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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Raio- x da maior bacia hidrográfica do mundo


Amazônia, maior bacia hidrográfica terrestre, está localizada na faixa tropical da América do Sul, e abrange nove países. Ocupa uma área de 6,3 milhões de km2, e a maior parte dela se encontra em território brasileiro (4,8 milhões de km2).

Ela tem um papel fundamental no funcionamento do sistema climático da Terra, atuando como fonte de calor crítica para a atmosfera global. O processo se inicia mediante a evaporação do vapor de água à superfície e liberação de calor na média e alta troposfera através do calor latente de condensação das nuvens convectivas tropicais. Parte desse vapor de água precipita-se nas áreas de convecção e o restante é transportado pela circulação de grande escala na média e alta troposfera, fora dessas áreas, onde se resfria, emitindo radiação de onda longa (ROL).

A bacia amazônica é formada pelo rio Amazonas e seus afluentes. Estes estão situados nos dois hemisférios (no hemisfério norte e no hemisfério sul) e, devido a esse fato, o rio Amazonas tem dois períodos de chuvas, pois a época das chuvas é diferente no hemisfério norte e no hemisfério sul.

O rio Amazonas foi recentemente reconhecido como o rio mais extenso do mundo, no qual, ao longo da bacia, desembocam mais de mil afluentes, contribuindo com 15% a 20% da água doce para os oceanos, com expressiva quantidade de nutrientes. Esses nutrientes ajudam a alimentar a vida marinha, que, por sua vez, exerce um papel importante no balanço global do carbono, absorvendo importantes quantidades de carbono.


Rede de drenagem da bacia amazônica, extraída dos mosaicos das imagens JERS-1 no período de seca, a elipse vermelha destaca a zona de amplitude mais elevada com uma densa rede de drenagem, inserida na Formação Solimões. Fonte: livro Secas da Amazônia. Ed. Oficina de Textos.

Intensa precipitação e temperatura quase constante decorrente das elevadas taxas de radiação recebidas ao longo do ano fazem dessa região a maior floresta tropical úmida.

Esse ambiente é propício ao desenvolvimento de uma vasta diversidade de ecossistemas, gerando uma produtividade primária líquida de aproximadamente 10% de toda a produzida pela biosfera terrestre.

As secas severas decorrentes dos déficits pluviométricos anômalos observados em grande parte da região amazônica em 2005 e 2010 estimularam o interesse no entendimento das suas causas climáticas, bem como das suas principais consequências para a região, seja nas regiões de terra firme, seja nas regiões alagáveis.


Fonte da Informação: http://www.comunitexto.com.br/raio-x-da-maior-bacia-hidrografica-mundo/#.VVrA7Uuc87o

terça-feira, 24 de março de 2015

Hidrogeologia: o escoamento em um aquífero


O conhecimento dos aquíferos, da qualidade e da disponibilidade da água é um dos desafios do século XXI: os aquíferos são explorados ativamente de poços ou captações para fornecer água a uma população sempre crescente.

Os aquíferos

A água subterrânea fica contida em rochas denominadas reservatório. Num reservatório saturado, a água escoa: trata-se do aquífero. A água subterrânea não está totalmente disponível: a água de constituição está aprisionada nas redes cristalinas dos minerais; há também a água retida pelas pressões eletrostáticas da superfície dos minerais (água capilar e água pelicular); a água retida por absorção (água higrostática); e a água livre, a única que pode circular no aquífero (água de percolação).



 Água livre e retenção de uma rocha porosa. Retirado do livro “82 Resumos Geológicos”. Ed. Oficina de Textos

O topo do nível freático é chamado de superfície piezométrica: corresponde ao nível da água nos poços (pluvial). O bombeamento da água no aquífero modifica a superfície piezométrica. Os níveis d’água dos aluviões têm relação direta com os cursos de água superficial.

Os níveis d’água superficiais, de fácil acesso, são chamados freáticos. Os depósitos de água contidos em rochas impermeáveis são chamados de aquicludes. Os aquíferos artesianos são confinados e têm a superfície piezométrica acima do solo: a água jorra dos poços artesianos. Os aquíferos renovam-se por infiltração das águas superficiais.

O escoamento em um aquífero

A porosidade é a capacidade de uma rocha para reter determinada quantidade de água. Por fratura ou alteração, rochas pouco porosas no início ganham uma importante porosidade secundária.

A permeabilidade é a propriedade da rocha de se deixar atravessar pela água. Quando um volume de água Q escoa até a uma altura h numa rocha de uma dada seção, a velocidade de escoamento depende da permeabilidade K da rocha aquífera. K é dado pela lei de Darcy: Q = k A h/l, na qual

Q = quantidade de água que atravessa o meio (m3 · s-1);

A é a superfície (m2);

h, a diferença de altura;

l (m), o comprimento percorrido.

A rocha é chamada aquífera quando K > 10 m-4 · s-1.




Cone de depressão durante o bombeamento de um aquífero. Retirado do livro 82 Resumos Geológicos. Ed. Oficina de Textos.




Esquema dos aquíferos livres e confinados. Retirado do livro 82 Resumos Geológicos. Ed. Oficina de Textos.

As rochas mais permeáveis são rochas não consolidadas, não cimentadas, como as areias, os conglomerados. As águas escoam no aquífero por gravidade. O aquífero é definido pelas curvas de nível (interseção de um plano horizontal com os limites do aquífero), e a direção de escoamento é perpendicular às curvas de nível.

Fonte da Informação: http://www.comunitexto.com.br/