolher o motivo e colocar a mão na massa, isto é, no pincel. Boa diversão!!!






Informações mais detalhadas podem ser obtidas em:

http://www.cnps.embrapa.br/solosbr/pdfs/doc123_2010_tinta_de_solo.pdf