Visitas ao Blog do GAIA

Mostrando postagens com marcador geomorfologia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador geomorfologia. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Geologia: mais de 400 km² de cores!



O Parque Geológico Nacional Zhangye Danxia é sem dúvida um dos mais belos do planeta. Obra-prima da natureza, está localizado perto da cidade de Zhangye, na província de Gansu, no noroeste da China e abrange uma área de mais de 410 quilômetros quadrados.


Esse tipo de geomorfologia peculiar consiste em arenitos vermelhos e outros depósitos minerais do Período Cretácico (Era Mesozóica) que foram se acumulando por mais de 24 milhões de anos.


O resultado, semelhante às camadas de um bolo, está ligado à ação das mesmas placas tectônicas responsáveis pela criação de partes das montanhas dos Himalaias. Vento, chuva e tempo então esculpiram formas extraordinárias, incluindo torres, pilares e ravinas, com diferentes cores, padrões e tamanhos.









Fonte: http://www.comunitexto.com.br/

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Uma entrevista da Ercília Torres ao Comunitexto - O frio das montanhas



Quem já fez uma viagem para regiões montanhosas ou praticou escalada, já deve ter percebido que nestas regiões é muito mais frio. Por exemplo, em locais como o Everest, que possui 8.848 metros de altitude, a temperatura atinge 30 graus Celsius negativos.




Everest. Fonte: Wikipedia.org


Isso ocorre por diferentes fatores atmosféricos, especialmente a pressão do ar, a composição molecular e a pouca absorção dos raios solares. Para falar um pouco mais sobre o tema, convidamos a Ercília Torres, doutora em Ecologia pela Universidade de Brasília (UnB), professora e pesquisadora do Departamento de Geografia da mesma instituição, e autora do livro Climatologia Fácil. Confira a entrevista completa abaixo!

Comunitexto: Os topos de montanhas e regiões mais distantes do nível do mar são muito frias. Segundo o seu livro Climatologia Fácil, uma série de fatores como os elementos da atmosfera são os causadores deste clima. Conte um pouco sobre o papel dos gases neste sentido.

Ercília Torres: Para se ter uma ideia do papel dos gases na distribuição vertical da temperatura do ar, é necessário falar um pouco sobre a atmosfera, que é a camada de gases e material particulado que envolve a Terra.

A composição da atmosfera não é constante nem no tempo, nem no espaço. Contudo, se removêssemos as partículas suspensas, vapor d’água e certos gases variáveis presentes em pequenas quantidades, encontraríamos uma composição muito estável sobre a Terra, até uma altitude de, aproximadamente, 80 km, com nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, entre outros.

O nitrogênio e o oxigênio ocupam até 99% do volume do ar seco e limpo. A maior parte do restante, 1%, é ocupada pelo gás argônio. Embora estes elementos sejam abundantes, eles têm pouca influência sobre os fenômenos do tempo. A importância de um gás ou aerossol atmosférico não está relacionada à sua abundância relativa. Por exemplo, o dióxido de carbono, o vapor d’água, o ozônio e os aerossóis ocorrem em pequenas concentrações, mas são importantes para os fenômenos meteorológicos ou para a vida.

Embora constitua apenas 0,03% da atmosfera, o dióxido de carbono (CO2) é essencial para a fotossíntese e por ser um eficiente absorvedor de energia radiante (de onda longa) emitida pela Terra, ele influencia o fluxo de energia através da atmosfera, fazendo com que a baixa atmosfera retenha o calor, tornando a Terra própria à vida e à medida que subimos esse calor vai diminuindo.

O vapor d’água é um dos mais variáveis gases na atmosfera e também tem pequena participação relativa. Nos trópicos úmidos e quentes constitui não mais que 4% do volume da baixa atmosfera, enquanto sobre os desertos e regiões polares pode constituir uma pequena fração de 1%. Contudo, sem vapor d’água não há nuvens, chuva ou neve. Além disso, o vapor d’água também tem grande capacidade de absorção, tanto da energia radiante emitida pela Terra (em ondas longas), como também de alguma energia solar. Portanto, junto com o CO2, o vapor d’água atua como uma manta para reter calor na baixa atmosfera. Como a água é a única substância que pode existir nos três estados (sólido, líquido e gasoso) nas temperaturas e pressões existentes normalmente sobre a Terra, suas mudanças de estado absorvem ou liberam calor latente. Desta maneira, calor absorvido em uma região é transportado por ventos para outros locais e liberado. O calor latente liberado, por sua vez, fornece a energia que alimenta tempestades ou modificações na circulação atmosférica.

O ozônio (O3), tem presença relativamente pequena e distribuição não uniforme, concentrando-se entre 10 e 50 km (e em quantidades bem menores, no ar poluído de cidades), com um pico em torno de 25 km. Sua distribuição varia também com a latitude, estação do ano, horário e padrões de tempo, podendo estar ligada a erupções vulcânicas e atividade solar. A formação do ozônio na camada entre 10-50 km é resultado de uma série de processos que envolvem a absorção de radiação solar. A concentração do ozônio nesta camada deve-se provavelmente a dois fatores:

(1) a disponibilidade de energia ultravioleta e;
(2) a densidade da atmosfera é suficiente para permitir as colisões necessárias entre oxigênio molecular e oxigênio atômico.

A presença do ozônio é vital devido a sua capacidade de absorver a radiação ultravioleta do Sol. O átomo livre restante (na formação do ozônio) recombina-se novamente para formar outra molécula de ozônio, liberando calor. Na ausência da camada de ozônio a radiação ultravioleta seria letal para a vida.

Além de gases, a atmosfera terrestre contém pequenas partículas, líquidas e sólidas, chamadas aerossóis. Embora a concentração dos aerossóis seja relativamente pequena, eles participam de processos meteorológicos importantes. Alguns aerossóis funcionam como núcleos de condensação para o vapor d’água e são importantes para a formação de nevoeiros, nuvens e precipitação. Outros podem absorver ou refletir a radiação solar incidente, influenciando a temperatura do ar. Assim, quando ocorrem erupções vulcânicas com expressiva liberação de poeira, a radiação solar que atinge a superfície da Terra pode ser sensivelmente alterada.

CT: A absorção de calor nos diferentes níveis da atmosfera varia. A senhora pode falar um pouco mais sobre os motivos pelos quais isto ocorre?

ET: A atmosfera é subdividida em camadas, de acordo com o perfil vertical médio de temperatura. A camada inferior, onde a temperatura decresce com a altura, em função da diminuição da quantidade de gases, é a troposfera, que se estende a uma altitude média de 12 km. Nesta camada a taxa de variação vertical da temperatura tem valor médio de 6,5°C/km. Na troposfera as propriedades atmosféricas são facilmente transferidas por turbulência de grande escala e mistura. O seu limite superior é conhecido como tropopausa.

A camada seguinte, a estratosfera, se estende até aproximadamente 50 km. Inicialmente, por uns 20 km, a temperatura permanece quase constante e depois cresce até o topo da estratosfera, a estratopausa. Temperaturas mais altas ocorrem na estratosfera porque é nesta camada que o ozônio está concentrado. O ozônio absorve radiação ultravioleta do sol. Consequentemente, a estratosfera é aquecida.

Na mesosfera a temperatura novamente decresce com a altura (não há ozônio presente) até seu limite superior, a mesopausa, que está em torno de 80 km, onde atinge -90°C. Acima da mesopausa, e sem limite superior definido, está a termosfera, onde a temperatura é inicialmente isotérmica e depois cresce rapidamente com a altitude, como resultado da absorção de ondas muito curtas da radiação solar por átomos de oxigênio e nitrogênio. Embora as temperaturas atinjam valores muito altos, estas não podem ser comparadas àquelas experimentadas próximas a superfície da Terra. Temperaturas são definidas em termos da velocidade média das moléculas. Como as moléculas dos gases da termosfera se movem com velocidades muito altas, a temperatura é obviamente alta. Contudo, a densidade é tão pequena que muito poucas destas moléculas velozes colidiriam com um corpo estranho; portanto, só uma quantidade insignificante de energia seria transferida. Portanto, a temperatura de um satélite em órbita seria determinada principalmente pela quantidade de radiação solar que ele absorve e não pela temperatura do ar circundante.

Entre as altitudes de 80 a 900 km (na termosfera) há uma camada com concentração relativamente alta de íons, a ionosfera. Nesta camada a radiação solar de alta energia de ondas curtas (raios X e radiação ultravioleta) tira elétrons de moléculas e átomos de nitrogênio e oxigênio, deixando elétrons livres e íons positivos. A maior densidade de íons ocorre próximo a 300 km. A concentração de íons é pequena abaixo de 80 km porque nestas regiões muito da radiação de ondas curtas necessária para ionização já foi esgotada. Acima de 400 km a concentração é pequena por causa da extremamente pequena densidade do ar, possibilitando a produção de poucos íons. A ionosfera tem pequeno impacto sobre o tempo, porém, é nela que ocorre o fenômeno das auroras. As auroras estão relacionadas com o vento solar, um fluxo de partículas carregadas, prótons e elétrons, vindas do Sol com alta energia. Quando estas partículas se aproximam da Terra, elas são capturadas pelo campo magnético da Terra e descrevem trajetórias espiraladas ao longo das linhas de indução do campo magnético terrestre, movendo-se para frente e para trás entre os pólos magnéticos sul e norte, onde são “refletidas” devido ao aumento do campo magnético. Estes elétrons e prótons aprisionados constituem os chamados “cinturões radioativos de Van Allen”. Algumas partículas acompanham o campo magnético da Terra em direção aos pólos geomagnéticos, penetrando na ionosfera, onde colidem com átomos e moléculas de oxigênio e nitrogênio, que são temporariamente energizados. Quando estes átomos e moléculas retornam do seu estado energético excitado, eles emitem energia na forma de luz, o que constitui as auroras.

CT: Existem exceções em relação a estas regiões, por exemplo, alguma que seja mais quente do que outras montanhas?

ET: Desconheço algum caso em que, naturalmente, o topo de uma montanha apresente temperatura mais elevada.

CT: Quando se começou a estudar estes diferentes tipos de temperatura conforme a altitude?

ET: O nome da ciência Meteorologia tem origem em uma obra escrita por Aristóteles c. 340 a.C., “Meteorológica”, que reunia o conhecimento da época sobre clima e tempo. O desenvolvimento científico da meteorologia ocorreu a partir do século 16, com o desenvolvimento de equipamentos de medição como o termômetro e o barômetro. Porém, as investigações sobre variação de parâmetros meteorológicos ao longo da atmosfera começaram com os irmãos Montgolfier, inventores franceses, do século XVIII, dos balões de ar aquecido. Depois de terem feito sua famosa volta sobre Paris, em 1783, muitos outros balconistas subiram aos céus com aparelhos meteorológicos rudimentares para medir a temperatura da atmosfera. A diminuição gradual da temperatura do ar e da pressão atmosférica foi experimentada e relatada pelas primeiras vezes. Em seguida, James Glaisher, meteorologista inglês, juntamente com o balonista Henry Coxwel, escreveu “Travels in the Air” (1871), sobre suas pesquisas sobre a atmosfera a bordo de balões. A partir daí, o conhecimento sobre a atmosfera foi só aumentando.

CT: Por fim, a senhora acredita que ainda existam muitos fatores a serem descobertos ou estudados em relação às temperaturas conforme altitudes?

ET: Em minha opinião, apesar de já se ter avançado muito sobre o conhecimento da atmosfera terrestre, ainda há muito que investigar, pois a dinâmica relação entre Terra e atmosfera é muito complexa e nem todos os fatores envolvidos nessa relação são bem compreendidos ou até mesmo conhecidos.

Fonte da Informação: http://www.comunitexto.com.br/

segunda-feira, 12 de maio de 2014

A Erosão e seus agentes


Erosão é o conjunto de processos que promovem a retirada e transporte do material produzido pelo intemperismo, ocasionando o desgaste do relevo. Seus principais agentes são a água, o vento e o gelo.

O material transportado recebe o nome de sedimento e vai dar origem aos depósitos sedimentares que, através da diagênese, transformam-se em rochas sedimentares. Chama-se de diagênese um conjunto de transformações que, em resumo, consistem em compactação e cimentação dos sedimentos, dando-lhes a consistência de uma rocha.

A erosão é importante por ser responsável pela perda anual de milhões de toneladas de solo fértil, devida principalmente a práticas equivocadas de ocupação e manejo do solo. Essa perda é praticamente irrecuperável, pois exige muito tempo para ser realizada.

A erosão pode ser de vários tipos, conforme o agente que atua:

Erosão pluvial

É aquela provocada pela água das chuvas. Como foi dito, a água é um dos principais agentes erosivos. Sua ação é lenta, mas pode ser acelerada quando ela encontra o solo desprovido de vegetação, como nas áreas desmatadas.

Se o terreno tem muita vegetação, o impacto da chuva é atenuado porque a as plantas diminuem a velocidade da água que escorre pelo solo. As raízes, por sua, vez, dão mais resistência à estrutura do solo e aquelas já mortas funcionam como canais, favorecendo a infiltração da água.

Sem vegetação, o solo fica saturado em água mais rapidamente e, como consequência, ela passa a fluir pela superfície, deixando de se infiltrar. Tudo isso fica agravado se o solo for arenoso, e não argiloso.

A primeira ação da água é através do salpicamento, que é a desagregação dos torrões e agregados do solo pelo impacto dos pingos de chuva. Esse impacto provoca também a selagem, uma obstrução dos poros do solo pelo material mais fino, o que resulta numa redução da infiltração e consequente aumento do fluxo de água superficial.

Erosão pluvial Ravinas no vulcão Bromo, ilha de Java Fonte: G1

O fluxo de água pela superfície leva à formação de ravinas, como na imagem acima, e quanto mais água houver, mais acelerado será o ravinamento, de modo que ele aumenta à medida que a água avança morro abaixo.

Outro tipo de erosão pluvial é a erosão remontante, que abre, no solo, sulcos que podem atingir grandes dimensões e que crescem morro acima (daí o nome), ao contrário do ravinamento. Esses sulcos recebem o nome de boçorocas (ou voçorocas) e começam a se formar quando o ravinamento atinge o lençol freático. Daí em diante, progridem de modo muito difícil de controlar, pois não mais dependem da ocorrência de chuvas para aumentar de tamanho.

Erosão fluvial 

É aquela causada por rios, perenes ou temporários. É semelhante à erosão pluvial, mas em escala maior e em regime permanente ou pelo menos mais prolongado que a erosão pluvial

Erosão fluvial Grand Canyon, Colorado (EUA)


Erosão marinha (abrasão)

A água do mar provoca erosão através da ação das ondas, das correntes marítimas, das marés e das correntes de turbidez. Seu trabalho é reforçado pela presença de areia e silte em suspensão. A cidade de Olinda, em Pernambuco, é um local em que a erosão marinha tem agido de modo preocupante, com o mar avançando sobre a cidade.

Erosão marinha La Portada, Chile Fonte: wikipedia commons

As correntes marinhas transportam grandes volumes de sedimentos de uma área para a outra. A ação das correntes de turbidez não é percebida, porque elas atuam entre a plataforma continental e o talude continental.

Erosão glacial

É a erosão provocada pelas geleiras (também chamadas de glaciares). A água que se acumula nas cavidades das rochas no verão, congela quando chega o inverno, sofrendo dilatação. Isso pressiona as paredes dos poros, rompendo a rocha. A cada ano, o processo se repete, desagregando, aos poucos, a rocha.

Essas massas de gelo deslocam-se muito lentamente, mas têm uma enorme capacidade de transporte, podendo carregar blocos de rocha do tamanho de uma casa. Quando derretem, geram depósitos sedimentares muito heterogêneos, chamados de morenas ou morainas.

Erosão eólica

É aquela decorrente da ação do vento. Ocorre em regiões áridas e secas, onde existe areia solta, capaz de ser transportada pelo vento, que a joga contra as rochas, desgastando-as e dando origem, muitas vezes, a formas bizarras, como se vê na figura abaixo:

Erosão eólica no Salar de Uyuni (Bolívia) Fonte: Wikipedia Commons

Ao contrário do que pensam muitas pessoas, não foi a erosão eólica, e sim a chuva, que formou as estranhas feições que tanto atraem os turistas em Vila Velha, no Paraná.

Outra feição típica do ambiente desértico são os ventifactos, blocos de rocha de tamanhos variados que aparecem soltos no chão e que exibem faces planas formadas pelo impacto contínuo da areia. Eles são úteis porque a posição dessas faces indica a direção preferencial dos ventos no local.

Os grãos de areia podem ser levados a distâncias enormes por suspensão e já se constatou a presença de areias provenientes da África na Amazônia brasileira. A suspensão forma grandes depósitos arenosos, chamados de loess e é responsável também pelas tempestades de areia.

Erosão antrópica

É a erosão causada pela ação do ser humano. Em geral não tem grande influência, por que sua ação é de duração muito curta, Mas, nossa capacidade de remover grandes massas de terra ou de rocha é cada vez maior e a erosão antrópica tende a ser cada vez mais significativa.

O plantio sem levar em conta o regime de escoamento das águas naturais, pode provocar ravinamento e formação de boçorocas. A ocupação de áreas impróprias para a construção de moradias, como morros de alta declividade, gera escorregamentos de solo, com danos materiais e mortes. A impermeabilização de superfícies, como a pavimentação de ruas, impede que a água da chuva se infiltre e favorece as inundações em áreas urbanas.

Deve-se ter em mente também que a ação humana, embora de pequena expressão, pode ser o início de um grande processo erosivo. Assim, o desmatamento na Amazônia pode facilmente levar a área desmatada a uma desertificação, porque o solo daquela região é muito arenoso e pouco espesso. A vegetação só é exuberante porque se desenvolve sobre restos orgânicos da própria mata, e eles desaparecem rapidamente quando há o desmatamento.

Fonte: http://www.comunitexto.com.br

domingo, 11 de maio de 2014

Artigo sobre áreas de riscos na Geography Review

Os geógrafos Antonio Guerra e Maria do Carmo Oliveira Jorge recentemente publicaram o artigo Hazard risk, na Geography Review. O texto aborda  os deslizamentos que ocorreram ano passado na cidade de Petrópolis onde morreram 33 pessoas. Vale a pena conferir! Para download CLIQUE AQUI.





Fonte da Informação: http://www.comunitexto.com.br/

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Como se formou a Cordilheira Himalaiana?







A Cordilheira do Himalaia é a mais alta cadeia de montanhas do mundo, abrange cinco países: Índia, China (que inclui o Tibete), Butão, Nepal e Paquistão. É famosa por conter a montanha mais alta da Terra, o Monte Everest .
O Himalaia está entre as formações mais jovens do planeta. Sua origem é resultado de uma colisão continental, que pode ser compreendida através da moderna teoria da Tectônica de Placas. É formada por um dobramento recente, isto é, do encontro de duas Placas Tectônicas. A colisão iniciou-se a cerca de 70 milhões de anos, quando a placa Indo-australiana se moveu rumo ao Norte e colidiu com a placa da Eurásia. Neste movimento de colisão, as placas apresentam densidades semelhantes, originando os enrugamentos que formam uma cadeia montanhosa.
Atualmente, estas placas ainda se empurram, provocando a elevação dos Himalaias à velocidade de 1 a 2 cm por ano.

Texto de : Cleuma Celeste Moura, UFVJM

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Idade do Gelo









Extensão das calotes glaciárias polar e de montanha (Alpes e Pirinéus) na Europa durante a última glaciação (Würm).












Idade do Gelo é a expressão habitualmente usada para designar o último período geológico de arrefecimento da superfície e atmosfera terrestres, marcado pela expansão das calotes glaciárias (inlandsis) polares bem como das geleiras ou glaciares de vale, nas montanhas. No primeiro quartel do século XIX, o suíço, Jean-Pierre Perraudin (1767-1858) percebeu que, tempos atrás, os glaciares canalizados nos vales dos Alpes suíços haviam descido e coberto grande parte desses vales e que, nos últimos milénios, haviam recuado gradualmente para as posições que actualmente ocupam. Verificou ainda, que, na descida, essas “línguas de gelo” arrastaram grandes amontoados de calhaus e blocos de rocha, por vezes polidos e/ou estriados, para as zonas mais baixas e aí os deixaram quando o gelo fundiu.

A residência deste precursor do glacialismo foi, mais tarde, transformada no Museu do Glaciar. Embora hoje familiar para a maioria das pessoas, a ideia de Perraudin foi rejeitada pela comunidade científica de então, mas não tardou a encontrar defensores. Um deles foi o naturalista suíço Ignaz Venetz (1788-1859), considerado o fundador da glaciologia. Na sequência das observações de Parraudin e vencendo a forte oposição de uma boa parte dos seus contemporâneos mais influentes, Venetz confirmou as observações deste seu conterrâneo, afirmando, em 1829, que os glaciares alpinos e os referidos amontoados de calhaus e blocos, tinham invadido as planuras suíças do Jura e que semelhantes materiais, vindos da Escandinávia, haviam atingido e coberto grande parte do norte da Alemanha e da Polónia, deixado aí amontoados de calhaus e grandes blocos isolados, mais tarde referidos, respectivamente, por moreias (ou morenas) e blocos erráticos.


Moreia


Dois anos depois, o engenheiro de minas alemão, Johann von Charpentier (1786-1855), director das minas de sal de Bex, na Suíça, veio em seu apoiou. Venetz foi, assim, o primeiro a interpretar a origem glaciária das moreias e blocos erráticos e o primeiro a reconhecer os glaciares como uma das mais poderosas forças actuantes na erosão do relevo. O livro que publicou, em 1833, sobre os Alpes suíços,Mémoire sur les variations de la température dans les Alpes de la Suisse, antecedeu em sete anos a obra do famoso Louis Agassiz (1807-1873). Anos mais tarde, confirmou o seu pensamento em Mémoire sur l’extension des anciens glaciers, renfermant quelques explications sur leurs effets remarquables, publicado, postumamente, em 1861, pela Sociedade Helvética de Ciências Naturais.





Bloco errático conservado na planura do norte da Polónia.



Entretanto, na Alemanha, Albrecht Reinhard Bernhardi (1797-1849), professor de silvicultura na Escola de Engenheiros Florestais de Dreissigacker, corroborava a ideia de Venetz e, em 1832, escrevia que, num passado recente, uma imensa capa de gelo, oriunda da região polar árctica, teria alastrado e invadido as planícies do norte da Europa, com as mesmas consequência apontadas pelo colega suíço. Com base nesta ideia, admitiu também que os glaciares alpinos poderiam ter tido, nesse mesmo passado, uma extensão igualmente alargada. «Se esta hipótese estiver correcta», dizia, «serão do mesmo tipo as acumulações de detritos rochosos semelhantes em outras áreas vizinhas dos Alpes». Nesta visão de Bernhardi, hoje confirmada, os vales alpinos, actualmente libertos de gelo, foram nesse tempo os leitos de poderosos glaciares que transportaram toda essa carga de detritos rochosos.







Glaciar de vale nos Alpes.




Ainda na Alemanha, Karl Friedrich Schimper (1803-1867), naturalista e poeta, professor na Universidade de Munique, foi o inovador do conceito de glaciação e da ideia da existência, na pré-história, de uma alternância de eras quentes e frias, dando início à discussão sobre os períodos glaciários e os ciclos climáticos. Segundo ele, a Europa, a Ásia e a América do Norte haviam sido, por diversas vezes, num passado geológico recente, invadidas por imensas capas de gelo. Ao mesmo tempo, na Escócia, James David Forbes (1809.1868 físico, geólogo e glaciologista, contribuía para este tema com o seu saber na área da física. Interessado nos glaciares da Suíça e da Noruega, definiu estas massas de gelo como fluidos imperfeitos ou corpos viscosos que deslizam pelas encostas com uma dada inclinação por efeito do seu próprio peso.



Atento a esta problemática, o suíço Jean Louis Rodolphe Agassiz (1807-1873), doutorado em medicina, produziu obra valiosa neste domínio, documentada na sua monumental memória, em dois volumes,Études sur les glaciers, publicada em 1840, tornando-se, assim, o nome mais conhecido no glacialismo. Professor de História Natural na Universidade de Neuchatel que, sob a sua orientação, se tornou uma das principais instituições de investigação científica do seu tempo, Agassiz ficou também conhecido como paleontólogo (na área dos peixes) e geólogo. Estudou com Alexander von Humboldt (1769-1859) que lhe abriu as portas à observação da paisagem física.



Em 1836, na companhia de Johann Charpentier, visitou os glaciares alpinos e as moreias de Diablerets e do Vale do Ródano. Na sequência desta visita, ele, que sempre fora céptico relativamente ao glacialismo, envolveu-se interessadamente na respectiva investigação. Como resultado desenvolveu uma teoria que apresentou à Sociedade Suíça de Ciências Naturais, de Neuchatel, em 1837, ao mesmo tempo que divulgava o conceito de Era Glaciária ou Idade do Gelo. Antes dele, outros (Venetz, Charpentier, Bernhardi) tinham observado as geleiras alpinas e chegado, praticamente, às mesmas conclusões, mas foi Agassiz que ficou na história deste capítulo da geologia. Nesta sua memória, discutiu os movimentos das línguas glaciárias, a sua influência na erosão dos respectivos vales, o desgaste e polimento das moreias e das rochas sobre as quais se deslocavam, estriando-as. Agassiz estendeu as suas observações às montanhas da Escócia, na companhia do reverendo inglês, William Buckland (1784-1856), decano de Westminster, e encontrou aí testemunhos seguros de glaciares antigos, à semelhança dos reconhecidos nos Alpes.



Também a Inglaterra, o País de Gales e a Irlanda lhe revelaram a existência de moreias e outros testemunhos de actividade glaciária na dependência das suas montanhas. Corroborando estas observações, o geólogo escocês Charles Lyell (1797-1875) revelava que os blocos rochosos, isolados e de natureza diferente da rocha que forma o terreno sobre o qual se encontram (blocos erráticos), foram transportados no seio das grandes massas de gelo dos glaciares de há milhares de anos. Mais tarde, Agassiz trocou a Europa pelos Estados Unidos da América, onde permaneceu até o fim de sua vida, em 1873, tendo ensinado zoologia e geologia na Universidade de Harvard e aí fundado o Museu de Zoologia.



Comparada, de que foi o primeiro director. Na continuação do seu trabalho na Europa, como glaciologista, ele foi, entre muitas outras actividades científicas e pedagógicas, um dos primeiros a estudar os efeitos da última glaciação na América do Norte, no que foi apoiado, mais tarde, pelo americano, James Dwight Dana (1813-1895). O Agassiz Lake, de origem glaciária, na região dos Grandes Lagos, o Agassiz Mount, na Califórnia, o Agassiz Peak, no Arizona, e o Agassiz Glacier, no Parque Nacional dos Glaciares, no Estado de Montana, são alguns dos acidente geográficos que evocam o seu nome.



O progresso acelerado dos conhecimentos geológicos nessa época, nomeadamente os revelados por Charles Lyell, levou William Buckland a reconhecer, em um dos oito volumes do famoso “Bridgewater Treatise”, que a abundância de blocos erráticos observados no terreno não confirmavam o relato bíblico do Dilúvio. Ele que, de início e como eclesiástico, julgara ter encontrado evidências geológicas do Dilúvio à escala mundial, passou a acreditar nas ideias de Agassiz sobre a Idade do Gelo que permitiam uma explicação plausível para o que lhe era dado observar no terreno.



Mais tarde, na Áustria, Eduard Brückner (1862-1927), geógrafo, climatologista e glaciologista, professor nas Universidades de Berna, Halle (na Saxónia, Alemanha) e Viena, chamava a atenção para a importância das mudanças climáticas e das consequentes flutuações do nível do mar. Especializou-se no estudo dos glaciares alpinos e, neste domínio, colaborou com o conhecido geógrafo alemão, Friedrich Karl Albrecht Penk (1858-1945), na obra em três volumes, Die Alpen im Eiszeitalter (Os Alpes na Idade do Gelo), editada em 1909. Nesse trabalho, admitiram a existência de quatro períodos glaciários que designaram, do mais antigo para o mais recente, por Gunz, Mindel, Riss e Würm. Do outro lado do oceano, o norte-americano Thomas Chrowder Chamberlin (1843-1928), geólogo e professor de geologia , fundador do Journal of Geology, reconheceu, nos depósitos glaciários (moreias) que cobrem parte do território do estado, outras tantas glaciações pleistocénicas, a que deu nomes ainda em uso: Nebraska,Kansas, Illinois e Wisconsin que, pela mesma ordem, correspondem às glaciações alpinas.



Glaciar de vale nos Alpes


Em Portugal, as Serras da Estrela e do Gerês conservam testemunhos da última glaciação (Würm) bloco-errático – bloco rochoso, por vezes de grandes dimensões, arrastado pelo gelo do glaciar e depois abandonado aquando do degelo. São reconhecíveis como tal porque, geralmente, assentam sobre terrenos de natureza diferente da sua e, nessa medida, são também considerados blocos-exóticos. São relíquias de antigas moreias frontais, que permitem reconstituir a extensão dos glaciares. moreia ou morena - acumulação de detritos de todas as dimensões transportados pelos glaciares.

Distingue-se uma moreia basal ou de fundo (que se acumula e desloca na base ou no fundo da língua glaciária); uma moreia dorsal ou mediana (acumulada longitudinalmente, como uma dorsal, na língua glaciária); uma moreia lateral (arrastado junto às duas margens da língua glaciária; uma moreia interna (dispersa no interior da língua glaciária) e uma moreia frontal (acumulada e empurrada na frente da língua glaciária). Por fusão e recuo do gelo, esta moreia pode constituir uma barragem natural e criar um lago a montante. Os tilitos são antigas moreias consolidadas.

Fonte:  Galopim de Carvalho, 19 de Outubro de 2013, De Rerum Natura

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Entrevista: Antônio Guerra fala sobre erosão ao Comunitexto



A erosão é um fenômeno no qual as partículas do solo são desagregadas por agentes externos, como chuvas, ventos, águas do rio ou pela ação do homem. Segundo o Portal da Educação, o Brasil perde anualmente aproximadamente 1 bilhão de toneladas de solos por conta da erosão.

Convidamos o Antonio Guerra, coordenador do Laboratório de Geomorfologia Ambiental e Degradação dos Solos (Lagesolos) da UFRJ, para aprofundar este tema. Confira a entrevista abaixo e descubra como este processo afeta o ambiente!

Comunitexto: A erosão é um processo natural e o senhor menciona em seu livro que trouxe benefícios para o Rio Nilo. No Brasil existem casos semelhantes?


Antonio Guerra: Sim, a erosão é um processo natural e existem benefícios para o Rio Nilo, porque os sedimentos orgânicos e inorgânicos que se depositam todos os anos dão maior fertilidade às suas planícies. No caso brasileiro isso ocorre em diversos rios, sendo o mais conhecido deles o Rio São Francisco, em especial no trecho entre as cidades de Juazeiro (Bahia) e Petrolina (Pernambuco), separadas pelo Rio São Francisco. Essa área de agricultura irrigada é bem conhecida pelo plantio de uva, manga, côco, goiaba e frutas de um modo geral. Alem dos processos naturais que dão origem à erosão, existe também a ação do homem que acelera esses processos e dão origem a uma série de problemas, como veremos mais adiante nessa entrevista.

CT: Como se pode caracterizar uma erosão descontrolada? Existe uma medida para definir?

AG: Essa forma de erosão, que é muito estuda pelos especialistas, é também chamada de erosão acelerada, onde o homem tem um papel importante porque, de acordo com o uso e manejo dos solos, podem causar essas formas erosivas, que são mais conhecidas por ravinas e voçorocas, feições lineares, que retiram toneladas de sedimentos dos solos e acabam levando esses sedimentos para rios, reservatórios e lagos.

CT: Existem inúmeros fatores que causam estas erosões, principalmente provocados pela ação do homem. No Brasil, qual o senhor considera mais grave?

AG: Os fatores que causam erosão podem ser divididos em dois grandes grupos: de ordem natural, como os tipos de solos, a intensidade e quantidade de chuvas, as características das encostas e a cobertura vegetal. De um modo geral, mesmo acontecendo erosão em terras não cultivadas, ela geralmente não é tão intensa, quanto nas áreas com agricultura e pecuária, onde o uso inadequado do solo, sem práticas conservacionistas, causa quase sempre ravinas e voçorocas, alem do que chamamos de erosão laminar, que pode retirar muitas toneladas de solo por hectar, comprometendo a fertilidade natural dos solos, tornando pobres e quase estéreis, se nada for feito para reverter esse quadro.

CT: Quais são os danos mais imediatos e outros que surgem em longo prazo por uma ação erosiva não natural?

AG: Os danos imediatos são a própria perda do solo, limitando o espaço físico para cultivar e criar animais, em especial onde foram formadas grandes voçorocas. A médio e longo prazo a perda de fertilidade natural praticamente inviabiliza a agricultura, a menos que sejam repostos os nutrientes perdidos, através de adubação química e orgânica. A erosão é uma forma de degradação dos solos, que causa danos, não só nas áreas atingidas diretamente por esses processos geomorfológicos, mas também em áreas situadas fora das áreas atingidas, porque os sedimentos retirados das feições erosivas acabam assoreando rios, lagos, baias e reservatórios, através do transporte e deposição de sedimentos.

CT: Em sua obra, o senhor menciona que voçorocas acabam se tornando pontos turísticos. Onde isso ocorre? O senhor pode contar mais sobre isso?

AG: No caso dos pontos turísticos, as voçorocas se tornam como tais, de forma indevida, porque a população, por exemplo, no litoral do Ceará e em outros pontos do litoral brasileiro, onde as voçorocas ocorrem muito próximas do mar, as pessoas acabam usando o topo das voçorocas como atração turística, bem como a base das mesmas. Só que pequenos deslizamentos que ocorrem nas bordas das voçorocas, podem causar danos a esses locais usados inadvertidamente como ponto turístico.

CT: Uma área muito degradada, com uma voçoroca, por exemplo, pode ser completamente recuperada? Em quais casos é possível a recuperação? E em quais não é?

AG: A recuperação das voçorocas é, na maioria das vezes, possível, sendo que existem diversas técnicas para que isso aconteça. Uma delas é a utilização de biotexteis, colocadas nas paredes das voçorocas, bem como no fundo das mesmas, em conjunto com matéria orgânica e sementes para o desenvolvimento de plantas que irão recuperar, gradativamente, esses ambientes degradados. A recuperação é possível praticamente em todos os casos, onde houver interesse e disponibilidade financeira e técnica para tal. Em locais onde as voçorocas atinjam grandes profundidades, geralmente mais de 15 ou 20 metros e o custo para sua recuperação seja muito elevado. não que seja impossível a recuperação, mas ela é deixada em segundo plano por esses motivos, em especial se forem em áreas muito remotas, sem grande interesse econômico, ou onde a relação custo-benefício não seja vantajosa.

CT: Existem leis que garantam a preservação de ambientes para que isso não ocorra? Se sim, são eficazes? 

AG: As leis existem. Em especial nos locais que são Áreas de Preservação Permanentes, também conhecidas por APP, que correspondem aos topos de morros, encostas com declividade superior a 45 graus e margens de rios. Como muitas vezes essa legislação não é cumprida, então o surgimento de erosão acelerada nessas áreas, é só uma questão de tempo. O respeito à legislação garante a proteção dessas áreas, sendo bem mais difícil ocorrerem processos de erosão acelerada. Mas mesmo onde a legislação não proteja os ambientes, ela pode ocorrer devido à combinação de fatores de ordem natural e do uso e manejo do solo, como dito anteriormente, nessa entrevista.

Fonte: http://www.comunitexto.com.br/entrevista-antonio-guerra-fala-sobre-erosao/#.UZubNDl7RYc

terça-feira, 21 de maio de 2013

Os maiores lagos do planeta


Um lago é uma depressão natural na superfície da terra que contém quantidades diferentes de água, seja proveniente da chuva ou de nascentes nas proximidades. Também existem lagos em zonas como a Antártida, chamados de sub-glaciares por estarem abaixo do gelo.

Os lagos constituem importantes reservas de água, fundamentais para o abastecimento público, irrigação, produção de energia em hidrelétricas e outras atividades econômicas e sociais, como turismo e recreação.

Apesar disto, estão ameaçados pela poluição com resíduos industriais ou urbanos, má gestão da qualidade destes recursos e aumento no uso e desvio exacerbado. Segundo o Conselho Mundial de Recursos Hídricos, a humanidade está usando mais que 50% das fontes de água fresca aproveitáveis e 90% deste número vêm dos lagos.

E para mostrar um pouquinho da beleza destas formações, separamos os 5 maiores lagos do planeta (em área por km²) com base no livro Recursos Hídricos no Século XXI, de Takako Matsumura Tundisi, diretora e pesquisadora do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos, e José Galizia Tundisi, presidente do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos-SP. Confira!



Lago Superior
Área: 82.680 km²    Onde fica: entre o Canadá e os Estados Unidos




Lago Vitória


Área: 69.000 km²         Onde fica: parte ocidental do Grande Vale do Rift, na África 




Lago Huron


Área: 59.800 km²      Onde fica: entre Michigan, nos Estados Unidos, e a província de Ontário, no Canadá



Lago Michigan


Área: 58.100 km²    Onde fica: Michigan, nos Estados Unidos




Lago Tanganica


 Área: 32.900 km²            Onde fica: parte ocidental do Grande Vale do Rift, na África




Você sabia?

A principal diferença entre lagos e lagoas está no tamanho. Ambos são definidos como uma extensão de água cercada por terra, mas os lagos são maiores. Outro fator contrastante entre esses dois espaços está na formação: Os lagos geralmente são resultados de transformações do relevo terrestre e as lagoas são resultado de fenômenos localizados como um desmoronamento ou ações de castores.


Fonte: http://www.comunitexto.com.br/

domingo, 27 de janeiro de 2013

O que é o Solo?


O Solo é uma camada de material não consolidada (solta), assentada sobre rochas. - Esse material é constituído de minerais e matéria orgânicas. - Nos espaços deixados pelas partículas minerais e matéria orgânica, chamadas poros, ficam na água e o ar. - A parte mineral é formada de argila, limo, areias e pedras. - A matéria orgânica é formada por organismos vivos ou mortos e seus restos ou dejetos. 

O solo apresenta extremas variações no que concerne a profundidade, composição, cor, textura, estrutura, etc. - O solo é o meio onde o vegetal retira os materiais à sua nutrição e ao mesmo tempo, é o suporte sobre o qual se ancora.

Foto de solo do tipo Latossolo.

A erosão dos solos compromete a produção agrícola, causa assoreamento nos rios, represas e zonas portuárias. A retirada de vegetação e ocupação dos solos por moradias em encostas íngremes provoca os escorregamentos frequentemente noticiados pela imprensa, que causam muitas mortes e danos materiais.



Manejo sustentável dos solos

Com uma taxa de aumento populacional de 1,2% ao ano, tornou-se necessário pensar em práticas sustentáveis para preservar os recursos naturais do planeta e manter os seres humanos em harmonia com o meio ambiente.
Entre as medidas de conservação, estão aquelas que visam ter efeitos positivos na qualidade do solo, permitindo produções de alimentos maiores na mesma área e por mais tempo.



O renomado especialista em Solos, com mestrado e doutorado pela North Caroline State University (EUA), Igo Lepsch, destacou em seu livro Formação e Conservação dos Solos o desequilíbrio que por vezes acontece no cultivo de terra. Segundo Lepsch, as atividades agrícolas, quando feitas sem os devidos cuidados com o solo, retiram a cobertura vegetal original do solo e promovem a erosão acelerada e outras formas de degradação.

Com um plantio bem manejado e consolidado, é possível usufruir todos os pontos positivos de um solo específico, fator que também contribui para uma produção de alimentos mais estável. Confira abaixo algumas dicas de Lepsch para os problemas mais comuns de solo:

  •  Excesso de sais ou salinização: consiste no acúmulo de sais no solo, geralmente próximos à superfície. Este problema faz com que as plantas tenham dificuldade em obter água e sais minerais, mas a solução é simples, basta acrescentar sais de cálcio (gesso) para eliminar os excessos de sódio e adicionar água de boa qualidade à sua superfície.
  •  Poluição do solo: em alguns casos pode ocorrer contaminação com substâncias químicas usadas na agricultura e/ou por restos de produtos industriais ou residenciais. Embora o solo consiga “reciclar” as propriedades que são naturais do ambiente, não pode fazer o mesmo com produtos não elaborados pela atividade de seus organismos. Por isso, tanto fertilizantes minerais quanto orgânicos devem ser aplicados em quantidades calculadas e adequadas.
  • Degradação Física: ocorre por meio da modificação dos agregados do solo, ou seja, organismos como raízes que dependem do oxigênio e da água contida no espaço poroso entre os agregados que formam a estrutura do solo não se desenvolvem. Um dos métodos para solucionar este problema é o cultivo especial, como o plantio direto na palha.


Fonte: http://www.comunitexto.com.br

 http://professormarcianodantas.blogspot.com.br


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Deslizamentos: dinâmica de vertentes

Este tipo de evento é natural, acontece sempre que o solo das encostas fica muito encharcado. A água na medida certa ajuda a dar coesão ao solo, contudo, a medida que o solo fica saturado, a água causa uma tensão de dentro para fora conhecida como poropressão. Quem já brincou de fazer castelinhos de areia sabe que o ponto ideal é quando a areia não está nem muito seca, nem muito molhada. Como mencionado anteriormente, a medida que o solo das encostas fica saturado em água a poropressão aumenta diminuindo as forças que mantem o solo coeso, e esse colapsa com o seu próprio peso causando os deslizamentos.
O primeiro vídeo mostra um deslizamento gigante, acontecido na Itália e registrado por uma emissora de TV. O segundo mostra uma experiencia simples de ser feita em uma feira de ciências onde os deslizamentos são simulados.