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Núcleo da Paleontologia



     

O Projeto GAIA, dentre seus nichos de exposição e divulgação científica, gere o Núcleo de Paleontologia com o objetivo de desenvolver estratégias que permitam a aprendizagem dos conhecimentos paleontológicos de forma mais dinâmica e atraente, bem como desenvolver inteligências múltiplas. Esse núcleo, composto por fósseis e réplicas de diversas eras e períodos geológicos, desde a Biota Ediacarana até os mamíferos da Megafauna Pleistocênica, desperta a curiosidade e instiga os visitantes de todas as faixas etárias. Além disso, nas visitações dos alunos à este núcleo  também enfocamos  a temática educacional ambiental: será que o que deixaremos para os seres humanos do futuro serão garrafas PET, tetrapaks e lixo não reciclado? 


Mas... para começar, podemos perguntar: O que são os fósseis?

A palavra "fóssil" deriva do termo latino fossile que significa "desenterrado" ou "extraído da terra". A Paleontologia se encarrega de estudar os organismos fossilizados, ou partes deles, ou ainda, seus vestígios. A formação de fósseis é um fenômeno corriqueiro e que ocorre frequentemente. O registro fóssil contém inúmeros vestígios fossilizados dos mais variados organismos do passado geológico da Terra.
Os fósseis são resultado de lentos processos que ocorrem geralmente em ambientes sub-aquosos (como lagos, mares interiores, estuários, pântanos, depósitos de rios, etc), na crosta terrestre ou de cavernas. Um requisito indispensável para que ocorra a fossilização é o rápido soterramento, dentro de um ambiente com pouco oxigênio, no qual o organismo não seja descomposto. Assim as partes duras como ossos, dentes, caules, etc. são os melhores candidatos a virar fósseis.

Os fósseis também refletem como eram as condições do ambiente quando forma fossilizada podendo dar informação acerca da história geológica de uma região, assim como do intemperismo, da deriva dos continentes, etc. Podem ser derivados de plantas, animais ou da sua atividade (tubos, pistas). São encontrados em vários tamanhos, desde dinossauro (escala métrica), também denominados de macrofósseis até um esporo (micrometros), denominados de microfósseis.

Em geral os fósseis de plantas (fitofósseis) somente representam parte do corpo do vegetal tanto vegetativa (folhas, caules, raízes, etc) como reprodutiva (polens, esporos, sementes, etc.) sendo as últimas melhor transportadas pela água e o vento e mais resistentes à decomposição. De forma contrária os animais, dependendo do tamanho e das características das partes duras (ossos, exoesqueletos, dentes, conchas, garras, etc), que são as mais propensas à fossilização, podem ser conservados completos, por exemplo: bivalves, trilobitas, insetos, peixes, foraminíferos, etc


O Núcleo de Paleontologia engloba réplicas de fósseis de cerca de 600 Ma atrás ao Eoceno que foram adquiridas na Oficina de Réplicas da USP. Vamos falar um pouquinho das réplicas que temos.


Réplicas de seres vivos mais antigos que o Éon Fanerozoico

Biota de Ediacara

          A Biota Ediacarana é um enigmático conjunto de seres metazoários (seres com células organizadas em tecidos e órgãos) que viveram durante o Período Ediacarano (ca. 635-542 Ma). Como até recentemente o nome do período Ediacarano era Vendiano, também se usa a denominação Biota Vendiana. Além disso, boa parte destes seres assemelham-se a animais primitivos, sendo comuns os termos Fauna Ediacarana e Fauna Vendiana. No entanto, como a classificação destes seres é incerta, já que seus fósseis tratam-se apenas de impressões nas rochas pré-cambrianas, biota é um termo mais apropriado do que fauna para designar o seu conjunto. Essa ocorrência fóssil está entre as mais importantes do mundo. Vestígios fósseis destes seres têm sido encontrados em todo o mundo, representando os mais antigos organismos multicelulares complexos conhecidos. 
Réplicas da Biota de Ediacara do Projeto GAIA.
Foto: Danielle Piuzana
A Biota Ediacarana exibia um vasto leque de características morfológicas. Seres multicelulares simples, tais como algas vermelhas, já se tinham desenvolvido há pelo menos 1200 Ma. Os antepassados da Biota Ediacarana têm a sua origem no período em que a Terra se debatia com as extensas glaciações do período Criogeniano, tendo surgido pela primeira vez há cerca de 580 Ma e florescido até ao seu desaparecimento quase completo durante o rápido aumento de biodiversidade conhecido como “explosão cambriana”, há 542 Ma atrás. Apesar de alguns fósseis raros, que parecem representar sobreviventes destes seres terem sido datados tão recentemente, as comunidades fósseis primitivas desaparecem do registo no final do Ediacarano, deixando para trás apenas esporádicos fragmentos de outrora ricos ecossistemas. A maioria dos traços corporais atualmente existentes nos animais modernos aparecem pela primeira vez nos registros fósseis do Cambriano, tendo a Biota Cambriana substituído completamente os organismos que dominavam o registo fóssil ediacarano. Quase todos os filos existentes já foram utilizados em determinada altura para acomodar a Biota Ediacarana, desde as algas até os protistas, passando pelos fungos, bactérias ou colônias microbianas e intermediários hipotéticos entre plantas e animais.


Imagem ilustrativa da Biota de Ediacara
Retirado de: http://ridge.icu.ac.jp/biobk/BioBookPaleo2.html




Dickinsonia sp.
Fonte: http://www.ucmp.berkeley.edu/vendian/dickinsonia.jpg
Parvancorina minchami 
Fonte: http://www2.igc.usp.br/replicas/ediacara.html




Réplicas do Éon Fanerozoico

        O Éon Fanerozoico se estende de 545 milhões de anos até os dias de hoje, e é caracterizado por abrigar a vida. É subdividido em três eras: Paleozoico, Mesozoico, Cenozoico.
A Era Paleozoica (do grego: paleo = antiga + zoe = vida) é limitada por dois importantes eventos na história da vida na Terra: o seu início, há 545 milhões de anos, marca o primeiro registro seguro de animais com partes mineralizadas (conchas, carapaças), e seu final, há 248,2 milhões de anos, marca a maior extinção em massa que já ocorreu no nosso planeta. A Era Paleozoica se divide em seis períodos: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano.

Réplicas da Era Paleozoica

            O início da Era Paleozoica marca, na verdade, o aparecimento de animais com partes mineralizadas (conchas ou carapaças), que nos forneceram os primeiros fósseis propriamente ditos, já que até então os registros eram apenas impressões em rochas sedimentares geradas por animais de corpo mole. 


Conchas 

        O Acervo do GAIA possui réplica do gênero Neospirifer condor,  um Braquiópode da ordem Esperifida. Os braquiópodes são animais invertebrados que eram abundantes nos mares da Era Paleozoica.
Réplica de Neospirifer condor do Projeto GAIA.
Foto: Danielle Piuzana 
Possuem o corpo protegido por uma concha ( pode ser de fosfato de cálcio ou carbonato de cálcio) com duas valvas.O tamanho das conchas varia entre os 5 milímetros e os 7,5 centímetros, mas alguns fósseis apresentam conchas com 38 centímetros de largura. São animais marinhos, que filtram partículas em suspensão na água para obter seu alimento. São animais solitários, e normalmente encontrados em águas temperadas. Seu registro fóssil inicia no Cambriano e vem até hoje. Foram mais diversificados na Era Paleozoica. O que pode ser encontrado nos sedimentos são suas conchas, inteiras ou fragmentadas. Eles eram os mais comuns invertebrados conchíferos durante a Era Paleozoica, porém ao fim desta, os moluscos se tornaram mais comuns até hoje.


retirado de http://paleo.cc/fossils/new071708/08-br-coral-0490.JPG





Trilobitas

       Os trilobitas receberam este nome devido a presença de três lobos que podem ser visualizados (na maior parte dos casos) em sua região dorsal (um central e dois laterais). Por causa dos seu esqueleto duro, sua grande abundância e ampla distribuição, os trilobitas deixaram um registro fóssil muito abundante, e mais se conhece sobre eles do que de qualquer outra grupo de espécies extinto.
Foto: Danielle Piuzana
Eram animais invertebrados pertencentes ao filo Arthropoda. Os trilobitas viveram apenas na Era Paleozoica, nos mares do Cambriano ao final do Permiano, quando foram totalmente extintos. Seu corpo era achatado e segmentado, podendo ser dividido em três lobos em sua região dorsal (uma região axial e duas laterais). Os trilobitas atingiam entre 3 a 10 cm de comprimento, mas em alguns casos poderiam chegar a quase 1 metro. Exclusivos de ambiente marinho, os trilobitas eram, em sua maioria, animais bentônicos, que viviam junto do fundo próximo à costa, mas algumas formas pequenas eram planctônicas e outras, nectônicas. Provavelmente eram, em sua maioria, detritívoros, sendo alguns carnívoros (predadores). Nos mares paleozoicos, as Trilobitas deviam viver como os nossos crustáceos de hoje em dia. Em sua maior parte viviam em fundos lodosos e eram comedores de lamas (micrófagos), principalmente aquelas que não possuíam olhos funcionais. Provavelmente, algumas Trilobitas deviam alimentar-se de outros animais marinhos.
Trilobitas explodiram em diversidade surpreendente no registro fóssil dentro de cerca de cinco milhões de anos de base do Cambriano, sua aparente explosão de vida aconteceu no período conhecido como a Explosão Cambriana. O Cambriano marca um ponto importante na história da vida na Terra, é o período de tempo em que a maioria dos grupos principais de animais apareceram no registro do fóssil. Este evento é chamado de "explosão cambriana", por causa do tempo relativamente curto sobre em que esta diversidade de espécies aparecem. 

Trilobita
Retirado de: www.jornallivre.com.br



Corais Rugosos

     Os Corais Rugosos eram seres eucariontes, do reino animália, pertencentes ao filo Cnidário. Eram animais aquáticos, de ordem rugosa. Os primeiros registros fossilíferos surgiram no período Ordoviciano há aproximadamente 510 milhões de anos atrás. Os corais foram extintos no final do Período Permiano estando o seu registro inteiramente confinado à Era Paleozoica, onde sofreram maior variação de formas.
Réplica de coral rugoso do Acervo GAIA.
Foto: Danielle Piuzana
Os corais eram predadores de pequenos organismos, onde havia os de formas solitárias que variavam desde poucos milímetros até quase 1m de comprimento e 15 cm de diâmetro e os de formas coloniais que chegavam a atingir 4m de diâmetro. Entre suas principais características, destacam-se as rugosidades transversais externas de crescimento, presentes na epiteca e visíveis nas formas solitárias, motivo da designação do grupo.
A distribuição dos corais rugosos ocorreu sobre mares de pequena profundidade que cobriam grandes áreas continentais que são denominadas de mares epicontinentais no Paleozoico; que é de grande importância, pois, mostra que as placas tectônicas nas quais se encontram os continentes migraram para a direção norte, uma vez que a distribuição destes organismos estava restrita à faixa intertropical, indicada pela ocupação atual dos cnidários formadores de recifes. 
                            
    
O mar Devoniano: notar os corais, amonita, esponjas.
Fonte: http://www.fossilmuseum.net/




Corais rugosos 
Fontehttp://www.fossilmuseum.net/




Folhas de Plantas Siluriano e Carbonífero 


Folhas em réplicas do Acervo GAIA.
Foto: Danielle Piuzana
     Os vegetais foram os primeiros organismos a colonizar os continentes por volta no final do Período Siluriano (411 Ma). Esta invasão propiciou que muitos animais ocupassem o ambiente terrestre, inicialmente os invertebrados (p. ex. escorpiões), depois, os vertebrados.

Os vegetais hoje denominados como Pecopteris, correspondem a samambaias primitivas que habitavam o nosso planeta durante os períodos Carbonífero e Permiano. 

Os fósseis de frondes destas samambaias podem ser encontrados tanto no Hemisfério Norte (América do Norte e Europa) como no Hemisfério Sul. Aqui no Brasil , elas ocorrem, mais freqüentemente, nas camadas permianas dos estados de Santa Catarina e do Paraná. 
Acredita-se que a ocorrência de plantas semelhantes a samambaias esteja relacionada com ambientes úmidos, parecidos aos atuais encontrados junto a margem dos rios.


Fóssil de Pecopteris aborescens
Fonte:http://www.rhyniechert.com/plants.html





Mesosaurus Brasiliensis 

Réplica do Mesossaurus do GAIA. Foto: Cecília Macedo.

     Um fóssil muito importante que ocorre em vários estados das regiões sul e sudeste do Brasil, é um réptil conhecido como Mesosaurus
Trata-se de um animal que viveu em um mar epicontinental (sobre o continente) que cobria parte do Brasil e parte da África quando estes continentes estavam unidos no Período Permiano. Devido a isto, estes mesossaurídeos são conhecidos, desde muito tempo, como uma das provas de que estes continentes estiveram unidos um dia, uma vez que seria impossível para um animal desse porte (menos de um metro da cabeça à ponta da calda nos espécimes maiores) atravessar o Oceano Atlântico nadando.
Imagem ilustrativa do Mesosaurus Brasiliensis 
Fonte: http://paleontosg.blogspot.com.br

Mapa da representação da distribuição de fósseis do continente Pangéia
Fonte: http://espiritoverdade.com.br


Amonóide


     O amonóide, também conhecido por amonite, constitui um grupo de moluscos, os cefalópodesOs moluscos tendem a ter um registro fóssil dos mais completos, por sua carapaça mineralizada (calcítica ou aragonítica) e por conseguir colonizar grandes ambientes, desde águas doces e salgadas, e ambientes terrestres úmidos.
Os cefalópodes constituem a classe mais evoluída de todos os moluscos e, em alguns aspectos, os mais evoluídos de todos os invertebrados. Muitos amonoides que estão extintos desenvolveram elaboradas conchas que permitiram a sua classificação. No período Jurássico os amonites atingiram diversidade cerca de sete vezes mais que a dos cefalópodes atuais. A evolução dos cefalópodes foi mediada pela predação e competição.
Fotos: Danielle Piuzana
Os amonites eram animais marinhos com tentáculos e corpo mole, protegido por uma concha espiral com várias câmaras interiores. À medida que o animal crescia, construía novas câmaras cada vez maiores na extremidade da concha que ocupava. Eram capazes de nadar e controlar sua profundidade. Seu tamanho variava desde alguns centímetros a um metro de diâmetro. São comuns em formações marinhas do Mesozoico e são considerados ótimos fósseis de idade em estratigrafia. Constituem numerosos fósseis característicos que permitem estabelecer a estratigrafia detalhada da Era Mesozoica, sobretudo no período Jurássico.


Hoje há cerca de 650 espécies vivas, entre elas as lulas e os náutilos que são parentes evolutivos dos amonoides.


Imagem ilustrativa do Amonóide
Fonte: linguaviva.zip.net


Réplicas da Era Mesozoica

      A Era Mesozoica (do grego: meso = meio + zoe = vida) durou de 248,2 a 65 milhões de anos. Os limites do Mesozoico também são marcados por grandes extinções em massa. A extinção no limite Paleozoico/Mesozoico tem causas desconhecidas, mas a extinção no limite Mesozoico/ Cenozóico aparentemente foi causada pelo impacto de um grande meteoro, que gerou uma cratera com mais de 170 km de diâmetro, na península de Yucatan, México. O Mesozoico é divido em três períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo






Garra do Dinossauro Deinonychus Antirrhopus 

Réplica de garra do Deinonychus do Acervo GAIA
Foto: Danielle Piuzana
     O Deinonychus era um dinossauro bípede e carnívoro, viveu há 110 milhões de anos, no período Cretáceo. Ele não era tão grande como os demais dinossauros, media em torno de 3 metros, pesava em media 80 kg e sua estrutura esquelética se parecia muito com a das aves, sua boca era cheia de dentes, mas sua principal arma era uma garra móvel que fica em seus pés, era curvada como uma foice, então surge o significado do seu nome “garra terrível”, essa garra tinha cerca de 10 centímetros.
Vários restos de Deinonychus foram encontrados junto com os de Tenontosaurus ornitópode que era muito maior, levando a se acreditar que o Deinonychus caçava em grupo porque seria fácil do Tenontosaurus se defender de um único Deinonychus.


Imagem ilustrativa do Deinonychus Antirhopus
Fonte: http://espinossaurodeusdosdinossauros.blogspot.com.br





Imagem ilustrativa da garra do Deinonychus Antirhopus 
Fonte: dino-ssauros.blogspot.com




Archaeopteryx lithographica - ARQUEOPTERIX 

Réplica Arqueopterix do Projeto GAIA. Foto: Cecília MAcedo.
O arqueopterix foi achado em formações calcárias no sul da Alemanha em 1850, essas rochas calcárias foram depositadas em ambiente lagunar com clima subtropical do jurássico superior a 140 milhões de anos atrás, foi a primeira ave extinta achada. Suas principais características são as penas achadas em seus fosseis, delas se sustentam algumas teorias que condicionam que as aves são répteis que evoluíram, dessa maneira o arqueopterix talvez seja o ''elo perdido'' que foi contestado na teoria Darwiana. 


Origamis criados por Marcos Pacheco no GAIA
Alguns paleontólogos tendem a deixar o arqueopterix na classe dos dinossauros e não das aves. Pesquisas mais recentes resultaram que os ossos do arqueopterix tinha caractrísitcas ósseas mais parecidas com os do dinossauros pois foi provado que seus ossos cresciam lentamente (diferente das aves que atingem a maturidade rapidamente) e que eram poucos irrigados por vasos sanguíneos. O corpo do arqueopterix era coberto por penas, mas seu esqueleto se assemelhava com outros dinossauros como por exemplo o Compsagnat (dinossauro pequeno de no maximo 74 cm, carnívoro), tinha um esqueleto pesado comparado com o das aves, tinha também uma cauda alongada que era coberta com penas que ao se abrir  formava um leque, também não tinha o conjunto muscular do peito e o osso esterno das aves que dão a força para o voo, não possuía bico e sim um complexo jogo de mandíbulas com dentes pequenos e afiados por isso um animal carnívoro, na extremidade das asas tinha um conjunto de três dedos com afiadas garras, todas essas características levantam hipóteses sobre seus hábitos.


Muitos pesquisadores acreditam que ele podia correr muito bem, e que seu voo era limitado a planar, ele usava suas garras e subia nas arvores e de lá se jogava usando seu rudimentar aparelho de voo, que eram suas asas e sua cauda para planar e assim no percusso pegar algum insetos,  podia também correr e prolongar seu salto planando mas  não sabe ao certo por qual distancia.


Fóssil Arqueopterix 
Fonte: http://www.fossilmuseum.net


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Tyrannosaurus rex

Réplica do dente de tiranossauro do Acervo GAIA.
Foto: Danielle Piuzana
     O Tyrannosaurus rex habitou a Terra a aproximadamente 67 milhões de anos atrás na América do Norte, na China e possivelmente, na América do Sul e na Índia. Foi um dos maiores dinossauros carnívoros e provavelmente um dos mais ferozes. Tinha cerca de 14m de comprimento e 5,60 m de altura. Alguns cientistas acreditam que a sua cor era verde escuro. No final da Era Mesozoica, o impacto causado por um grande meteoro teria gerado uma espessa nuvem de poeira, impedindo a fotossíntese, e alterando o clima terrestre. Estudos atuais revelam que o Tyrannosaurus rex possuía a mordida mais potente entre os animais. A força da mandíbula desse animal dividiu durante anos a comunidade científica, chegando ao ponto de alguns cientistas defenderem que a mordida desse animal era tão fraca que o animal devia se limitar a comer os restos de presas mortas. 

O primeiro ataque às credenciais predatórias do dinossauro carnívoro veio à tona em 2003, quando o especialista americano Jack Horner concluiu que os braços sem garras do T-Rex, os olhos pequenos e as patas pouco ágeis demonstrariam que ele seria "100% carniceiro". Seus dentes eram afiados e ligeiramente curvos, o que facilitava a captura das presas. Assim como o tubarão, uma vez que o Tyrannosaurus rex abocanhava a sua vítima a única forma de escapar dos seus dentes era entrar mais fundo em sua boca. Sua arcada dentária possuía cerca de cinquenta desses dentes afiadíssimos de até 20cm de comprimento. Suas vítimas prediletas eram os hadrossauros e ceratopsídeos.  Com o achado de um crânio danificado supõe-se que deveriam ocorrer violentas batalhas entre os Tiranossauros, por comida e pelo direito de se acasalar.  O Tiranossauro andava sobre duas pernas, que eram fortes o suficiente para sustentar o grande corpo e movimentá-lo a uma velocidade de até 48km/h. Estima-se que cada uma de suas patas traseiras cobria dois teclados de computador e possuía três grandes garras na frente e uma atrás. Os braços minúsculos, chegavam a ser até meio ridículos se comparados ao tamanho desse animal, ficavam no alto do corpo e terminavam em "mãos" dotadas de dois finos dedos em forma de garra. Ninguém sabe ao certo sua finalidade; acredita-se que servia para agarrar as presas, mas elas não eram compridas o suficiente para levar comida à boca. Alguns cientistas sugerem que o T. rex usava essas patas como apoio, para se levantar nas patas traseiras, ao acordar ou após um descanso. Cada pé possuía garras fortíssimas e três dos seus dedos eram de apoio e um nem tocava o chão.  Este magnífico e assustador animal que foi descoberto no Oeste Americano, tinha a cabeça gigantesca, cerca de 1,20 metros de comprimento sua pesada cabeça era sustentada por um pescoço curto e forte. Inicialmente ele foi chamado de Dynamosaurus imperiosus, mas logo recebeu um nome mais apropriado Tyrannosaurus rex que significa “rei dos répteis tiranos”. Ninguém sabe exatamente que tipo de ruídos e sons fazia, é provável que ele rugia ou guinchava para chamar os mais novos e reuni-los aos outros membros do grupo. Viviam em pequenos grupos formados pela família (macho, fêmea e filhotes).



Esqueleto fóssil do Tiranossauro rex
Fonte: http://www.fossilmuseum.net 

Imagem ilustrativa do Tiranossauro rex
Fonte: www.infoescola.com.br
Esqueleto fóssil do Tiranossauro rex 
Fonte: http://www.fossilmuseum.net


Titanossaurus

O Titanossauro era um dinossauro herbívoro, saurópode, que media cerca de l2 m de comprimento por 6 metros de altura, sendo considerado um dos maiores "dinossauros brasileiros" , reconhecido em diversas regiões do Brasil através de fósseis, dentes e ovos. O Titanossauro viveu a 100 milhões de anos atrás, no Cretáceo. Pesava cerca de 9 toneladas herbívoro, ou seja comia folhas no topo das árvores há aproximadamente 6 metros de altura. Os fragmentos de ossos  que encontram-se no Acervo GAIA são da região norte de Minas Gerais. Os fragmentos devem pertencer a um titanossauro pertencente a um gênero de dinossauros saurópodes herbívoros.  







Fotos: Marcos Vinícius Pacheco e Vinícius Fidélis














Réplicas da Era Cenozoica

     A Era Cenozoica se iniciou há 65 milhões de anos e dura até os dias de hoje. É subdivida em dois períodos: Terciário e Quaternário.  Essa alteração drástica foi fatal para inúmeras espécies animais e vegetais, causando uma extinção em massa.  O limite inferior da Era Cenozoica corresponde ao aparecimento da nova fauna que se instalou no nosso planeta, após esse impacto.  A Era Cenozoica é chamada de "Idade dos Mamíferos" porque estes eram os maiores animais da Terra nessa era, mas foi um tempo de vida tão diversa, que poderia ter se chamado: Era das Plantas com Flores, dos Insetos, das Aves, etc. 


Toxodon platensis - Toxodonte


      O Toxodonte (toxodon platensis) foi um animal de origem sulamericana que pôde ser encontrado em países como Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai. Esta espécie habitou esse continente por quase toda a Era Cenozoica, no Período Terciário e no final da Época do Plioceno (data). Seu nome deriva do grego: toxon = arco e odontos = dente, que significa dente arqueado. Os toxodonte faz parte da Ordem dos Notoungulados, ou seja, um grupo de ungulados primitivos (animais com casco). Essa ordem surgiu e se desenvolveu exclusivamente na América do Sul, há cerca de 50 milhões de anos. O toxodonte foi o último representante dessa ordem, o qual se agrupa na Família dos Toxodontídeos.  No Brasil, fósseis de toxodonte já foram encontrados nos estados do Acre, Roraima, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. É um animal pré-histórico indicador de condições ambientais mais úmidas, pela sua necessidade constante de água. Jamais sobreviveria na atual condição mais seca da caatinga. Sua extinção pode estar ligada às mudanças que originaram o atual clima semi-árido no Nordeste do Brasil bem como a ação antrópica (hipóteses ainda não confirmadas).




Esqueleto fóssil do Toxodonte
Fonte: http://www.palaeoblog.blogspot.com


Carcharodon megalodon - Tubarão branco gigante



Foto: Cecília Macedo
     Em 1995, foi feita proposta para mover a espécie para um novo gênero, Carcharocles. Esta questão ainda não está de todo resolvida. Muitos paleontólogos inclinam-se para o nome de Carcharocles, enquanto que outros (sobretudo especialistas em biologia marinha) mantêm a conexão com o tubarão-branco e incluem ambos os animais no gênero Carcharodon.

Existe a teoria de que os megalodontes adultos se alimentavam de baleias e que se extinguiram quando os mares polares se tornaram demasiado frios para a sobrevivência dos tubarões, permitindo que as baleias pudessem estar a salvo deles durante o verão.

As alimentações deste gigante chegam através dos fósseis das baleias que apresentam as marcas dos dentes do tubarão. Para assegurar o consumo diário de alimentos (cerca de 2% do peso do seu corpo) o Megalodon caçaria presas com metade do seu tamanho ou maiores. Mesmo que seja verdade, como alguns dizem, que este animal ainda vive nas profundezas dos oceanos, o Homem não fará parte da dieta; somos demasiado pequenos.
Foto: Marcos Vinícius Pacheco

O tamanho deste tubarão era entre 20 e 25 metros, com um peso que podia chegar a 50 toneladas. Ele é representado no registro fóssil principalmente pelos seus dentes e suas vértebras. Como acontece com todos os outros tubarões, seu esqueleto era formado por cartilagem em vez de ossos. Os fósseis mais comuns de megalodontes são os dentes que possuem: forma triangular, estrutura robusta, são de grande porte, serrilha boa e são em forma de V. Os dentes deste tubarão podem medir mais de 18 cm de altura ou comprimento e são maiores do que os de qualquer espécie de tubarão conhecida.
Conhecido como megalodonte foi uma espécie de tubarão gigante que viveu provavelmente 20 e 1,6 milhões de anos atrás no período Mioceno. 


Fóssil do Megalodon



Ilustração comparando o tamanho do tubarão branco atual com o Megalodon
Fonte: http://arquivosdoinsolito.blogspot.com.br


Fóssil de um dente do Megalodon
Fonte: http://oszacarias.blogspot.com.br





Smilodon populator - Tigre-dentes-de-sabre
Foto: Cecília Macedo

     Smilodon populator, ou como é popularmente conhecido Tigre-dentes-de-sabre, pertence à subfamília Machairodontinae.  O Smilodon surgiu no Plioceno (três milhões de anos atrás), sendo provavelmente um descendente do dente de sabre mais antigo Megantereon, e viveu na América do Norte e América do Sul de até dez mil anos. gênero Smilodon foi descrito em 1841 pelo naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund, que encontrou os primeiros fósseis da espécie Smilodon populator nas cavernas de Lagoa Santa (Minas Gerais)Smilodon populator tinha exemplares que mediam mais de três metros de comprimento e pesavam cerca de 400 quilogramas.  Eram estritamente carnívoros, e os seus dentes caninos superiores podiam medir até vinte centímetros de comprimento. Possuíam uma articulação especial da mandíbula que a permitia abrir num ângulo de até 95°. Há evidências de que os Smilodon tivessem um comportamento de grupo, semelhante ao dos leões.
Foi um animal semelhante aos hipopótamos atuais que apresentava pescoço curto possante e atarracado que poderia atingir facilmente a grama, a bacia era larga e os pés e mãos eram volumosos, seu tamanho pode ser comparado ao de um rinoceronte (1300 kg para cada 3 m de comprimento mais 50 cm de cauda). Possuía uma corcova bastante pronunciada que se iniciava no nível das patas anteriores onde as vértebras tinham uma enorme projeção superior. Suas características corpóreas coincidem com aquelas de animais de hábitos semi-anfíbios, ou seja, terrestre, mas que depende de grandes corpos d’água para sobreviver. Sua alimentação era baseada em vegetais aquáticos e gramíneas que cresciam nas margens e no fundo das lagoas e dos rios perenes. Acredita-se que permanecia a maior parte do tempo dentro d’água, como fazem atualmente os hipopótamos africanos.
Apresentavam duas garras recurvadas nas patas dianteiras e tres dedos, as patas traseiras tambem tinham tres dedos mas apenas uma garra recurvada, pelagem de cor avermelhada, eram animais quadrúpedes que conseguiam se sustentar sobre as duas patas traseiras para alcançar folhagens mais altas, possuiam poucos dentes com estrura de dentina prismática e habitavam mais em clima tropical, em aréas de savanas e bordas de florestas.
Animais lentos devido ao seu peso, tornava-se presa fácil para seus predadores como o tigre dentes de sabre, eram corpulentos e muito forte fisicamente, ocorre também na espécie o dimorfismo sexual em que os machos apresentam portes maiores em relação as fêmeas. A distribuição do gênero Eremotherium Laurillardi no território brasileiro é bastante ampla sendo descobertos vários fósseis nos diversos estados como Acre, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Mato grosso e outros. 


Réplica fóssil do cranio do Smilodon populator
Fonte: http://www.biosreplicas.com

Smilodon populator 
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Smilodon_Populator1.JPG



Eremotherium Laurillardi -  A Preguiça-Gigante 

      A preguiça- gigante viveu em todo o continente americano, desenvolvendo-se na América do Sul e migrando até a América do Norte. Eram animais exclusivamente herbívoros comiam folhas, ramos de árvores e gramináceas, no entanto bastante flexíveis em épocas de escassez podiam consumir plantas desérticas, incluindo cactos. 
O gênero Eremotherium Laurillardi encontra-se no reino Animália, no filo dos Cordados, na classe Mammalia, na super ordem Xenarthra dentro da ordem Pilosa e na Família Megatheriidae. Viveu no Período Quaternário, definido por apresentar conteúdos faunísticos e florísticos de formas predominantemente viventes, na época geológica do Pleistoceno que se iniciou há 1,81 milhões de anos e durou até 10 mil anos, quando teve o início a atual época geológica, o Holoceno.
Conhecido popularmente como preguiça-gigante, o gênero Eremotherium Laurillardi corresponde a preguiças terrícolas com comprimento de até 6 m do focinho à extremidade da cauda e altura de até 4 metros, pesando até entre 4 e 5 toneladas, são mamíferos endêmicos do continente americano, representando um dos mais importantes elementos da megafauna quaternária da América do Sul.



Preguiça gigante
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude


Esqueletos fósseis de Megatherium e Eremotherium 
Fonte: museugeologicodabahia.blogspot.com


Ursus spelaeus - Urso das Cavernas



Os resultados da datação por radiocarbono revelaram que o Ursus spelaeus era abundante na Europa Central há 35 mil anos e que o fim da espécie se deu definitivamente há 24 mil anos, devido a um máximo glaciar durante o Pleistoceno, que destruiu o seu habitat, levando à redução do espaço usado para abrigo e da vegetação com que se alimentava. (Ciência Hoje, 2010) Há controvérsia quanto três aspectos do Ursus Spelaeus, que refere ao seu tamanho, sua alimentação e a forma como interagia com os seres humanos (Hominídeos). Segundo Bob Straus, há três equívocos populares sobre o Urso das Cavernas. Primeiro, eles não eram maiores do que os atuais Ursos marrons ou Ursos polares; machos atingiram pesos máximos de cerca de meia tonelada, enquanto as fêmeas eram um pouco menores. Em segundo lugar, a maior parte das evidências apontam para ossos de ursos sendo vegetarianos confirmadas, embora possam ter completado suas dietas com doses ocasionais de carne. E terceiro, ursos da caverna e os seres humanos primitivos não se sobrepõem de forma significativa, embora haja alguns indícios de que pequenas populações de neandertais podem ter adorado esta besta intimidante; seja qual for o caso, os seres humanos certamente não caçavam o Urso das Cavernas à extinção, como fizeram tantos outros mamíferos da megafauna da última idade do gelo. No entanto, um novo estudo conclui que os primeiros seres humanos podem ter ajudado a desgraça dos ursos da caverna, competindo com essas feras por quentes, cavernas secas.
Trata-se de um animal que viveu no pleistoceno, período quaternário que ocorreu entre 1,8 milhão a 11.000 anos atrás. (Atlas Virtual da Pré-História, 2012). Ursos das Cavernas pesavam quase 1,5 toneladas e mediam quase 4,0 metros de altura em pé; esse animal viveu aproximadamente há 12.000 anos.
Os fósseis desses animais foram abundantemente encontrados no continente europeu e Ásia. Esse nome de “urso das cavernas” se deve ao fato dos seus restos serem sempre encontrados dentro de cavernas. 
Segundo um estudo realizado no ano de 2010, por uma equipe de cientistas internacionais, uma das causas da extinção do Urso da Caverna, está relacionado com “o declínio na diversidade genética do Ursus Spelaeus e coincide com o início da expansão humana.” (Ciência Hoje, 2010). Esse trabalho utilizou as sequencias de DNA para chegar essa conclusão.


Urso das cavernas
Fonte: eng.prehistoric-fauna.com




Os alunos do Projeto GAIA que participaram da redação do texto acima foram: Ana Elisa dos Santos,  Ana Paula de Oliveira, Bernadeth Rocha, Cecília Serra Macedo, Cleybe Lopes, Elvis Ferreira de Lima, Fernando André Assis dos Santos, Janaína Reis de Souza, Jéssica Pincelli, Maíra Cristina Oliveira, Patrícia Alves de Souza e Paulo Henrique Augusto Gonçalves, Thayane David Silva e Vinícius Fidélis.




Momentos de  visitas ao Projeto GAIA
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Fósseis e outros vestígios de vida da Era Cenozoica

Fósseis da Era Mesozoica

Fósseis da Era Paleozoica



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