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sexta-feira, 4 de março de 2016

Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço



O patrimônio natural da Serra do Espinhaço é especial pela extraordinária capacidade de fascinar pessoas, sejam elas bandeirantes, garimpeiros, viajantes, cientistas ou um simples habitante de hoje ou de épocas remotas. As ricas representações de plantas, animais e rituais diversos podem ser vistas nas inscrições rupestres dos períodos mais antigos da ocupação ameríndia, encontradas por toda a extensão da cordilheira.

Durante o período colonial quando a sua riqueza mineral construiu o notável caminho da Estrada Real, os mais expressivos naturalistas da época por ali passaram e nos legaram extraordinárias descrições e afrescos de sua exuberante paisagem. Lamentavelmente a colônia nos deixou também outras heranças com sua maneira predatória de cortar as montanhas, derrubando as matas, degradando os rios e incendiando os campos, o que fez desse santuário uma emergente questão a ser discutida pelas nações.

RPPN Santuário do Caraça


No ano de 2005, a RPPN Santuário do Caraça, passou a integrar a área destina às Reservas da Biosfera pela Unesco (Mata Atlântica e Serra do Espinhaço/MG).

A palavra Espinhaço remonta ao próprio Barão de Eschwege, que primeiro a cunhou, num artigo publicado em 1822 na Alemanha[1]. Reproduziremos, então, o primeiro momento em que o termo surge no texto de Eschwege no sentido de perceber, já nesta ocasião, a importância não só geológica, mas também ecológica, da Cadeia do Espinhaço:

“Uma dessas principais cadeias montanhosas, chamada em alguns lugares de Serra da Mantiqueira, encerra os pontos mais altos do Brasil, tais como o Pico do Itacolumi perto de Vila Rica, a Serra do Caraça junto a Catas Altas e o majestoso Pico do Itambé, perto da Vila do Príncipe, e atravessa, pelo norte, as províncias de Minas Gerais e da Bahia seguindo até Pernambuco e para o sul, a de São Paulo até o Rio Grande do Sul. A ela denominei Serra do Espinhaço (“Rückenknochengebirge”), não só porque forma a cordilheira mais alta, mas, além disso, é notável, especialmente para o naturalista, pois forma um importante divisor não somente sob o ponto de vista geognóstico, mas também é de maior importância pelos aspectos da fauna e da flora. (…) As regiões ao leste desta cadeia, até o mar, são cobertas por matas das mais exuberantes. O lado oeste forma um terreno ondulado e apresenta morros despidos e paisagens abertas, revestidas de capim e de árvores retorcidas, ou os campos cujos vales encerram vegetação espessa apenas esporadicamente. O botânico encontra, nas matas virgens, plantas completamente diferentes daquelas dos campos e o zoólogo acha uma outra fauna, especialmente de aves, tão logo passe das matas, pela Serra do Espinhaço, para os campos”.[2]

Para Eschwege, a Cadeia do Espinhaço incluiria todo o prolongamento montanhoso ao sul do Quadrilátero Ferrífero mineiro e se estenderia até o Rio Grande do Sul. Isto se deu, certamente, em função do deficiente conhecimento da geologia brasileira no início do século XIX. Se ele estava certo em relação ao limite norte, o limite sul foi melhor estabelecido por Derby (1906), que “restringiu sua extensão ao segmento entre Ouro Preto e Juazeiro (Bahia), à margem do Rio São Francisco, passando por Minas Gerais, Bahia até o sul de Pernambuco, praticamente coincidindo com a margem oriental da Bacia Sanfranciscana” (Renger, 2005). É o mesmo Renger quem afirma que o limite sul da Cordilheira do Espinhaço corresponde à Serra das Cambotas, perto de Barão de Cocais, “concomitante à distribuição do Supergrupo Espinhaço” (Renger, op.cit.).

Se geologicamente a Cadeia do Espinhaço pode ser associada às rochas do Supergrupo Espinhaço, outras delimitações surgem quando se quer enfatizar aspectos específicos a ela relacionados. Geomorfologicamente, as variações já surgem na própria maneira em que o Espinhaço é chamado enquanto unidade de relevo – ora como “serra”, ora como “cordilheira”, ora como “orógeno”, ora ainda como “planalto”. Tratam-se mais de questões conceituais específicas da Geomorfologia, que não nos vêm ao caso, apesar da importância intrínseca deste tipo de discussão. Para nós, interessa entender, ou saber, que tratam-se de “terras altas, de direção geral norte-sul e convexidade orientada para oeste” (Saadi, 1995) e, enquanto tal, exercem uma função ecológica sui generis se acrescentarmos, a essa característica, sua posição latitudinal e sua distância em relação ao litoral atlântico – em outras palavras – se nos detivermos a sua Geografia, como será aprofundado mais adiante.

Podemos entender a expressão “Serra do Espinhaço”, ainda, como uma espécie de marca de fantasia, o que inclusive cai bem quando consideramos a crescente popularização do termo. Essa idéia parece, no nosso entender, estar na base da recente delimitação do que passou a ser concebido e conhecido como “Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço” (RBSE). De forte apelo de marketing, que lança a Cadeia do Espinhaço enquanto importante patrimônio ecossistêmico a ser olhado e cuidado com o carinho que merece, a RBSE acabou por englobar mais espaços ao Espinhaço mineiro. Este foi, especialmente, o caso de todo o Quadrilátero Ferrífero, o que resgata de alguma forma as idéias originais de Eschwege e Derby. Embora um “pecado geológico”, trata-se mais da materialização espacial de uma, boa, idéia conservacionista – quanto mais áreas estiverem incorporadas a nossa RBSE, mais chances teremos de proteger nossa biota.

[1] “Quadro Geognóstico do Brasil”, impresso em pequena tiragem, traduzido depois para o francês e inglês (1823), resumido para o português (1846) e somente traduzido em sua íntegra para o português, recentemente, (2005) pelo professor F. Renger do IGC/UFMG na revista Geonomos.
[2] ESCHWEGE, W von, “Quadro Geognóstico do Brasil e a provável rocha matriz dos diamantes”. Tradução (2005) de F.E.Renger do original em alemão (1822).

Confira o texto na íntegra elaborado por Bernardo Machado Gontijo, Prof. Dr. do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais e Diretor Vice-Presidente da Associação Montanhas do Espinhaço, para a publicação “Megabiodiversdade – Cadeia do Espinhaço: avaliação do conhecimento científico e prioridades de conservação volume 4, N° 1-2, Dezembro 2008, páginas 7-15”,clicando aqui.

Mais informações:




Fonte da informação: http://www.santuariodocaraca.com.br/reserva-da-biosfera-da-serra-do-espinhaco/

quinta-feira, 2 de julho de 2015

As grandes regiões biogeográficas do planeta

Desde que as ideias evolucionistas de Darwin passaram a ser aceitas como explicação do processo de diversificação da vida na Terra, ficou evidente que as diferenças entre faunas e floras de continentes distintos deveriam ser resultado de histórias evolutivas diferenciadas.

Hoje se compreende perfeitamente que a movimentação dos continentes ao longo da história geológica como decorrência das dinâmicas de afastamento e aproximação das placas tectônicas, associada às flutuações climáticas de longo prazo, foi a responsável por processos evolutivos diferenciados em vários pontos da superfície terrestre, o que levou a uma diferenciação significativa na composição da fauna e da flora em cada uma das assim chamadas regiões biogeográficas do planeta.

Na primeira metade do século XIX, todavia, não existia ainda a principal chave para a compreensão desse fenômeno, que é a aceitação e o entendimento da deriva continental, cuja teoria, central para a explicação do movimento dos continentes, foi proposta pela primeira vez por Alfred Wegener em 1912 e só completamente aceita a partir da metade do século XX.

A ocorrência fóssil da flora de Glossopteris na África, Austrália, Antártida, sul da América do Sul e Índia, as semelhanças no recorte litorâneo das Américas, da Europa e da África e a similitude de rochas e dinâmicas estratigráficas entre esses continentes foram alguns dos elementos que levaram esse autor a propor, por meio da teoria mencionada, que todos os continentes atuais foram originalmente parte de um único supercontinente, chamado de Pangeia.

No entanto, como naquele momento ainda não havia nenhum mecanismo geológico conhecido capaz de fragmentar e mover continentes inteiros, essa teoria precisou esperar até a década de 1950 para que pudesse fazer sentido, com a descoberta da movimentação das placas tectônicas.

Adolf Engler, botânico alemão, foi muito importante por suas obras em Taxonomia Vegetal e Fitogeografia, “Die Natürlichen Pflanzenfamilien” ( As Famílias Naturais das Plantas)

Mesmo sem uma compreensão global dos mecanismos que promoveram tal diferenciação, o botânico alemão Adolf Engler (1844-1930) propôs, em 1879, uma primeira divisão ecológica do planeta levando em conta a distribuição de floras regionais visivelmente distintas.

Basicamente, ele dividia o mundo em quatro grandes zonas:
o domínio boreal extratropical, englobando a América do Norte, a Europa e o continente asiático ao norte do Himalaia;
o domínio paleotropical, englobando o continente africano do Saara para o sul, até as Índias Orientais;
o domínio sul-americano, englobando a América do Sul e a América Central, até o México;
e o domínio do velho oceano, estendendo-se da costa chilena, passando pelo extremo sul da África, pelas ilhas do Atlântico Sul e pelo Oceano Índico, até a Austrália e parte da Nova Zelândia.

Da mesma forma que Engler, Philip Sclater propôs, em 1858, um esquema para a divisão ecológica do planeta levando em conta a distribuição dos principais grupos de aves, partindo do princípio de que todas as espécies haviam sido criadas dentro da área na qual são encontradas hoje em dia. Essa divisão acabou sendo aceita e aprimorada por Alfred Russel Wallace, que incluiu dados de outras tantas espécies de vertebrados, incluindo mamíferos não voadores, os quais deveriam refletir as divisões naturais do planeta com mais precisão, tendo em vista as suas dificuldades de dispersão.

Ao aperfeiçoar a proposta de Sclater, Wallace propôs, em 1876, um mapa detalhado das seis regiões biogeográficas do planeta, veja figura abaixo, documento este que serviu como referência para os biogeógrafos por mais de um século, permanecendo sem nenhuma modificação.

Mapa das seis regiões biogeográficas proposto por Wallace em 1876, adaptado de Ritchison (s.d.). Retirado do livro Biogeografia de Adriano Figueiró e publicado pela Oficina de Textos.

Ben G. Holt e com um grupo de cientistas redividiram as seis regiões biogeográficas de Wallace em 11 regiões com base em informações mais detalhadas de distribuição de 20.000 espécies de aves, mamíferos e anfíbios. Veja imagem a seguir.

Mapa das 11 regiões biogeográficas proposto por Ben G. Holt e com um grupo de cientistas no artigo “An update of Wallace’s zoogeographic regions of the world”. Biogeografia de Adriano Figueiró e publicado pela Oficina de Textos.

Além da localização de um número maior de espécies de que dispunha Wallace, a atualização do mapa também levou em conta os registros de DNA dessas espécies, o que permitiu recompor relações de ancestralidade entre elas.


Fonte: http://www.comunitexto.com.br/as-grandes-regioes-biogeograficas-do-planeta/

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Caminho das flores: projetos de manejo de flora garantem o cultivo sustentável das sempre-vivas no Alto Jequitinhonha



Nos confins dos Gerais, dezenas de comunidades extrativistas se espalham por pradarias repletas desempre-vivas (da família Eriocaulaceae), cuja maioria das espécies é endêmica da Serra do Espinhaço. Colhida durante o ano todo, a planta é um marco da economia de subsistência no Alto Jequitinhonha. De Serro a Diamantina, cerca de três mil famílias se ajustam a uma mesma cadeia produtiva. O biólogo do Instituto Pauline Reichstul, Renato Ramos, esclarece que pelo menos 20 municípios localizados entre as Serras Negra e do Cabral estão envolvidos direta ou indiretamente com a atividade. “O mercado de flores ornamentais gera renda para a população desde o início do século passado”, diz. “O pico da comercialização foi na Segunda Guerra Mundial, quando as flores eram utilizadas para a fabricação de arranjos fúnebres”, esclarece.

A coleta indiscriminada resultou, em 1997, na proibição do extrativismo, medida que gerou impacto imediato na rotina dos povos tradicionais. Do entrave, brotou o ímpeto capaz de transformar a realidade social dos moradores. Há 14 anos, diversos projetos de manejo controlado da flora são desenvolvidos em comunidades como a de Galheiros, na zona rural de Diamantina, e de Andrequicé e Raiz, distritos de Presidente Kubitschek.

As novas perspectivas asseguram fonte de trabalho e renda para inúmeras pessoas. “Os principais objetivos são diversificar a produção e incrementar os serviços, estimulando a capacidade de autogestão dos participantes”, afirma Ramos. Entre as ações – que contam com o apoio do SEBRAE, UFVJM e EMATER – destacam-se o cultivo de flores típicas em vaso para fins paisagísticos e a implantação de campos de flores experimentais para a confecção de artesanato. As práticas agregam valor aos produtos da flora nativa e garantem a oferta sustentável de matéria-prima, ampliando os potenciais do comércio local.

A região de biodiversidade farta tem no vínculo do sertanejo com as flores o caminho alvissareiro para a manutenção da cultura popular integrada ao meio ambiente. Não à toa o paisagista Roberto Burle Marx apelidou os campos rupestres do Cerrado de “o jardim do Brasil”.

Fonte da Informação: http://viajeaqui.abril.com.br/

sábado, 19 de julho de 2014

O fenômeno dos rios voadores



Os rios voadores são “cursos de água atmosféricos”, formados por massas de ar carregadas de vapor de água, muitas vezes acompanhados por nuvens, e são propelidos pelos ventos. Essas correntes de ar invisíveis passam em cima das nossas cabeças carregando umidade da Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Essa umidade, nas condições meteorológicas propícias como uma frente fria vinda do sul, por exemplo, se transforma em chuva. É essa ação de transporte de enormes quantidades de vapor de água pelas correntes aéreas que recebe o nome de rios voadores – um termo que descreve perfeitamente, mas em termos poéticos, um fenômeno real que tem um impacto significante em nossas vidas.

A floresta amazônica funciona como uma bomba d’água. Ela puxa para dentro do continente a umidade evaporada pelo oceano Atlântico e carregada pelos ventos alíseos. Ao seguir terra adentro, a umidade cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da evapotranspiração da árvores sob o sol tropical, a floresta devolve a água da chuva para a atmosfera na forma de vapor de água. Dessa forma, o ar é sempre recarregado com mais umidade, que continua sendo transportada rumo ao oeste para cair novamente como chuva mais adiante.

Propelidos em direção ao oeste, os rios voadores (massas de ar) recarregados de umidade – boa parte dela proveniente da evapotranspiração da floresta – encontram a barreira natural formada pela Cordilheira dos Andes. Eles se precipitam parcialmente nas encostas leste da cadeia de montanhas, formando as cabeceiras dos rios amazônicos. Porém, barrados pelo paredão de 4.000 metros de altura, os rios voadores, ainda transportando vapor de água, fazem a curva e partem em direção ao sul, rumo às regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil e aos países vizinhos.

É assim que o regime de chuva e o clima do Brasil se deve muito a um acidente geográfico localizado fora do país! A chuva, claro, é de suma importância para nossa vida, nosso bem-estar e para a economia do país. Ela irriga as lavouras, enche os rios terrestres e as represas que fornecem nossa energia.



O caminho dos rios voadores. Fonte: Projeto Rios Voadores





O diagrama ao lado mostra os caminhos dos rios voadores. Clique na imagem para abrir em tamanho maior, para melhor visualização.

Na página dos Vídeos e das Animações Didáticas, há outros recursos que explicam os processos de formação dos rios voadores.

Por incrível que pareça, a quantidade de vapor de água evaporada pelas árvores da floresta amazônica pode ter a mesma ordem de grandeza, ou mais, que a vazão do rio Amazonas (200.000 m3/s), tudo isso graças aos serviços prestados da floresta.

Estudos promovidos pelo INPA já mostraram que uma árvore com copa de 10 metros de diâmetro é capaz de bombear para a atmosfera mais de 300 litros de água, em forma de vapor, em um único dia – ou seja, mais que o dobro da água que um brasileiro usa diariamente! Uma árvore maior, com copa de 20 metros de diâmetro, por exemplo, pode evapotranspirar bem mais de 1.000 litros por dia. Estima-se que haja 600 bilhões de árvores na Amazônia: imagine então quanta água a floresta toda está bombeando a cada 24 horas!

Todas as previsões indicam alterações importantes no clima da América do Sul em decorrência da substituição de florestas por agricultura ou pastos. Ao avançar cada vez mais por dentro da floresta, o agronegócio pode dar um tiro no próprio pé com a eventual perda de chuva imprescindível para as plantações.

O Brasil tem uma posição privilegiada no que diz respeito aos recursos hídricos. Porém, com o aquecimento global e as mudanças climáticas que ameaçam alterar regimes de chuva em escala mundial, é hora de analisarmos melhor os serviços ambientais prestados pela floresta amazônica antes que seja tarde demais.

Obs. O termo “rios voadores” foi popularizada pelo prof. José Marengo do CPTEC.

Links de sites relacionados ao tema.
CPTEC – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos: www.cptec.inpe.br
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais: www.inpe.br
INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia: www.inpa.gov.br
LBA – Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia : lba.inpa.gov.br/lba/
IMAZON – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia: www.imazon.org.br


Fonte da Informação: http://riosvoadores.com.br/o-projeto/fenomeno-dos-rios-voadores/

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Convenção da Diversidade Biológica






A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é um tratado da Organização das Nações Unidas e um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente.

A Convenção foi estabelecida durante a notória ECO-92 – a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992 – e é hoje o principal fórum mundial para questões relacionadas ao tema.

Mais de 160 países já assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993.

A Convenção está estruturada sobre três bases principais – a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos – e se refere à biodiversidade em três níveis: ecossistemas, espécies e recursos genéticos.

A Convenção abarca tudo o que se refere direta ou indiretamente à biodiversidade – e ela funciona, assim, como uma espécie de arcabouço legal e político para diversas outras convenções e acordos ambientais mais específicos, como o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança; o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura; as Diretrizes de Bonn; as Diretrizes para o Turismo Sustentável e a Biodiversidade; os Princípios de Addis Abeba para a Utilização Sustentável da Biodiversidade; as Diretrizes para a Prevenção, Controle e Erradicação das Espécies Exóticas Invasoras; e os Princípios e Diretrizes da Abordagem Ecossistêmica para a Gestão da Biodiversidade.

A Convenção também deu início à negociação de um Regime Internacional sobre Acesso aos Recursos Genéticos e Repartição dos Benefícios resultantes desse acesso; estabeleceu programas de trabalho temáticos; e levou a diversas iniciativas transversais.

Saiba mais em: www.cbd.int


Fonte: Ministério do Meio Ambiente – Convenção da Diversidade Biológica

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Terceiro Panorama da Biodiversidade Global



Os sistemas naturais que apoiam as economias, a vida e os meios de vida em todo o planeta estão em risco de sofrer uma rápida degradação e até um colapso, se não forem adotadas medidas rápidas, radicais e criativas para conservar e utilizar de uma forma sustentável a diversidade de formas de vida na Terra.

É esta a principal conclusão da terceira edição do relatório Panorama Global da Biodiversidade – Global Biodiversity Outlook (GBO-3) – produzido pela Convenção sobre Diversidade Biológica, que confirma que o mundo não atingiu a meta que se propôs de alcançar uma redução significativa da taxa de perda de biodiversidade até 2010.

A íntegra do relatório encontra-se disponível em inglês clicando aqui.

Fonte: http://www.comunitexto.com.br/terceiro-panorama-da-biodiversidade-global/#.UjjZ6zkye5d

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Bioma Cerrado



Você sabia que o Brasil possui seis biomas diferentes e que o Cerrado é um deles?

Para quem ainda não sabe, biomas são regiões com condições ambientais semelhantes, tendo em comum o clima, a paisagem, o solo, a vegetação, os animais e o modo de vida das pessoas que nele habitam. O Brasil possui seis, são eles: Amazônia, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica, Pampa e Cerrado.

O bioma Cerrado ocupa 24% do território brasileiro e está presente em 14 estados. Essa área equivale à soma das áreas de países como França, Espanha, Alemanha, Itália e Inglaterra. Além de ocupar grande parte do Brasil, o Cerrado possui diferentes formações vegetais muito ricas em termos de biodiversidade!



O Cerrado também é muito rico em termos de frutos. Você já ouviu falar em araticum, buriti, pequi e cagaita? São todos frutos nativos do Cerrado. Esses frutos apresentam teores de vitaminas do complexo B equivalentes ou superiores aos encontrados em frutas como abacate, banana e goiaba. E existem muitos outros: araçá, cajuzinho, gabiroba, murici e umbu. São todos exemplos de frutos nativos do Cerrado que você precisa conhecer!