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quinta-feira, 3 de março de 2016

Titânia: a maior lua de Urano

Titânia e detalhes de seu relevo.

Titânia é a maior lua de Urano. Foi descoberto em 1787 por William Herschel.
Ela leva o nome de Titânia, rainha das fadas em "A Noite de Verão" de William Shakespeare. Titânia é composto de gelo de cerca de 50%, 30% silicatos e 20% de compostos orgânicos perto de metano.

Uma de suas principais características físicas é a presença de um canyon enorme, muito maior que o Grand Canyon, na Terra, a mesma ordem de grandeza de Valles Marineris em Marte ou em Ithaca Chasma Tétis, lua de Saturno.


A imagem acima  mostra dois detalhes da superfície de Titânia. A imagem foi obtida pela nave Voyager 2 em 1986, quando a nave realizou a sua aproximação máxima com o planeta Urano.
No vale, que vemos no detalhe da imagem, as paredes são luminosas. O brilho é uma indicação da presença de um material mais claro, depósitos de gelo com idade geológica recente.
No outro detalhe mostramos uma cratera de impacto com mais de 300 km de diâmetro, é visível no topo do satélite. Esta "grande bacia" é uma evidência na vida geológica do satélite, mostrando um grande impacto.

Os detalhes que conseguimos ver em uma foto nos dão a possibilidade de concluir como provavelmente se deu a formação do satélite. Estas evidências de que Titânia exibe na sua superfície são indícios de que em tempos remotos ocorreu uma atividade geológica intensa. O grande vale que mostramos acima, na região limite entre o dia e a noite da lua, é um exemplo de atividade tectônica.



Imagem: source NASA
http://www.astronoo.com/pt/luas-de-urano.html

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Deimos e Phobos: As luas de Marte




Os nomes das duas luas de Marte são derivadas da mitologia grega, Fobos (medo) e Deimos (Terror), os gêmeos que o deus Marte estava com a deusa Afrodite. Deimos é coberto com uma espessa camada de partículas ejetadas durante os impactos de meteoritos, o que embaça o seu alívio por preencher as crateras gradualmente. 

Não há essa característica em Phobos está mais perto de Marte, onde a poeira é influenciado por forças de maré de Marte. 
Estes dois satélites poderiam vir do cinturão de asteroides, que passou perto do planeta Marte foram capturados. Deimos está a uma distância de 23,460 km de Marte e Phobos para 9377 km. 

Tanto Deimos como Fobos estão saturados de crateras. Deimos tem um aspecto mais suave causado pelo preenchimento parcial de algumas das suas crateras.



Phobos possui 3 grandes crateras: Stickney, Hall e Roche. A maior delas, a Cratera Stickney, recebeu o sobrenome de solteira da esposa de Hall.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Reia: Uma Lua de Saturno







Reia é o maior satélite de Saturno sem ar. Foi descoberto em 1672 por Giovanni Cassini. Reia é um corpo gelado com uma densidade de 1.33 gm/cm3. A baixa densidade indica que é composto por um núcleo rochoso que ocupa menos de um terço da massa da lua, sendo o resto composto por água gelada. Reia é semelhante a Dione na composição, albedo, terreno variado e rotações síncronas. A temperatura de Rea é de -174°C na zona iluminada pelo Sol e entre -200°C e -220°C (-328°F e -364°F) na sombra.

Reia está intensamente crivado de crateras com faixas brilhantes. A sua superfície pode ser dividida em duas áreas geologicamente diferentes baseado na densidade de crateras. A primeira área contém crateras que têm mais de 40 quilômetros (25 milhas) de diâmetro. A segunda área, em partes das regiões polar e equatorial, tem crateras com menos de 40 quilômetros (25 milhas) de diâmetro. Este fato sugere que ocorreu algum acontecimento que refez a superfície em algum momento durante a sua formação.

Fonte: http://solarviews.com/portug/rhea.htm

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Dione: Importante Lua de Saturno



Dione foi descoberto em 1684 por Giovanni Cassini. É um corpo gelado semelhante a Tétis e Rea. A sua densidade é 1.43 gm/cm3, o que o faz a lua mais densa de Saturno além de Titan. Dione é provavelmente composto por um núcleo rochoso que corresponde a um terço da massa total da lua, sendo o resto água gelada. A sua cobertura de gelo é menor do que a de Tétis e Rea.

A superfície gelada de Dione inclui terreno com grande quantidade de crateras, planícies com quantidade moderada de crateras, planícies com poucas crateras e matéria dispersa em feixes. No terreno com mais quantidade de crateras, muitas delas têm mais de 100 quilómetros de diâmetro. As áreas planas tendem a ter crateras com menos de 30 quilômetros de diâmetro. Algumas das planícies têm muitas crateras ao contrário de outras. Uma grande parte do terreno com muitas crateras está localizado no hemisfério de trás, estando os terrenos com menos crateras localizados no hemisfério da frente. Este facto é oposto ao esperado por alguns cientistas. Shoemaker e Wolfe criaram um modelo de crateras para um satélite gravitalmente bloqueado com a maior parte das crateras no hemisfério da frente e a menor parte no hemisfério de trás. Este modelo sugere que durante o período de bombardeamento intenso, Dione estava bloqueado gravitalmente a Saturno na orientação oposta. Por Dione ser relativamente pequeno, um impacto que tenha causado uma cratera de 35 quilômetros (21 milhas) pode ter provocado uma rotação do satélite. Por haver muitas crateras com mais de 35 quilómetros (21 milhas), Dione pode ter sido rodado várias vezes.

Dione provavelmente foi bloqueado gravitalmente na sua posição atual desde há vários bilhões de anos. Este facto está reflectido no albedo médio da superfíciedos hemisférios da frente e de trás.O albedo da superfície diminui do hemisfério da frente para o de trás devido a uma poeira de micrometeoritos mais abundante no hemisfério da frente.

A origem da matéria brilhante dispersa em feixes é obscura. Aparentemente, é material com um albedo elevado e é uma camada suficientemente fina para não escurecer a superfície que cobre. Pode ter sido formado de erupções ao longo de falhas na superfície de Dione que caíram na superfície em forma de neve ou de cinzas.




Fonte: https://upload.wikimedia.org
http://solarviews.com/portug/dione.htm

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

MIMAS: Uma das Luas de Saturno



Mimas é uma das luas mais internas de Saturno. Recebeu o seu nome de um dos Titans que foi morto por Hércules. William Herschel descobriu a lua em 1789. A superfície é gelada e com muitas crateras. Mimas tem uma densidade baixa, significando que provavelmente é constituído principalmente por gelo. Por Mimas ter uma temperatura tão baixa, cerca de -200° C (-328°F), as formações de impacto podem datar da criação da lua.


Uma das crateras, com o nome de Herschel, é surpreendentemente grande em comparação com a dimensão da lua. A cratera tem cerca de 130 quilómetros (80 milhas) de largura, um terço do diâmetro de Mimas. Herschel tem 10 quilômetros (6 milhas) de profundidade, com uma montanha central quase tão alta como o Monte Evereste na Terra. Este pico central eleva-se a 6 quilômetros (4 milhas) acima da superfície interior da cratera. Este impacto provavelmente quase desintegrou a lua. Encontram-se sinais de fraturas no lado oposto de Mimas.


Apesar de Mimas ter muitas crateras, estas não são uniformes. Uma grande parte da superfície está coberta com crateras com mais de 40 quilômetros (25 milhas) de diâmetro mas na região polar sul, há uma ausência de crateras com mais de 20 quilômetros (12 milhas). Este fato sugere que algum processo removeu as maiores crateras destas áreas.

Fonte:http://solarviews.com/portug/mimas.htm

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Ganimedes: A maior Lua conhecida do Sistema Solar


Ganimedes é a maior lua de Júpiter e é a maior em nosso sistema solar, com um diâmetro de 5.262 km (3.280 miles). Se Ganimedes orbitasse o Sol no lugar de Júpiter, poderia ser classificado como um planeta. Como Calisto, Ganimedes é provavelmente composto de um núcleo rochoso com um manto de água/gelo e uma crosta de rocha e gelo. Sua baixa densidade, de 1,94 g/cm3, indica que o núcleo ocupa cerca de 50% do diâmetro do satélite. O manto de Ganimedes é provavelmente composto de gelo e silicatos, e sua crosta é provavelmente uma grossa camada de água congelada.

Ganimedes não possui atmosfera conhecida, mas recentemente o Telescópio Espacial Hubble detectou ozônio em sua superfície. O total de ozônio é pequeno se comparado com a Terra. Ele é produzido quando partículas carregadas capturadas no campo magnético de Júpiter chovem na superfície de Ganimedes. Conforme as partículas carregadas penetram na superfície gelada, partículas de água são rompidas, levando à produção de ozônio. Este processo químico indica que Ganimedes provavelmente tem uma tênue e fina atmosfera de oxigênio tal qual detectada em Europa.
Onde está o resto do círculo? A maior lua de Júpiter, Ganimedes, tem um terreno verdadeiramente invulgar, que inclui o meio-círculo na imagem do lado, cortado por curvas paralelas vizinhas. Os círculos completos podem ser explicados por crateras de impacto, mas os parciais implicam que possa ter ocorrido alguma sobreposição de material no impacto original. O diâmetro do semi-círculo é de aproximadamente 32 km. Também é interessante notar uma densa e linear cadeia de crateras que corta o topo do círculo. Estes mistérios são regularmente resolvidos através do trabalho árduo de reconstrução da sequência das ocorrências naturais, que neste caso pode providenciar uma melhor compreensão do interessante passado de Ganimedes.

Ganimedes tem tido uma complexa história geológica. Tem montanhas, vales, crateras e fluxos de lava. Ganimedes é manchada tanto por regiões escuras quanto claras. Ele é extremamente cheio de crateras, especialmente nas regiões escuras, implicando uma origem antiga. As regiões brilhantes mostram um diferente tipo de terreno - um que é entalhado com gargandas e cordilheiras. Estas formações constituem complexos padrões e tem um relevo vertical de poucas centenas de metros e estendem-se por milhares de quilômetros. As formações entalhadas foram aparentemente formadas mais recentemente que a da área escura, cheia de crateras, por causa da tensão dos processos tectônicos globais. A verdadeira razão é desconhecida; entretanto, a expansão local da crosta parece ter realmente ocorrido, fazendo com que a crosta cisalhasse e separasse.

A superfície de Ganimedes está lentamente a ser quebrada. Esta foto de Ganimedes foi registada pela sonda Galileu. A Junho de 1996, passou a 10,000 quilómetros da superfície gelada de Ganimedes, e tirou imagens que mostram complexos detalhes. As características lineares desta foto são escarpas que sobem acima das planícies geladas de Ganimedes. As características circulares são crateras de impacto. Ganimedes é a maior lua de Júpiter e do Sistema Solar.
Crédito: Projecto Galileu, JPL, NASA
Fonte: http://www.ccvalg.pt/
http://www.if.ufrgs.br/ast/solar/portug/ganymede.htm

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Sistema Solar pode ter dois planetas a mais além da órbita de Plutão



É possível que o Sistema Solar tenha, pelo menos, mais dois planetas esperando para ser descobertos, além da órbita de Plutão, anunciaram astrônomos britânicos e espanhóis em janeiro de 2016.

A lista oficial de planetas do nosso sistema solar inclui oito corpos solares, entre os quais o gigante gasoso Netuno é o mais afastado.

Para além da órbita de Netuno, Plutão foi relegado ao status de "planeta anão" pela União Astronômica Internacional em 2006, embora seja considerado por alguns o planeta mais distante do sol.

Em um estudo publicado na última edição do periódico mensal "Monthly Notices", da Sociedade Astronômica Real, cientistas propõem que há "pelo menos" dois planetas além de Plutão. Seus cálculos se baseiam no comportamento orbital incomum de rochas espaciais muito distantes, denominados objetos transnetunianos, ou Etnos, na sigla em inglês.

Em teoria, os Etnos deveriam estar dispersos em uma faixa de cerca de 150 Unidades Astronômicas (UA) do Sol. Uma UA corresponde ao espaço entre a Terra e o Sol: quase 150 milhões de quilômetros. Os Etnos também deveriam estar, mais ou menos, no mesmo plano orbital que os planetas do Sistema Solar.

Mas observações de cerca de uma dúzia de Etnos sugeriram uma imagem bem diferente, segundo o estudo. Se a pesquisa estiver correta, os cientistas deduzem que os Etnos se dispersaram muito mais amplamente, entre 150 e 525 UA, com uma inclinação orbital de cerca de 20 graus.

Para explicar esta anormalidade, o estudo sugere que alguns objetos muito grandes, como planetas, devem estar nos arredores e sua força gravitacional está influenciando os Etnos, muito menores, ao redor.

"Este excesso de objetos com inesperados parâmetros orbitais nos leva a crer que algumas forças invisíveis estão alterando a distribuição" de Etnos, disse Carlos de la Fuente Marcos, da Universidade Complutense de Madri.

"O número exato é incerto, uma vez que os dados que temos são limitados, mas nossos cálculos sugerem que há pelo menos dois planetas e, provavelmente, mais, nos confins do nosso Sistema Solar", noticiou a agência de notícias científicas espanhola Sinc, citando o cientista. "Se isto se confirmar, nossos resultados podem ser realmente revolucionários para a astronomia", concluiu. Até agora, não há evidências diretas que sustentem esta teoria.



Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Imagem inédita mostra Saturno em suas cores naturais


Nasa divulga primeira fotografia de Saturno na qual aparecem, além de todas as suas luas e anéis, os planetas Terra, Vênus e Marte







A Terra aparece logo abaixo de Saturno, como um pequeno ponto brilhante. No momento da foto, a Nasa pediu para que diversas pessoas ao redor do planeta olhassem para o céu, na direção da sonda Cassini, e sorrissem para a foto(NASA/JPL-Caltech/SSI/VEJA)

A Nasa divulgou nesta terça-feira uma fotografia inédita de Saturno, capturada pela sonda Cassini, em suas cores naturais. Essa é a primeira vez em que os pesquisadores conseguem mostrar em uma única imagem Saturno, suas luas e anéis, e o brilho longínquo dos planetas Terra, Vênus e Marte. O panorama cobre 651.591 quilômetros e é, na verdade, um mosaico composto por 141 fotografias tiradas durante quatro horas no dia 19 de julho.

Imagens da Terra capturadas a partir de regiões tão distantes são muito raras - essa é a terceira foto do tipo já divulgada até hoje. É que, visto a longa distância, o planeta aparece muito perto do Sol. Se a Cassini, por exemplo, tentar fotografar o planeta sob condições normais, corre o risco de danificar os seus sensíveis equipamentos. Por isso, a equipe responsável pela sonda esperou por um momento em que o Sol estivesse escondido atrás de Saturno, e a Terra continuasse visível. Isso foi possível no dia 19 de julho, quando a Nasa criou a campanha "Acene para Saturno". A agência pediu para que pessoas de todo o mundo olhassem em direção ao planeta no mesmo instante em que a sonda estivesse fotografando a Terra.

"Com essa vista magnífica, a Cassini nos entregou um universo de maravilhas. E fez isso justamente em um dia em que pessoas de todo o mundo, em uníssono, sorriram em comemoração à alegria de estar vivo em um pálido ponto azul", disse Carolyn Porco, líder da equipe de imagens da Cassini.

O pálido ponto azul citado pela pesquisadora é a própria Terra, que aparece como um ponto brilhante abaixo de saturno. A fotografia também mostra Vênus, à esquerda, e Marte como um ponto tênue um pouco mais distante. Além deles, são vistas brilhando no espaço escuro sete luas de Saturno. A imagem pode ser vista em todos os detalhes no site da Nasa.

NASA/JPL-Caltech/SSI
Imagem de Saturno vista do espaço(NASA/VEJA)

Com o Sol escondido atrás de Saturno, a sonda Cassini capturou na mesma imagem, Saturno, Terra, Marte e Vênus

Anéis - A imagem deve ajudar os cientistas a estudar o planeta e seus anéis, principalmente o anel E, o mais externo na imagem. "Este mosaico fornece uma notável quantidade de dados de alta qualidade sobre os anéis difusos de Saturno, revelando todos os tipos de estruturas intrigantes que estamos tentando entender. O anel E mostra determinados padrões que provavelmente refletem distúrbios vindos de fontes tão diversas como a luz solar e a gravidade da lua Encélado", diz Matt Hedman, cientista da Universidade de Idaho, nos Estados Unidos, que participa da missão.

Lançada em 1997, a Cassini tem explorado a região de Saturno há cerca de nove anos. Segundo a Nasa, a missão deve durar até 2017. "Com uma dança longa e intrincada em torno de Saturno, a Cassini tem como objetivo estudar o planeta a partir de todos os ângulos possíveis", diz Linda Spilker, cientista do projeto Cassini instalada no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia.

"Além de nos mostrar a beleza do planeta, dados como esse também melhoram a nossa compreensão sobre a história dos anéis em torno de Saturno e a forma como os discos se formam em torno dos planetas. São pistas sobre como o próprio Sistema Solar se formou em torno do Sol", diz a pesquisadora.

Fonte da Informação: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/em-nova-imagem-de-saturno-terra-aparece-brilhando-ao-fundo/

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Espaçonave chega a Plutão dia 14 de julho nos confins do Sistema Solar



A grande expectativa da Nasa, nos próximos 75 dias, é a chegada da espaçonave New Horizons (Novos Horizontes) a Plutão no dia 14 de julho de 2015, que possibilitará, pela primeira vez, imagens e observações científicas muito mais precisas feitas nas proximidades desse gélido planeta-anão.

Aliás, nesse aspecto, 2015 tem tudo para ser um ano muito especial para a astronomia, pois, entre muitos outros eventos positivos, a humanidade conseguirá explorar com sucesso os dois pontos extremos do Sistema Solar. De um lado, Mercúrio, com o trabalho da sonda Messenger. De outro lado, Plutão, planeta-anão, o mais distante do Sol, cujos mistérios os astrônomos poderão desvendar, a partir de julho.

O encontro da nave New Horizons com Plutão marcará um momento histórico, numa data histórica, 14 de julho, consagrado à Revolução Francesa. A espaçonave se aproximará de Plutão e poderá mostrar, então, muito mais detalhes sobre esse planeta-anão e seus satélites.

Depois de nove anos de viagem à velocidade de 52.800 mil km/hora, rumo aos confins do Sistema Solar, a espaçonave fará sua aproximação histórica de Plutão no dia 14 de julho, o que deverá ser considerado um dos grandes feitos astronômicos do século 21, segundo a avaliação de cientistas de diversos países.

“A literatura científica está repleta de artigos sobre as características de Plutão e suas luas, baseadas em observações feitas daqui da Terra” – diz o astronauta e administrador associado da Diretoria de Missões Científicas da Nasa, John Grunsfeld. “Agora poderemos ter muito certeza sobre a realidade de Plutão: vamos estudá-lo de um jeito bem diferente: cara a cara e de perto. A partir do um voo de aproximação sem precedente da espaçonave New Horizons, previsto para o dia 14 de julho, poderemos ampliar de forma exponencial nosso conhecimento sobre Plutão. E não tenho dúvida de que haverá descobertas fascinantes.”

Plutão foi descoberto em 1930 pelo astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh (1906-1997). Esse planeta-anão é esférico e orbita o Sol, como os oito principais planetas. Mas, diferentemente de um planeta, Plutão não tem suficiente gravidade para atrair toda a poeira espacial e objetos minúsculos que encontra em sua rota. Além de ser muito menor do que um planeta, o planeta-anão não chega a ser uma lua ou satélite.

É bom lembrar que Plutão é o segundo planeta-anão em tamanho. O maior é Éris, um objeto transnetuniano (TNO, sigla de Trans-Neptunian Object) descoberto em 2005 pela equipe liderada por Mike Brown, astrônomo do Observatório de Monte Palomar, na Califórnia. Éris tem uma massa 27% superior à de Plutão.

Plutão está a uma distância de 39,5 unidades astronômicas (UA) do Sol. Uma UA equivale à distância que separa a Terra do Sol (149,5 milhões de km). Por ser sua órbita excessivamente elíptica, seu ponto mais próximo do Sol (periélio) fica a 29,7 UA (4,437 bilhões de km) – nesse ponto, Plutão está mais próximo do Sol do que Netuno. No outro extremo de sua órbita, o ponto mais distante do Sol (afélio), o planeta-anão está a 49,7 UA ou 7,311 bilhões de km (numa região chamada de Kuiper Belt (ou KY-per), uma grande faixa de milhares de pequenos objetos de gelo que orbitam o Sol, além de Netuno.

Plutão é muito, muito frio. Sua menor temperatura pode chegar a menos 230 graus Celsius. A gravidade nesse planeta-anão equivale a 1/15 da gravidade terrestre, o que significa que um ser humano que pesa 100 kg na Terra pesará apenas 6,66 kg em Plutão.



Fonte: Por Ethevaldo Siqueira, http://cbn.globoradio.globo.com/

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Mercúrio tem o campo magnético mais antigo do Sistema Solar



O campo magnético que rodeia o planeta Mercúrio é, provavelmente, o mais antigo ainda em atividade em toda a galáxia. Ele surgiu há 3,9 bilhões de anos, cerca de 600 milhões de anos depois da formação do planeta, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science. Mercúrio é o único planeta, além da Terra, a apresentar um campo magnético ativo no Sistema Solar. No entanto, os traços mais antigos do nosso não passam de 3,45 bilhões de anos.

Estudos da última década sugerem que o campo de um planeta é uma proteção necessária contra a radiação solar intensa que pode eliminar a atmosfera, evaporar toda a água e acabar com qualquer chance de vida na superfície. Por isso, ele é um importante indício de vida presente ou passada. Algumas evidências indicam que Marte também foi cercado por magnetismo, mas o campo desapareceu há cerca de 4 bilhões de anos.

"Mercúrio é o planeta com o mais longo campo magnético ao menos no Sistema Solar. Ele teve magnetismo há 3,9 bilhões de anos e possui atualmente. Entretanto, ele pode ter sido 'desligado' e 'religado' em algum momento. A explicação mais simples é que ele esteve presente de alguma forma por esse tempo", afirmou ao site de VEJA a astrônoma canadense Catherine Johnson, professora da Universidade British Columbia, no Canadá, e líder do estudo. "É importante notar, contudo, que mesmo assim não há nenhuma evidência de uma atmosfera tão antiga por lá e as condições de sua superfície provavelmente sempre foram inóspitas para qualquer tipo de vida", completou.

Missão Messenger - As informações vieram da nave Messenger, missão da Nasa que foi encerrada na última semana com a queda da sonda no planeta. Voos muito próximos da superfície, com distâncias de no máximo 15 quilômetros, entre abril do ano passado e desde ano, forneceram os dados que permitiram a análise. Até então, a nave que deixou a Terra em 2004 ficava a uma altitude de 200 a 400 quilômetros de Mercúrio. As novas informações ajudaram os cientistas a descobrir a idade do campo magnético do planeta.

Com os sobrevoos perto da crosta, os pesquisadores coletaram detalhes sobre rochas que registram a força e a direção do magnetismo presente na formação do planeta. Os dados confirmaram que o campo magnético é fraco (cerca de 1% da força do da Terra), está deslocado próximo ao polo Norte (diferente do terrestre, irradiado a partir do centro) e se origina de seu núcleo repleto de ferro em estado líquido.

Magnetismo planetário - Até que os dados da missão Messenger chegassem aos cientistas, um campo magnético em atividade era tido como uma condição exclusiva da Terra no Sistema Solar. O fraco magnetismo de Mercúrio ainda intriga os cientistas. Não se sabe a causa de seu deslocamento para a parte norte do planeta, se ajudou a reter água no solo ou se ele se manteve constante em toda a sua história.

"Para fazer sentido como protetor da vida, não basta um planeta ter campo magnético, ele precisa manter esse campo de maneira estável na superfície por bilhões de anos. As evidências do estudo mostram que, em Mercúrio, o campo provavelmente diminuiu rápido sua força devido ao tamanho do planeta e seu resfriamento rápido, enquanto na Terra ele ainda perdura", explica o astrônomo brasileiro Douglas Galante, pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, e do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da USP. "O desafio lançado por esse artigo é para explicar a origem desse campo em Mercurio tão cedo em sua história, contradizendo muitos dos modelos atuais de evolução planetária. Um dado novo e não esperado que pode reformular a visão que temos do Sistema Solar", concluiu Galante.

Fonte: http://www.acritica.net/

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Jueves (Quinta feira): Dia de Júpiter

Crédito: Projeto Cassini, NASA/ESA



Todos os dias são nublados em Júpiter, o rei gasoso dos planetas do Sistema Solar. Os topos rodopiantes das nuvens é o que observamos nesta incrivelmente detalhada imagem a cores reais, uma porção de um grande mosaico digital de Júpiter, registado pela sonda Cassini durante o seu voo rasante em Dezembro de 2000. As características visíveis mais pequenas têm aproximadamente 60 km de diâmetro. A composição de Júpiter é dominada por hidrogênio e as nuvens contêm compostos deste elemento, tais como o amoníaco, o sulfeto de hidrogênio e até água. Verdadeiramente um planeta gigante, o diâmetro de Júpiter é mais de 11 vezes o da Terra e as tempestades mais pequenas visíveis pela Cassini são semelhantes em tamanho a grandes furacões terrestres.


A família jupiteriana, o grande Júpiter e seus maiores satélites Io, Europa, Ganimedes
e Calisto
, observados pela primeira vez por Galileu.
Crédito: Projeto Galileu, Projeto Voyager, JPL, NASA.


Voce pode ler as informações que o GAIA possui em sua página do Observatório do Sistema Solar: http://gaiaufvjm.blogspot.com.br/p/observatorio-do-sistema-solar_12.html

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Saiba a origem dos nomes dos planetas do Sistema Solar



O universo é cheio de mistérios e curiosidades, incluindo os nomes dos planetas do Sistema Solar. A nomenclatura dos planetas geraram algumas especulações, inclusive com seus nomes. Afinal, é necessário ter uma denominação oficial que seja aprovada na comunidade astronômica.

Marcos Calil, Coordenador Científico do Planetário e Teatro Digital de Santo André (Planetário Johannes Kepler), conta que os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno eram observados, na Antiguidade, a olho nu, e assim se iniciaram as denominações dos planetas por meio dos povos antigos. Os nomes estariam envolvidos em homenagens mitológicas.

Atualmente, os astros do universo precisam passar por alguns procedimentos para conseguirem um nome oficial, que passa pela União Astronômica Internacional (IAU), que analisa os termos ou qualquer definição sugerida.

"Não é a NASA quem analisa os termos ou definições para os nomes dos planetas", afirma o astrônomo Calil.

De acordo com as informações da IAU, para o planeta ter uma nomenclatura é necessária a identificação de algumas características importantes, como a descrição da superfície ou das formações geológicas. O nome sugerido será revisado pelo Grupo de Trabalho para Nomenclatura do Sistema Planetário (WGPSN).

"Após Plutão e Ceres, todos os objetos celestes que poderão se tornar planetas anões, asteroides, cometas, entre outros, possuem uma nomenclatura própria e os nomes que conhecemos são "apelidos" ou homenagens para seus descobridores", explica Calil.

O sistema solar é composto por oito planetas, após Plutão ter sido rebaixado para planeta anão, em 2006. Por ordem de distância do Sol, entenda a denominação dos planetas, segundo informações do, também, autor do livro "Uma Aventura no Espaço" *, Marcos Calil.

Mercúrio
O nome Mercúrio originou-se após os gregos acreditarem que o planeta era dois objetos celestes distintos, pois era visto ao entardecer e no amanhecer, este se referia a Apolo, deus do dia. Já o entardecer era Mercúrio, o deus do ladrão que realizava seus roubos ao anoitecer. Perceberam que os astros não apareciam juntos e entenderam que era apenas um, prevalecendo então o nome Mercúrio.

Vênus
O objeto celeste é o terceiro mais brilhante, depois do Sol e da Lua. O seu nome foi sugerido por Pitágoras. O nome é associado à deusa da beleza e do amor, além disso, pode ser chamado de Vésper ou Véspero, que significa estrela da tarde.

Terra
O termo vem da deusa grega Gaia e mãe dos Titãs, segundo o Etymology Dictionary. A deusa romana da terra era Tellus, usada em inglês poeticamente ou retoricamente para "Terra personificada" ou "a terra como um planeta".

Marte
O planeta foi assim chamado pelos gregos que deram este nome por causa de sua cor vermelha, nome do deus da guerra.

Júpiter
O planeta possui um forte brilho conhecido desde 2000 a.C pelos Caldeus, foi chamado de Mestre do Céu. Assim, Júpiter foi considerado o pai dos deuses.

Saturno
Conhecido pelos hebreus há mais de 2000 a. C., Saturno ganhou essa denominação após antigos registros em 583 a.C, em Atenas por Thius, que fez uma referencia sobre a ocultação da Lua, onde ela passava à frente de Saturno. Ainda, Saturno era representado por Knonos, o pai e assim representado por Ouranos, por sua vez Urano.

Urano
Urano foi observado em 1680 por astrônomos, mas acreditavam que o planeta era uma estrela. Em 1781, o astrônomo William Herschel o descobriu. Para manter a tradição dos nomes gregos e romanos, o astrônomo Johann Elert Bode sugeriu Urano, o pai de Kronos.

Netuno
O planeta foi descoberto por Le Verrier, que sugeriu Netuno, pois a cor do planeta é esverdeada, o que lembrava o deus romano do mar.

*Informações retiradas da entrevista com o astrônomo Marcos Calil, ainda, esses dados sobre a origem da denominação dos nomes podem ser encontradas em seu livro.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/saiba-origem-dos-nomes-dos-planetas-sistema-solar-142300080.html

sábado, 7 de dezembro de 2013

O que são planetas interiores e exteriores?


No Sistema Solar, os planetas são geralmente divididos em dois tipos principais: 

Planetas interiores (próximos ao sol): Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Eles são menores e rochosos. 

Planetas exteriores gigantes: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Eles são gasosos com núcleos rochosos. 

Quando os planetas se formam, os que se encontram com proximidade do Sol desenvolvem-se de maneira diferente daqueles com órbitas mais afastadas. Dessa forma a composição dos planetas interiores é muito diferente daquelas dos planetas exteriores. Os planetas interiores estruturam-se a partir de múltiplas colisões e acrescimento de planetesimais ocasionados pela atração gravitacional. Os planetas gigantes exteriores aumentaram por acrescimento de gás. Veja a ilustração do Sistema Solar:




Fonte: fonte da figura: 


Texto enviado pela Luana Flávia Pereira Duarte, aluna de Fisiologia da Terra, do Bacharelado em Humanidades da UFVJM.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Como diferenciar uma estrela de um planeta?


Olhando para o céu a noite, a maioria das pessoas acha que os astros presentes, além da Lua, são as estrelas. Ledo engano!
Além da Lua e das estrelas, estão presentes também os planetas do nosso sistema solar, sendo que os mais visíveis são Vênus e Marte.
Mas como diferenciar um planeta de uma estrela?
Ao olharmos o céu noturno com atenção, conseguimos observar: estrelas que parecem "piscar" e outras com brilho fixo. 

As estrelas "piscantes" são estrelas mesmo. A "estrelas" com brilho fixo são planetas.

O pisca-pisca das estrelas no céu noturno é causado por turbulências na atmosfera da Terra. 
A imagem de uma estrela é basicamente um ponto de luz no céu. Quando a atmosfera se agita, a luz emitida por uma estrela sofre um efeito de refração e é desviada em diversas direções. Por isso, a imagem da estrela sofre leves alterações de brilho e posição, e ela fica “piscando”.



Fonte: http://fisicanossa.blogspot.com.br/

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Por que Plutão não é mais considerado um planeta?



Desde sua descoberta, em 1930, Plutão tem sido um enigma:

  • ele é menor do que qualquer outro planeta - menor até do que a lua da Terra; 
  • é denso e rochoso, como os planetas terrestres (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte). Seus vizinhos mais próximos, no entanto, são os planetas jovianos gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). Por essa razão, muitos cientistas acreditam que Plutão se originou em outro lugar do espaço e ficou preso na gravidade do Sol. Alguns astrônomos desenvolveram a teoria de que Plutão costumava ser uma das luas de Netuno; 
  • a órbita de Plutão é irregular. Todos os planetas em nosso sistema solar orbitam ao redor do Sol em uma trajetória relativamente horizontal. Plutão, no entanto, orbita ao redor do Sol em um ângulo de 17º em relação a essa trajetória. Além disso, sua órbita é excepcionalmente plana e atravessa a de Netuno; 
  • uma de suas luas, Caronte, tem cerca da metade do tamanho de Plutão. Alguns astrônomos sugeriram que os dois objetos fossem tratados como um sistema binário em vez de como um planeta e seu satélite. 


Esses fatos contribuíram em um duradouro debate para decidir se Plutão deve ser considerado um planeta. No dia 24 de agosto de 2006, a União Astronômica Internacional (UAI), uma organização de astrônomos profissionais, transmitiu duas resoluções que coletivamente revogaram o status de planeta de Plutão. A primeira delas é a Resolução 5A, que define a palavra "planeta". Embora muitas pessoas acreditem conhecer a definição de "planeta", o campo de astronomia nunca havia definido claramente o que é ou não um planeta.

Aqui está como a Resolução 5A define um planeta:
Um planeta é um corpo celeste que (a) está em órbita ao redor do Sol, (b) tem massa suficiente para que sua própria gravidade supere as forças de corpo rígido de maneira que assuma um formato de equilíbrio hidrostático (quase esférico) e (c) tenha limpado a região ao redor de sua órbita.Plutão é relativamente esférico e orbita ao redor do Sol, mas não está de acordo com os critérios porque sua órbita atravessa a de Netuno. As pessoas que criticam a resolução argumentam que outros planetas no sistema solar, inclusive a Terra, não limparam a região ao redor de suas órbitas. A Terra, por exemplo, regularmente encontra asteróides dentro e perto de sua órbita.


Pequenos corpos do sistema solar são objetos que orbitam ao redor do Sol, mas não são planetas ou planetas anões. Outra resolução, a 6A, também se refere especificamente a Plutão, chamando-o de planeta anão.

Nem todos os astrônomos concordam com as Resoluções 5A e 6A. Os críticos indicaram que o uso da expressão "planeta anão" para descrever objetos que não são planetas por definição é confuso e até mesmo enganoso. Alguns astrônomos também questionaram a validade das resoluções, já que relativamente poucos astrônomos profissionais tiveram a habilidade ou a oportunidade de votar.

Para ver mais informações sobre o Sistema Solar :
http://gaiaufvjm.blogspot.com.br/p/observatorio-do-sistema-solar_12.html

Para mais informações: http://ciencia.hsw.uol.com.br/planeta-plutao.htm


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Resquícios da formação do Sistema Solar

Encontramos este texto da Professora Sueli Viegas, da USP, no site CLICK CIENCIA
Como temos no GAIA o Observatório do Sistema Solar e gostamos de falar da origem do nosso sistema, postamos aqui a coluna da Professora, que explica a formação de uma forma bem bacana. 
Bom proveito na leitura!
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Há 4,5 bilhões de anos atrás, na periferia da Via Láctea, um processo tantas vezes repetido teve início mais uma vez: a formação do Sistema Solar. Numa nuvem gigante composta de moléculas e de grãos de poeira, uma parte mais densa que a sua vizinhança acumulou mais e mais matéria graças à atração gravitacional. Quando atinge massa suficiente, inicia a fase de contração, individualizando-se como a nebulosa solar primitiva. Sua rotação cria um achatamento e um disco se forma ao redor da zona central onde a grande concentração de matéria dará origem ao Sol. No disco, cujo raio atinge cerca de 300 vezes a atual distância Sol-Terra, nascerão os planetas a partir do acúmulo de matéria em diferentes pontos.

Esse nascimento não ocorre tranquilamente. Muito pelo contrário, durante cerca de 100.000 anos, o achatamento do disco provoca um aumento de sua densidade e da velocidade de suas moléculas e grãos de poeira. Esse movimento circular, que ocorre num ambiente turbulento e de densidade crescente, leva a colisões entre as partículas. Tudo isso, conjugado com a força gravitacional e efeitos do campo magnético, acaba facilitando a acréscimo de matéria no centro e o aparecimento de uma grande quantidade de condensações no disco – os embriões planetários. O crescimento desses embriões depende do resultado das colisões que continuam ocorrendo. Algumas colisões podem destruí-los. Outras colisões favorecem a aglutinação e o embrião cresce alguns centímetros por ano. Quanto maior o embrião, maior a chance de colidir com os menores e crescer, atingindo uma massa terrestre em cerca de alguns milhões de anos. 

Os planetas gigantes se formaram em 10 milhões de anos. Os maiores, Júpiter e Saturno, atingiram massas 317 e 95 vezes maiores que a da Terra e, provavelmente, ainda estão se movimentando numa órbita muito próxima daquela da época de formação. Já os dois outros planetas, Urano e Netuno, menos massivos , com 14 e 17 massas terrestres, foram mais suscetíveis a desvios da órbita devido às colisões com outros corpos em formação e à atração exercida pelos outros dois gigantes. Simulações numéricas confirmam que ambos devem ter crescido orbitando numa região do disco interna à órbita de Júpiter e nos milhões de anos seguintes, acabaram migrando para suas órbitas atuais, além de Saturno.

O tempo de formação dos planetas menores, Mercúrio, Venus, Terra e Marte, foi mais longo, entre 50 a 100 milhões de anos, com colisões e fusões com outros pré-planetas que cruzavam suas órbitas. A Lua foi formada numa dessas colisões.Nessa centena de milhões de anos, o Sol evoluiu e chegou à fase de fusão de hidrogênio no seu núcleo que garante o seu brilho desde então. Os planetas formados continuam sua translação ao redor do Sol nas órbitas bem estabelecidas. Tudo parece tranquilo. Será?

Vestígios da infância

Certamente o processo de formação das estruturas dos Sistema Solar, isto é, Sol, planetas e satélites, não foi 100% eficiente. Nem todo o material disponível acabou num dos grandes corpos. Parte dele foi expelido nas colisões da fase de formação e se perdeu no espaço. A outra parte dos detritos continua aprisionada pela força gravitacional do Sol e dos planetas. Esses detritos carregam na sua composição química os vestígios da infância do Sistema Solar. Vez por outra, algum desgarrado, cuja órbita intercepta a dos planetas internos, passa perto da Terra e vira notícia.

Esses resquícios, sem forma definida, têm tamanhos variáveis e podem atingir uma dimensão de dezenas de metros a centenas que quilômetros. Os chamados asteróides se localizam principalmente entre Marte e Júpiter, no chamado cinturão de asteróides. São agregados de minerais, gelo e metais, que resistiram ao aquecimento pela luz solar. Embora possam existir alguns milhões desses objetos, o total da massa nesse cinturão atinge apenas 4% da massa da Lua.

Mais distante, além da órbita de Netuno, encontra-se o chamado cinturão de Kuiper, astrônomo holandês que propôs em 1951 a possível existência de detritos nessa região, confirmada em 1977. Esses detritos são constituídos de substancias voláteis congeladas: água, metano e amônia, revelando que escaparam das regiões mais quentes e mais próximas do Sol, mas podem ter sua órbita modificada por colisões e voltar como cometas. O mais famoso é o Halley, que revisita a Terra a cada 76 anos.

Também na década de 1950, um outro astrônomo sugeriu a existência de uma de uma região esférica bem mais distante, envolvendo o Sistema Solar, que leva seu nome Nuvem de Oort. Esta seria também um berçário de cometas formada pelos detritos expelidos para além do cinturão de Kuiper na época das grandes colisões. Embora não haja uma confirmação observacional direta, essa hipótese é aceita pelos astrônomos como origem dos cometas de longo período, isto é, de 200 anos ou mais.



No painel acima, a distância ao Sol é indicada em minutos-, horas- ou anos-luz. A distância Sol–Terra e cerca de 8 minutos-luz. Para os dois cinturões, são dados o valor do raio das bordas interna e externa; e para a nuvem de Oort é listado seu raio.

Cometas, Asteróides e Meteoros

Os cometas, que trazem notícias de regiões mais distantes, são congelados mas ao se aproximarem mais e mais do Sol perdem parte do seu revestimento de poeira e gás,formando uma cauda. O aparecimento do cometa Halley foi registrado na antiguidade por chineses, babilônios; na Idade Média por europeus, e, na duas últimas passagens (1910 e 1985-1986) por muitos observadores. O painel ao lado mostra parte dos 70 metros da tapeçaria Bayeux, que conta a história da conquista da Inglaterra pelos normandos ocorrida no ano da visita do cometa. A visita de 1910 está representada num cartão postal sueco em 1910, mostrando a Lua e o Sol puxando o cometa que amedronta a Terra.

Na sua última passagem, o Halley pode ser estudado pela sonda espacial Giotto (ESA) cujas imagens revelaram um núcleo alongado com cerca de 15 quilômetros e uma cauda extensa que por efeito da pressão luz solar pode atingir milhões de quilômetros. Se o núcleo do cometa fosse do tamanho de uma cabeça humana, sua cabeleira teria cerca de uma dezena quilômetros!
A observação dos asteróides é dificultada pela distância e tamanho. Sem emitir luz própria, são vistos por telescópios ópticos quando refletem a luz solar em quantidade suficiente. A imagem do asteróide Eros é mostrada abaixo.


Amorfo, ele se aproxima da Terra, pois sua órbita cruza a de Marte. Com temperaturas baixas, sua observação é facilitada pelo uso de detetores de radiação infra-vermelha. Colocados em telescópios terrestres ou sondas espaciais fornecem dados mais detalhados desses objetos.

Já Ceres, mostrado abaixo,descoberto em 1801,foi considerado o maior asteróide conhecido. Entretanto, sua forma esférica (diâmetro de 950 km) lhe valeu a re-classificação como planeta anão ao lado de Plutão.



O efeito gravitacional do planetas, assim como perturbações geradas pela movimentação do Sol e sua corte no disco da Galáxia, podem induzir mudanças nas órbitas desses andarilhos, aproximando-os ou afastando-os da Terra. A aproximação facilita a observação. Por outro lado, podem ser atraídos pela Terra, entrar na atmosfera, aquecer por fricção e brilhar – são os meteoros, também conhecidos por estrelas cadentes. Sua luz permite estudar sua composição. Os pequenos queimam completamente, os maiores, reduzidos de tamanho pela queima, atingem a superfície (meteoritos) e são objeto de estudo.

Na vizinhança e muito mais distante

Um grupo de astrônomos do Observatório Nacional, chefiado pela Dra. Daniela Lazzaro, acaba de instalar um telescópio robótico no Sertão de Itaparica, PE, para observação remota e monitoramento de asteróides cuja órbita os aproxima da Terra.

O projeto IMPACTON, em parceria com instituições da França, Alemanha e Estados Unidos, conta com um telescópio de 1,0 metro de diâmetro com detetor operando em luz visível e infravermelha. Os resultados fornecerão informações sobre as propriedades físicas de muitos objetos, permitindo estudos estatísticos mais sólidos, assim como alvos para observação por telescópios maiores, consolidando resultados anteriores, além de prevenir encontros desagradáveis.

Desde a época em que cometas eram mensageiros de boas ou más notícias até hoje, muito se aprendeu sobre o Sistema Solar. Entretanto, a necessidade de acumular mais dados continua. Seja para aprofundar ainda mais o conhecimento do nosso entorno, seja para desvendar os mistérios dos novos sistemas estrela-planetas que tem sido descobertos.

De fato, recentemente foram detectados, pelo telescópio infravermelho espacial Spitzer/NASA, cometas bombardeando a estrela Eta Corvis, localizada a cerca de 60 anos-luz do Sol, além de disco de detritos relativamente, a menos de 25 minutos-luz da estrela, que deve ser resultado de colisões planetárias e cometárias. Esses resultados complementam observações com o satélite espacial IRAS na década de 1990, que indicaram a presença de de um disco mais distante, a cerca de 20 horas-luz – equivalente ao cinturão de Kuiper.

Nos próximos anos, descobertas desse tipo devem se acumular, alegrando os astrônomos e estimulando a curiosidade de jovens e adultos.



Fonte: http://www.clickciencia.ufscar.br/portal/edicao26/


A Professora Sueli Viegas é professora titular do Departamento de Astronomia da USP, é doutora em Astrofísica pela Universidade de Paris. Foi chefe do Departamento de Astronomia, assessora do CNPq e da Capes, pesquisadora visitante em várias universidades no exterior, representante brasileira na Rede Latino-americana de Astronomia, coordenadora do Núcleo de ExcelênciaGaláxias: Formação, Evolução e Atividade e do Núcleo de Pesquisa em Astrofísica da USP. Em 2005, foi agraciada com o prêmio Pesquisador Emérito do CNPq. Após sua aposentadoria, tem se dedicado à popularização da astronomia.