

Mas... para começar, podemos perguntar: O que são os fósseis?
A palavra "fóssil" deriva do termo latino fossile que significa "desenterrado" ou "extraído da terra". A Paleontologia se encarrega de estudar os organismos fossilizados, ou partes deles, ou ainda, seus vestígios. A formação de fósseis é um fenômeno corriqueiro e que ocorre frequentemente. O registro fóssil contém inúmeros vestígios fossilizados dos mais variados organismos do passado geológico da Terra.
Os fósseis são resultado de
lentos processos que ocorrem geralmente em ambientes sub-aquosos (como lagos,
mares interiores, estuários, pântanos, depósitos de rios, etc), na crosta
terrestre ou de cavernas. Um requisito indispensável para que ocorra a
fossilização é o rápido soterramento, dentro de um ambiente com pouco oxigênio,
no qual o organismo não seja descomposto. Assim as partes duras como ossos, dentes,
caules, etc. são os melhores candidatos a virar fósseis.
Os fósseis também refletem como eram as condições do
ambiente quando forma fossilizada podendo dar informação acerca da história
geológica de uma região, assim como do intemperismo, da deriva dos continentes,
etc. Podem ser derivados de plantas, animais ou da sua atividade (tubos, pistas).
São encontrados em vários tamanhos, desde dinossauro (escala métrica), também
denominados de macrofósseis até um esporo (micrometros), denominados de microfósseis.
Em geral os fósseis de plantas (fitofósseis) somente
representam parte do corpo do vegetal tanto vegetativa (folhas, caules, raízes,
etc) como reprodutiva (polens, esporos, sementes, etc.) sendo as últimas melhor
transportadas pela água e o vento e mais resistentes à decomposição. De forma
contrária os animais, dependendo do tamanho e das características das partes
duras (ossos, exoesqueletos, dentes, conchas, garras, etc), que são as mais
propensas à fossilização, podem ser conservados completos, por exemplo:
bivalves, trilobitas, insetos, peixes, foraminíferos, etc
O Núcleo de Paleontologia engloba réplicas de fósseis de cerca de 600 Ma atrás ao Eoceno que foram adquiridas na Oficina de Réplicas da USP. Vamos falar um pouquinho das réplicas que temos.
Réplicas de seres vivos mais antigos que o Éon Fanerozoico
Biota de Ediacara
A Biota Ediacarana é um enigmático conjunto de seres metazoários (seres com células organizadas em tecidos e órgãos) que viveram durante o Período Ediacarano (ca. 635-542 Ma). Como até recentemente o nome do período Ediacarano era Vendiano, também se usa a denominação Biota Vendiana. Além disso, boa parte destes seres assemelham-se a animais primitivos, sendo comuns os termos Fauna Ediacarana e Fauna Vendiana. No entanto, como a classificação destes seres é incerta, já que seus fósseis tratam-se apenas de impressões nas rochas pré-cambrianas, biota é um termo mais apropriado do que fauna para designar o seu conjunto. Essa ocorrência fóssil está entre as mais importantes do mundo. Vestígios fósseis destes seres têm sido encontrados em todo o mundo, representando os mais antigos organismos multicelulares complexos conhecidos.
A Biota Ediacarana exibia um vasto leque de características morfológicas. Seres multicelulares simples, tais como algas vermelhas, já se tinham desenvolvido há pelo menos 1200 Ma. Os antepassados da Biota Ediacarana têm a sua origem no período em que a Terra se debatia com as extensas glaciações do período Criogeniano, tendo surgido pela primeira vez há cerca de 580 Ma e florescido até ao seu desaparecimento quase completo durante o rápido aumento de biodiversidade conhecido como “explosão cambriana”, há 542 Ma atrás. Apesar de alguns fósseis raros, que parecem representar sobreviventes destes seres terem sido datados tão recentemente, as comunidades fósseis primitivas desaparecem do registo no final do Ediacarano, deixando para trás apenas esporádicos fragmentos de outrora ricos ecossistemas. A maioria dos traços corporais atualmente existentes nos animais modernos aparecem pela primeira vez nos registros fósseis do Cambriano, tendo a Biota Cambriana substituído completamente os organismos que dominavam o registo fóssil ediacarano. Quase todos os filos existentes já foram utilizados em determinada altura para acomodar a Biota Ediacarana, desde as algas até os protistas, passando pelos fungos, bactérias ou colônias microbianas e intermediários hipotéticos entre plantas e animais.
![]() |
Réplicas da Biota de Ediacara do Projeto GAIA. Foto: Danielle Piuzana |
![]() |
Imagem ilustrativa da Biota de Ediacara
Retirado de: http://ridge.icu.ac.jp/biobk/BioBookPaleo2.html
|
O Éon Fanerozoico se estende de 545 milhões de anos até os dias de hoje, e é caracterizado por abrigar a vida. É subdividido em três eras: Paleozoico, Mesozoico, Cenozoico.
A Era Paleozoica (do grego: paleo = antiga + zoe = vida) é limitada por dois importantes eventos na história da vida na Terra: o seu início, há 545 milhões de anos, marca o primeiro registro seguro de animais com partes mineralizadas (conchas, carapaças), e seu final, há 248,2 milhões de anos, marca a maior extinção em massa que já ocorreu no nosso planeta. A Era Paleozoica se divide em seis períodos: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano.
Réplicas da Era Paleozoica
O início da Era Paleozoica marca, na verdade, o aparecimento de animais com partes mineralizadas (conchas ou carapaças), que nos forneceram os primeiros fósseis propriamente ditos, já que até então os registros eram apenas impressões em rochas sedimentares geradas por animais de corpo mole.
Conchas
O Acervo do GAIA possui réplica do gênero Neospirifer condor, um Braquiópode da ordem Esperifida. Os braquiópodes são animais invertebrados que eram abundantes nos mares da Era Paleozoica.
![]() |
Réplica de Neospirifer condor do Projeto GAIA. Foto: Danielle Piuzana |
retirado de http://paleo.cc/fossils/new071708/08-br-coral-0490.JPG |
Trilobitas
![]() |
Foto: Danielle Piuzana |
Trilobitas explodiram em diversidade surpreendente no registro fóssil dentro de cerca de cinco milhões de anos de base do Cambriano, sua aparente explosão de vida aconteceu no período conhecido como a Explosão Cambriana. O Cambriano marca um ponto importante na história da vida na Terra, é o período de tempo em que a maioria dos grupos principais de animais apareceram no registro do fóssil. Este evento é chamado de "explosão cambriana", por causa do tempo relativamente curto sobre em que esta diversidade de espécies aparecem.
![]() |
Trilobita
Retirado de: www.jornallivre.com.br
|
Corais Rugosos
Os Corais Rugosos eram seres eucariontes, do reino animália, pertencentes ao filo Cnidário. Eram animais aquáticos, de ordem rugosa. Os primeiros registros fossilíferos surgiram no período Ordoviciano há aproximadamente 510 milhões de anos atrás. Os corais foram extintos no final do Período Permiano estando o seu registro inteiramente confinado à Era Paleozoica, onde sofreram maior variação de formas.
![]() |
Réplica de coral rugoso do Acervo GAIA. Foto: Danielle Piuzana |
A distribuição dos corais rugosos ocorreu sobre mares de pequena profundidade que cobriam grandes áreas continentais que são denominadas de mares epicontinentais no Paleozoico; que é de grande importância, pois, mostra que as placas tectônicas nas quais se encontram os continentes migraram para a direção norte, uma vez que a distribuição destes organismos estava restrita à faixa intertropical, indicada pela ocupação atual dos cnidários formadores de recifes.
![]() |
O mar Devoniano: notar os corais, amonita, esponjas.
Fonte: http://www.fossilmuseum.net/
|
![]() |
Corais rugosos
Fonte: http://www.fossilmuseum.net/
|
Folhas de Plantas Siluriano e Carbonífero
![]() |
Folhas em réplicas do Acervo GAIA. Foto: Danielle Piuzana |
Os vegetais hoje denominados como Pecopteris, correspondem a samambaias primitivas que habitavam o nosso planeta durante os períodos Carbonífero e Permiano.
Os fósseis de frondes destas samambaias podem ser encontrados tanto no Hemisfério Norte (América do Norte e Europa) como no Hemisfério Sul. Aqui no Brasil , elas ocorrem, mais freqüentemente, nas camadas permianas dos estados de Santa Catarina e do Paraná.
Acredita-se que a ocorrência de plantas semelhantes a samambaias esteja relacionada com ambientes úmidos, parecidos aos atuais encontrados junto a margem dos rios.
Os fósseis de frondes destas samambaias podem ser encontrados tanto no Hemisfério Norte (América do Norte e Europa) como no Hemisfério Sul. Aqui no Brasil , elas ocorrem, mais freqüentemente, nas camadas permianas dos estados de Santa Catarina e do Paraná.
Acredita-se que a ocorrência de plantas semelhantes a samambaias esteja relacionada com ambientes úmidos, parecidos aos atuais encontrados junto a margem dos rios.
Fóssil de Pecopteris aborescens
Fonte:http://www.rhyniechert.com/plants.html
|
Mesosaurus Brasiliensis
Um fóssil muito importante que ocorre em vários estados das regiões sul e sudeste do Brasil, é um réptil conhecido como Mesosaurus.
Trata-se de um animal que viveu em um mar epicontinental (sobre o continente) que cobria parte do Brasil e parte da África quando estes continentes estavam unidos no Período Permiano. Devido a isto, estes mesossaurídeos são conhecidos, desde muito tempo, como uma das provas de que estes continentes estiveram unidos um dia, uma vez que seria impossível para um animal desse porte (menos de um metro da cabeça à ponta da calda nos espécimes maiores) atravessar o Oceano Atlântico nadando.
![]() |
Imagem ilustrativa do Mesosaurus Brasiliensis
|
![]() |
Mapa da representação da distribuição de fósseis do continente Pangéia
Fonte: http://espiritoverdade.com.br
|
Amonóide
O amonóide, também conhecido por amonite, constitui um grupo de moluscos, os cefalópodes. Os moluscos tendem a ter um registro fóssil dos mais completos, por sua carapaça mineralizada (calcítica ou aragonítica) e por conseguir colonizar grandes ambientes, desde águas doces e salgadas, e ambientes terrestres úmidos.

![]() |
Fotos: Danielle Piuzana |
Hoje há cerca de 650 espécies vivas, entre elas as lulas e os náutilos que são parentes evolutivos dos amonoides.
![]() |
Imagem ilustrativa do Amonóide
Fonte: linguaviva.zip.net
|
Réplicas da Era Mesozoica
A Era Mesozoica (do grego: meso = meio + zoe = vida) durou de 248,2 a 65 milhões de anos. Os limites do Mesozoico também são marcados por grandes extinções em massa. A extinção no limite Paleozoico/Mesozoico tem causas desconhecidas, mas a extinção no limite Mesozoico/ Cenozóico aparentemente foi causada pelo impacto de um grande meteoro, que gerou uma cratera com mais de 170 km de diâmetro, na península de Yucatan, México. O Mesozoico é divido em três períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo.
Garra do Dinossauro Deinonychus Antirrhopus
![]() |
Réplica de garra do Deinonychus do Acervo GAIA Foto: Danielle Piuzana |
Vários restos de Deinonychus foram encontrados junto com os de Tenontosaurus ornitópode que era muito maior, levando a se acreditar que o Deinonychus caçava em grupo porque seria fácil do Tenontosaurus se defender de um único Deinonychus.
![]() |
Imagem ilustrativa do Deinonychus Antirhopus
Fonte: http://espinossaurodeusdosdinossauros.blogspot.com.br
|
![]() |
Imagem ilustrativa da garra do Deinonychus Antirhopus
Fonte: dino-ssauros.blogspot.com
|
Archaeopteryx lithographica - ARQUEOPTERIX
Réplica Arqueopterix do Projeto GAIA. Foto: Cecília MAcedo. |
![]() |
Origamis criados por Marcos Pacheco no GAIA |
Muitos pesquisadores acreditam que ele podia correr muito bem, e que seu voo era limitado a planar, ele usava suas garras e subia nas arvores e de lá se jogava usando seu rudimentar aparelho de voo, que eram suas asas e sua cauda para planar e assim no percusso pegar algum insetos, podia também correr e prolongar seu salto planando mas não sabe ao certo por qual distancia.
![]() |
Fóssil Arqueopterix
Fonte: http://www.fossilmuseum.net
|
![]() |
Réplica do dente de tiranossauro do Acervo GAIA. Foto: Danielle Piuzana |
O primeiro ataque às credenciais predatórias do dinossauro carnívoro veio à tona em 2003, quando o especialista americano Jack Horner concluiu que os braços sem garras do T-Rex, os olhos pequenos e as patas pouco ágeis demonstrariam que ele seria "100% carniceiro". Seus dentes eram afiados e ligeiramente curvos, o que facilitava a captura das presas. Assim como o tubarão, uma vez que o Tyrannosaurus rex abocanhava a sua vítima a única forma de escapar dos seus dentes era entrar mais fundo em sua boca. Sua arcada dentária possuía cerca de cinquenta desses dentes afiadíssimos de até 20cm de comprimento. Suas vítimas prediletas eram os hadrossauros e ceratopsídeos. Com o achado de um crânio danificado supõe-se que deveriam ocorrer violentas batalhas entre os Tiranossauros, por comida e pelo direito de se acasalar. O Tiranossauro andava sobre duas pernas, que eram fortes o suficiente para sustentar o grande corpo e movimentá-lo a uma velocidade de até 48km/h. Estima-se que cada uma de suas patas traseiras cobria dois teclados de computador e possuía três grandes garras na frente e uma atrás. Os braços minúsculos, chegavam a ser até meio ridículos se comparados ao tamanho desse animal, ficavam no alto do corpo e terminavam em "mãos" dotadas de dois finos dedos em forma de garra. Ninguém sabe ao certo sua finalidade; acredita-se que servia para agarrar as presas, mas elas não eram compridas o suficiente para levar comida à boca. Alguns cientistas sugerem que o T. rex usava essas patas como apoio, para se levantar nas patas traseiras, ao acordar ou após um descanso. Cada pé possuía garras fortíssimas e três dos seus dedos eram de apoio e um nem tocava o chão. Este magnífico e assustador animal que foi descoberto no Oeste Americano, tinha a cabeça gigantesca, cerca de 1,20 metros de comprimento sua pesada cabeça era sustentada por um pescoço curto e forte. Inicialmente ele foi chamado de Dynamosaurus imperiosus, mas logo recebeu um nome mais apropriado Tyrannosaurus rex que significa “rei dos répteis tiranos”. Ninguém sabe exatamente que tipo de ruídos e sons fazia, é provável que ele rugia ou guinchava para chamar os mais novos e reuni-los aos outros membros do grupo. Viviam em pequenos grupos formados pela família (macho, fêmea e filhotes).
![]() |
Esqueleto fóssil do Tiranossauro rex
Fonte: http://www.fossilmuseum.net
|
![]() |
Imagem ilustrativa do Tiranossauro rex
Fonte: www.infoescola.com.br
|
![]() |
Esqueleto fóssil do Tiranossauro rex
Fonte: http://www.fossilmuseum.net
|
Titanossaurus

![]() |
Fotos: Marcos Vinícius Pacheco e Vinícius Fidélis
Réplicas da Era Cenozoica
A Era Cenozoica se iniciou há 65 milhões de anos e dura até os dias de hoje. É subdivida em dois períodos: Terciário e Quaternário. Essa alteração drástica foi fatal para inúmeras espécies animais e vegetais, causando uma extinção em massa. O limite inferior da Era Cenozoica corresponde ao aparecimento da nova fauna que se instalou no nosso planeta, após esse impacto. A Era Cenozoica é chamada de "Idade dos Mamíferos" porque estes eram os maiores animais da Terra nessa era, mas foi um tempo de vida tão diversa, que poderia ter se chamado: Era das Plantas com Flores, dos Insetos, das Aves, etc.
Esqueleto fóssil do Toxodonte
Fonte: http://www.palaeoblog.blogspot.com
|
Carcharodon megalodon - Tubarão branco gigante
Foto: Cecília Macedo |
Existe a teoria de que os megalodontes adultos se alimentavam de baleias e que se extinguiram quando os mares polares se tornaram demasiado frios para a sobrevivência dos tubarões, permitindo que as baleias pudessem estar a salvo deles durante o verão.
As alimentações deste gigante chegam através dos fósseis das baleias que apresentam as marcas dos dentes do tubarão. Para assegurar o consumo diário de alimentos (cerca de 2% do peso do seu corpo) o Megalodon caçaria presas com metade do seu tamanho ou maiores. Mesmo que seja verdade, como alguns dizem, que este animal ainda vive nas profundezas dos oceanos, o Homem não fará parte da dieta; somos demasiado pequenos.
![]() |
Foto: Marcos Vinícius Pacheco |
O tamanho deste tubarão era entre 20 e 25 metros, com um peso que podia chegar a 50 toneladas. Ele é representado no registro fóssil principalmente pelos seus dentes e suas vértebras. Como acontece com todos os outros tubarões, seu esqueleto era formado por cartilagem em vez de ossos. Os fósseis mais comuns de megalodontes são os dentes que possuem: forma triangular, estrutura robusta, são de grande porte, serrilha boa e são em forma de V. Os dentes deste tubarão podem medir mais de 18 cm de altura ou comprimento e são maiores do que os de qualquer espécie de tubarão conhecida.
Conhecido como megalodonte foi uma espécie de tubarão gigante que viveu provavelmente 20 e 1,6 milhões de anos atrás no período Mioceno.
![]() |
Fóssil do Megalodon
|
![]() |
Ilustração comparando o tamanho do tubarão branco atual com o Megalodon
Fonte: http://arquivosdoinsolito.blogspot.com.br
|
![]() |
Fóssil de um dente do Megalodon
Fonte: http://oszacarias.blogspot.com.br
|
Smilodon populator - Tigre-dentes-de-sabre
Foto: Cecília Macedo |
Smilodon populator, ou como é popularmente conhecido Tigre-dentes-de-sabre, pertence à subfamília Machairodontinae. O Smilodon surgiu no Plioceno (três milhões de anos atrás), sendo provavelmente um descendente do dente de sabre mais antigo Megantereon, e viveu na América do Norte e América do Sul de até dez mil anos. O gênero Smilodon foi descrito em 1841 pelo naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund, que encontrou os primeiros fósseis da espécie Smilodon populator nas cavernas de Lagoa Santa (Minas Gerais). Smilodon populator tinha exemplares que mediam mais de três metros de comprimento e pesavam cerca de 400 quilogramas. Eram estritamente carnívoros, e os seus dentes caninos superiores podiam medir até vinte centímetros de comprimento. Possuíam uma articulação especial da mandíbula que a permitia abrir num ângulo de até 95°. Há evidências de que os Smilodon tivessem um comportamento de grupo, semelhante ao dos leões.
Foi um animal semelhante aos hipopótamos atuais que apresentava pescoço curto possante e atarracado que poderia atingir facilmente a grama, a bacia era larga e os pés e mãos eram volumosos, seu tamanho pode ser comparado ao de um rinoceronte (1300 kg para cada 3 m de comprimento mais 50 cm de cauda). Possuía uma corcova bastante pronunciada que se iniciava no nível das patas anteriores onde as vértebras tinham uma enorme projeção superior. Suas características corpóreas coincidem com aquelas de animais de hábitos semi-anfíbios, ou seja, terrestre, mas que depende de grandes corpos d’água para sobreviver. Sua alimentação era baseada em vegetais aquáticos e gramíneas que cresciam nas margens e no fundo das lagoas e dos rios perenes. Acredita-se que permanecia a maior parte do tempo dentro d’água, como fazem atualmente os hipopótamos africanos.
Apresentavam duas garras recurvadas nas patas dianteiras e tres dedos, as patas traseiras tambem tinham tres dedos mas apenas uma garra recurvada, pelagem de cor avermelhada, eram animais quadrúpedes que conseguiam se sustentar sobre as duas patas traseiras para alcançar folhagens mais altas, possuiam poucos dentes com estrura de dentina prismática e habitavam mais em clima tropical, em aréas de savanas e bordas de florestas.
Animais lentos devido ao seu peso, tornava-se presa fácil para seus predadores como o tigre dentes de sabre, eram corpulentos e muito forte fisicamente, ocorre também na espécie o dimorfismo sexual em que os machos apresentam portes maiores em relação as fêmeas. A distribuição do gênero Eremotherium Laurillardi no território brasileiro é bastante ampla sendo descobertos vários fósseis nos diversos estados como Acre, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Mato grosso e outros.
Smilodon populator
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Smilodon_Populator1.JPG
|
Eremotherium Laurillardi - A Preguiça-Gigante
A preguiça- gigante viveu em todo o continente americano, desenvolvendo-se na América do Sul e migrando até a América do Norte. Eram animais exclusivamente herbívoros comiam folhas, ramos de árvores e gramináceas, no entanto bastante flexíveis em épocas de escassez podiam consumir plantas desérticas, incluindo cactos.
O gênero Eremotherium Laurillardi encontra-se no reino Animália, no filo dos Cordados, na classe Mammalia, na super ordem Xenarthra dentro da ordem Pilosa e na Família Megatheriidae. Viveu no Período Quaternário, definido por apresentar conteúdos faunísticos e florísticos de formas predominantemente viventes, na época geológica do Pleistoceno que se iniciou há 1,81 milhões de anos e durou até 10 mil anos, quando teve o início a atual época geológica, o Holoceno.
Conhecido popularmente como preguiça-gigante, o gênero Eremotherium Laurillardi corresponde a preguiças terrícolas com comprimento de até 6 m do focinho à extremidade da cauda e altura de até 4 metros, pesando até entre 4 e 5 toneladas, são mamíferos endêmicos do continente americano, representando um dos mais importantes elementos da megafauna quaternária da América do Sul.
![]() |
Preguiça gigante
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude
|
![]() |
Esqueletos fósseis de Megatherium e Eremotherium
Fonte: museugeologicodabahia.blogspot.com
|
Ursus spelaeus - Urso das Cavernas
Os resultados da datação por radiocarbono revelaram que o Ursus spelaeus era abundante na Europa Central há 35 mil anos e que o fim da espécie se deu definitivamente há 24 mil anos, devido a um máximo glaciar durante o Pleistoceno, que destruiu o seu habitat, levando à redução do espaço usado para abrigo e da vegetação com que se alimentava. (Ciência Hoje, 2010) Há controvérsia quanto três aspectos do Ursus Spelaeus, que refere ao seu tamanho, sua alimentação e a forma como interagia com os seres humanos (Hominídeos). Segundo Bob Straus, há três equívocos populares sobre o Urso das Cavernas. Primeiro, eles não eram maiores do que os atuais Ursos marrons ou Ursos polares; machos atingiram pesos máximos de cerca de meia tonelada, enquanto as fêmeas eram um pouco menores. Em segundo lugar, a maior parte das evidências apontam para ossos de ursos sendo vegetarianos confirmadas, embora possam ter completado suas dietas com doses ocasionais de carne. E terceiro, ursos da caverna e os seres humanos primitivos não se sobrepõem de forma significativa, embora haja alguns indícios de que pequenas populações de neandertais podem ter adorado esta besta intimidante; seja qual for o caso, os seres humanos certamente não caçavam o Urso das Cavernas à extinção, como fizeram tantos outros mamíferos da megafauna da última idade do gelo. No entanto, um novo estudo conclui que os primeiros seres humanos podem ter ajudado a desgraça dos ursos da caverna, competindo com essas feras por quentes, cavernas secas.
Trata-se de um animal que viveu no pleistoceno, período quaternário que ocorreu entre 1,8 milhão a 11.000 anos atrás. (Atlas Virtual da Pré-História, 2012). Ursos das Cavernas pesavam quase 1,5 toneladas e mediam quase 4,0 metros de altura em pé; esse animal viveu aproximadamente há 12.000 anos.
Os fósseis desses animais foram abundantemente encontrados no continente europeu e Ásia. Esse nome de “urso das cavernas” se deve ao fato dos seus restos serem sempre encontrados dentro de cavernas.
Segundo um estudo realizado no ano de 2010, por uma equipe de cientistas internacionais, uma das causas da extinção do Urso da Caverna, está relacionado com “o declínio na diversidade genética do Ursus Spelaeus e coincide com o início da expansão humana.” (Ciência Hoje, 2010). Esse trabalho utilizou as sequencias de DNA para chegar essa conclusão.
![]() |
Urso das cavernas
Fonte: eng.prehistoric-fauna.com
|
Os alunos do Projeto GAIA que participaram da redação do texto acima foram: Ana Elisa dos Santos, Ana Paula de Oliveira, Bernadeth Rocha, Cecília Serra Macedo, Cleybe Lopes, Elvis Ferreira de Lima, Fernando André Assis dos Santos, Janaína Reis de Souza, Jéssica Pincelli, Maíra Cristina Oliveira, Patrícia Alves de Souza e Paulo Henrique Augusto Gonçalves, Thayane David Silva e Vinícius Fidélis.
Momentos de visitas ao Projeto GAIA
____________________________________________________________
Fósseis e outros vestígios de vida da Era Cenozoica |
Fósseis da Era Mesozoica |
Fósseis da Era Paleozoica |
Nenhum comentário:
Postar um comentário