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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Onze erros comuns entre os professores de Geografia




Todos os profissionais estão sujeitos a erros e, com os professores, não é diferente. Portanto, a grande virtude de um profissional da área da educação não é a infalibilidade, mas a capacidade de procurar e reconhecer os próprios erros e dificuldades de modo a evitá-los e, assim, tornar-se cada dia melhor naquilo que faz.
O objetivo deste texto não é o de apontar erros como se fossem um defeito grave, mas sim o de enumerar os principais problemas dos professores de Geografia para que os educadores dessa importante área do conhecimento possam aperfeiçoar-se.
Confira, a seguir, os onze erros mais comuns cometidos entre os professores de Geografia:


1) Não esclarecer o conceito da Geografia e seus objetivos
Não são poucos os mitos e enganos sobre o que é, especificamente, a Geografia. É claro que essa questão não possui uma definição única e precisa, haja vista que é amplamente debatida pelos principais pensadores da área e, eventualmente, redefinida. No entanto, cabe sempre ao professor de Geografia o esclarecimento sobre o que é a Geografia e o que ela estuda e, por extensão, o que ela não é e o que ela não estuda.
O grande erro dos professores de Geografia é realizar essa tarefa em apenas uma aula, durante um período específico do ano. Sempre que possível e necessário, é preciso lembrar aos alunos que a Geografia é a ciência que estuda o espaço geográfico, que aborda os seus aspectos naturais e humanos e que se baseia em importantes conceitos, como o de paisagem, espaço, lugar, região, território e muitos outros.
Não são raros os estudantes que se perguntam: como pode uma mesma disciplina estudar, por exemplo, as configurações geopolíticas do planeta e, ao mesmo tempo, as dinâmicas das formas de relevo? Para o professor de Geografia, cabe a missão de explicar que esses temas fazem parte de um mesmo conjunto socioespacial que está diretamente relacionado com as práticas humanas.


2) Não contextualizar informações e conceitos
Esse não é um erro exclusivo dos professores de Geografia, mas de várias áreas do conhecimento. É amplamente sabido que um conceito ou tema qualquer, explicado de forma isolada, é muito mais dificilmente compreendido do que se a sua explicação fosse realizada a partir de um contexto.
O aluno consegue assimilar melhor um determinado assunto quando ele vê que aquele conhecimento não foi apresentado em sala de aula de forma aleatória, mas que existem debates e discussões sobre esse tema. Então, antes de introduzir uma determinada matéria ou até um conceito muito específico, é bom apresentar uma contextualização, que pode ser uma matéria de jornal, um artigo de opinião, uma reportagem na TV ou até a fala do próprio professor sobre uma história, uma curiosidade, entre outras inúmeras opções.


3) Colocar os alunos para decorar as capitais dos estados e dos países
É verdade que esse procedimento é realizado cada vez mais raramente, mas ainda ocorre. Um professor não deve colocar os seus alunos para decorar aleatoriamente as capitais de países, o que se relaciona, diretamente, com o item anterior. Afinal, essa metodologia para ensinar um conhecimento, que é até eventualmente útil, apresenta-se de forma mecânica e descontextualizada.
Mais do que decorar quais são as capitais dos países e dos estados brasileiros, é importante ensiná-las de forma transversal, ou seja, ao longo dos diferentes temas. Por exemplo, quando estudamos os aspectos regionais da região Nordeste, apresentamos as capitais dos estados dessa região de maneira interligada com as demais características, o que pode gerar um maior aprendizado.


4) Esvaziar a crítica dos temas ou se limitar a criticar
Embora exista certa polêmica sobre uma possível doutrinação dos professores de Geografia em sala de aula, é errado pensar que os conteúdos devam ser trabalhados sem uma análise crítica dos fatos, o que inclui a abordagem de todas as críticas existentes sobre um determinado aspecto da realidade. Afinal, a própria crítica serve como aprendizado, pois alimenta a contextualização defendida no item 2.
Outro problema, no entanto, estabelece-se quando o professor aborda um determinado assunto somente a partir da sua crítica, privando os alunos de conceitos básicos. Um exemplo clássico: aulas sobre as disputas árabe-israelenses sem o devido aproveitamento das informações sociais e naturais da região, apenas com a opinião do professor ou com as críticas existentes sobre o caso.
Portanto, é preciso encontrar um meio-termo entre a aula não crítica e a aula somente crítica.


5) Realizar críticas e opiniões sem conhecimento ou propriedade sobre os assuntos
Ainda sobre a questão da crítica na Geografia, é importante considerar um fato: o professor não deve opinar ou realizar críticas sobre qualquer coisa se não possuir propriedade para tal. Em alguns casos, cabe mais a humildade do “não saber” do que a arrogância do “achar que sabe” para realizar considerações opinativas perante os estudantes.
Um dos erros mais comuns dos professores de Geografia é não resistir a opiniões fáceis, geralmente vinculadas ao senso comum e amplamente difundidas, mas, muitas vezes, enganosas ou reducionistas. É claro que o professor não precisa ser um “pós-doutor” sobre tudo aquilo que deseja opinar, mas é importante o mínimo de conhecimento para evitar enganos.
Aliás, uma das missões dos professores – principalmente em Ciências Humanas – é combater, entre os alunos, a difusão do senso comum, pois a maioria da população se pauta em informações vinculadas a esse tipo de saber, gerando uma série de problemas para a sociedade. Pode até dar trabalho, mas estar “por dentro dos fatos” é muito importante.


6) Trabalhar a produção e a leitura de mapas sem conteúdos e significados
Os temas de Cartografia, como se sabe, são bastante importantes para a Geografia. No entanto, alguns professores e muitos livros didáticos cometem o erro de trabalhar os mapas e os seus elementos de maneira descontextualizada. Mais do que aprender sobre os mapas, é preciso saber o que eles estão dizendo, pois o conteúdo e o significado, sem dúvidas, auxiliam uma correta leitura.


7) Não direcionar a aplicabilidade prática dos conteúdos
Em muitos casos, mais do que apresentar o contexto ou o significado de determinados assuntos e temas, os professores de Geografia precisam também demonstrar a aplicabilidade prática de alguns acontecimentos ou o porquê devemos apreendê-los. Isso não é, em muitas situações, uma tarefa fácil, mas é altamente necessária, tornando-se, assim, um desafio para quem ensina.
Muitos estudantes perguntam-se, por exemplo: “por que eu preciso estudar placas tectônicas?” Assim, nesse caso, o professor precisa esclarecer que o conhecimento sobre as placas tectônicas ajuda-nos a entender como se formam as cadeias montanhosas, por que acontecem terremotos e vulcanismos, além de explicar algumas diferenciações no relevo que interferem na nossa vivência direta.


8) Não utilizar mapas para espacializar as discussões
Se não apresentar conteúdos e conhecimentos relevantes durante o ensino de Cartografia é um erro, o mesmo pode ser dito em não apresentar mapas para espacializar os temas abordados em sala de aula. Os estudantes, quase sempre, precisam saber e entender corretamente a localização de um acontecimento para compreender melhor o que está sendo explicado.
Por exemplo: o professor afirma que o Oriente Médio é uma região onde existem muitos conflitos territoriais, políticos e também envolvendo recursos naturais, notadamente a água e o petróleo. Ao ouvir essas informações, o aluno pode perguntar-se: “Onde está o Oriente Médio?” Assim, utilizar mapas temáticos para esclarecer os diferentes pontos desse e de outros assuntos pode facilitar o aprendizado no sentido de diminuir o caráter abstrato que os conteúdos podem eventualmente adquirir.


9) Desvincular totalmente a Geografia Física da Geografia Humana
Para fins didáticos, é comum haver a separação entre a Geografia Física e a Geografia Humana no processo de ensino e aprendizagem. Até o currículo escolar, muitas vezes, apresenta essa característica. Mas isso não quer dizer que essas áreas estejam desconectadas ou, mais precisamente, que os saberes abordados por elas não estejam interligados.
A Geografia, afinal de contas, estuda, entre outras coisas, a relação entre sociedade e natureza, de modo que é impensável acreditar que os elementos antrópicos estejam desconexos dos elementos humanos. Assim, sempre que possível, o professor deve enfatizar essa complexa e abrangente relação.


10) Ignorar temas e acontecimentos atuais
O professor de Geografia não deve ignorar, em suas aulas, acontecimentos atuais, pois a realidade social é muito dinâmica. Assim, notícias e fatos – amplamente noticiados ou não – precisam ser abordados durante as aulas, nem que isso aconteça apenas de maneira introdutória. É bom também, por outro lado, que o professor consiga um equilíbrio, pois o excesso de comentários sobre notícias a acontecimentos pode atrapalhar o andamento das aulas e o atendimento do currículo escolar.
Além do mais, ao planejar uma aula sobre qualquer assunto, é bom que se pesquise a respeito de descobertas científicas ou acontecimentos recentes, pois isso pode auxiliar, mais uma vez, na contextualização defendida no item 2.


11) Ignorar fatores históricos e conhecimentos de outras disciplinas
Nos tempos atuais, a busca pela interdisciplinaridade é constante, muito embora a formação de professores e o processo de constituição das ciências apresentem limitações quanto a isso. Assim, é preciso que o professor de Geografia busque, ao máximo, romper com barreiras interdisciplinares existentes.
Nesse sentido, é importante apresentar os contextos e acontecimentos históricos de determinados assuntos, além de, ao menos, relacionar determinados temas e conceitos com conteúdos de outras disciplinas.
Esperamos que, com essa lista dos onze erros mais comuns entre os professores de Geografia, possamos contribuir para o aperfeiçoamento da prática docente dos profissionais dessa área. É claro que, em muitos casos, as falhas não são de responsabilidade exclusiva dos professores, haja vista que a falta de estrutura de algumas escolas, a má gestão ou a excessiva carga horária precarizam o trabalho docente. De toda forma, temos que considerar as nossas limitações – pessoais ou estruturais – como um desafio para melhorar não só o desempenho nas salas de aula, mas a educação em si.

Fonte: http://ensinodegeografiauenp.blogspot.com.br

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Espaçonave chega a Plutão dia 14 de julho nos confins do Sistema Solar



A grande expectativa da Nasa, nos próximos 75 dias, é a chegada da espaçonave New Horizons (Novos Horizontes) a Plutão no dia 14 de julho de 2015, que possibilitará, pela primeira vez, imagens e observações científicas muito mais precisas feitas nas proximidades desse gélido planeta-anão.

Aliás, nesse aspecto, 2015 tem tudo para ser um ano muito especial para a astronomia, pois, entre muitos outros eventos positivos, a humanidade conseguirá explorar com sucesso os dois pontos extremos do Sistema Solar. De um lado, Mercúrio, com o trabalho da sonda Messenger. De outro lado, Plutão, planeta-anão, o mais distante do Sol, cujos mistérios os astrônomos poderão desvendar, a partir de julho.

O encontro da nave New Horizons com Plutão marcará um momento histórico, numa data histórica, 14 de julho, consagrado à Revolução Francesa. A espaçonave se aproximará de Plutão e poderá mostrar, então, muito mais detalhes sobre esse planeta-anão e seus satélites.

Depois de nove anos de viagem à velocidade de 52.800 mil km/hora, rumo aos confins do Sistema Solar, a espaçonave fará sua aproximação histórica de Plutão no dia 14 de julho, o que deverá ser considerado um dos grandes feitos astronômicos do século 21, segundo a avaliação de cientistas de diversos países.

“A literatura científica está repleta de artigos sobre as características de Plutão e suas luas, baseadas em observações feitas daqui da Terra” – diz o astronauta e administrador associado da Diretoria de Missões Científicas da Nasa, John Grunsfeld. “Agora poderemos ter muito certeza sobre a realidade de Plutão: vamos estudá-lo de um jeito bem diferente: cara a cara e de perto. A partir do um voo de aproximação sem precedente da espaçonave New Horizons, previsto para o dia 14 de julho, poderemos ampliar de forma exponencial nosso conhecimento sobre Plutão. E não tenho dúvida de que haverá descobertas fascinantes.”

Plutão foi descoberto em 1930 pelo astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh (1906-1997). Esse planeta-anão é esférico e orbita o Sol, como os oito principais planetas. Mas, diferentemente de um planeta, Plutão não tem suficiente gravidade para atrair toda a poeira espacial e objetos minúsculos que encontra em sua rota. Além de ser muito menor do que um planeta, o planeta-anão não chega a ser uma lua ou satélite.

É bom lembrar que Plutão é o segundo planeta-anão em tamanho. O maior é Éris, um objeto transnetuniano (TNO, sigla de Trans-Neptunian Object) descoberto em 2005 pela equipe liderada por Mike Brown, astrônomo do Observatório de Monte Palomar, na Califórnia. Éris tem uma massa 27% superior à de Plutão.

Plutão está a uma distância de 39,5 unidades astronômicas (UA) do Sol. Uma UA equivale à distância que separa a Terra do Sol (149,5 milhões de km). Por ser sua órbita excessivamente elíptica, seu ponto mais próximo do Sol (periélio) fica a 29,7 UA (4,437 bilhões de km) – nesse ponto, Plutão está mais próximo do Sol do que Netuno. No outro extremo de sua órbita, o ponto mais distante do Sol (afélio), o planeta-anão está a 49,7 UA ou 7,311 bilhões de km (numa região chamada de Kuiper Belt (ou KY-per), uma grande faixa de milhares de pequenos objetos de gelo que orbitam o Sol, além de Netuno.

Plutão é muito, muito frio. Sua menor temperatura pode chegar a menos 230 graus Celsius. A gravidade nesse planeta-anão equivale a 1/15 da gravidade terrestre, o que significa que um ser humano que pesa 100 kg na Terra pesará apenas 6,66 kg em Plutão.



Fonte: Por Ethevaldo Siqueira, http://cbn.globoradio.globo.com/

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Mercúrio tem o campo magnético mais antigo do Sistema Solar



O campo magnético que rodeia o planeta Mercúrio é, provavelmente, o mais antigo ainda em atividade em toda a galáxia. Ele surgiu há 3,9 bilhões de anos, cerca de 600 milhões de anos depois da formação do planeta, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science. Mercúrio é o único planeta, além da Terra, a apresentar um campo magnético ativo no Sistema Solar. No entanto, os traços mais antigos do nosso não passam de 3,45 bilhões de anos.

Estudos da última década sugerem que o campo de um planeta é uma proteção necessária contra a radiação solar intensa que pode eliminar a atmosfera, evaporar toda a água e acabar com qualquer chance de vida na superfície. Por isso, ele é um importante indício de vida presente ou passada. Algumas evidências indicam que Marte também foi cercado por magnetismo, mas o campo desapareceu há cerca de 4 bilhões de anos.

"Mercúrio é o planeta com o mais longo campo magnético ao menos no Sistema Solar. Ele teve magnetismo há 3,9 bilhões de anos e possui atualmente. Entretanto, ele pode ter sido 'desligado' e 'religado' em algum momento. A explicação mais simples é que ele esteve presente de alguma forma por esse tempo", afirmou ao site de VEJA a astrônoma canadense Catherine Johnson, professora da Universidade British Columbia, no Canadá, e líder do estudo. "É importante notar, contudo, que mesmo assim não há nenhuma evidência de uma atmosfera tão antiga por lá e as condições de sua superfície provavelmente sempre foram inóspitas para qualquer tipo de vida", completou.

Missão Messenger - As informações vieram da nave Messenger, missão da Nasa que foi encerrada na última semana com a queda da sonda no planeta. Voos muito próximos da superfície, com distâncias de no máximo 15 quilômetros, entre abril do ano passado e desde ano, forneceram os dados que permitiram a análise. Até então, a nave que deixou a Terra em 2004 ficava a uma altitude de 200 a 400 quilômetros de Mercúrio. As novas informações ajudaram os cientistas a descobrir a idade do campo magnético do planeta.

Com os sobrevoos perto da crosta, os pesquisadores coletaram detalhes sobre rochas que registram a força e a direção do magnetismo presente na formação do planeta. Os dados confirmaram que o campo magnético é fraco (cerca de 1% da força do da Terra), está deslocado próximo ao polo Norte (diferente do terrestre, irradiado a partir do centro) e se origina de seu núcleo repleto de ferro em estado líquido.

Magnetismo planetário - Até que os dados da missão Messenger chegassem aos cientistas, um campo magnético em atividade era tido como uma condição exclusiva da Terra no Sistema Solar. O fraco magnetismo de Mercúrio ainda intriga os cientistas. Não se sabe a causa de seu deslocamento para a parte norte do planeta, se ajudou a reter água no solo ou se ele se manteve constante em toda a sua história.

"Para fazer sentido como protetor da vida, não basta um planeta ter campo magnético, ele precisa manter esse campo de maneira estável na superfície por bilhões de anos. As evidências do estudo mostram que, em Mercúrio, o campo provavelmente diminuiu rápido sua força devido ao tamanho do planeta e seu resfriamento rápido, enquanto na Terra ele ainda perdura", explica o astrônomo brasileiro Douglas Galante, pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, e do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da USP. "O desafio lançado por esse artigo é para explicar a origem desse campo em Mercurio tão cedo em sua história, contradizendo muitos dos modelos atuais de evolução planetária. Um dado novo e não esperado que pode reformular a visão que temos do Sistema Solar", concluiu Galante.

Fonte: http://www.acritica.net/

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Metamorfismo de combustão






O Metamorfismo é o processo que envolve mudanças no conteúdo/ composição mineral e/ou na microestrutura de uma rocha, predominantemente no estado sólido. Esse processo ocorre principalmente devido à adaptação da rocha a condições físicas diferentes daquelas em que se formou e que também diferem das condições físicas que ocorrem normalmente na superfície da Terra e na zona da diagênese.

O processo pode coexistir com fusão parcial e também envolver alterações na composição química da rocha. A principal classificação de metamorfismo do ponto de vista da extensão, das características geológicas e da causa é mostrada abaixo:

Principais tipos de metamorfismo. Essa gráfico não inclui todos os termos conhecidos da literatura. Fonte: “Rochas Metamórficas: classificação e glossário” Ed. Oficina de Textos 2014

O uso de alguns nomes em petrologia metamórfica evoluiu de forma distinta em diferentes países e uma gama especializada de termos de rochas tem sido aplicada regionalmente.

A Subcomissão de Sistematização das Rochas Metamórficas (SSRM) da IUGS tem como objetivo prover uma sistematização das definições e da nomenclatura de rochas metamórficas, para ser amplamente adequada e aceita internacionalmente. Os resultados finais deste trabalho foram consolidados no livro Metamorphic Rocks: A Classification and Glossary of Terms, que agora chega ao Brasil pela Editora Oficina de Textos com o título Rochas Metamórficas: classificação e glossário.

Metamorfismo de combustão

Segundo a SSRM a definição de metamorfismo de combustão é: um tipo de metamorfismo de âmbito local produzido pela combustão espontânea de substâncias naturais, como rochas betuminosas, carvão ou óleo. Na literatura, o processo tem sido considerado há muito tempo um tipo distinto de metamorfismo.

A SSRM prefere o termo metamorfismo de combustão para o processo de combustão (queima) de rochas, como um nome coletivo para os diversos tipos de rochas (porcelanitos, buchitos, paralavas), formadas próximas a leitos incinerados de carvão, petróleo, fontes de gás ou folhelhos betuminosos. Auréolas de metamorfismo produzidas por combustão geralmente não ultrapassam alguns metros de espessura, a título excepcional, podem chegar a algumas dezenas de metros. Em alguns casos, o metamorfismo de combustão tem sido descrito impropriamente como pirometamorfismo.

Fonte: http://www.comunitexto.com.br/

terça-feira, 2 de junho de 2015

O que é um sistema cristalino?


Os cristais são sólidos que possuem ordem de longo alcance. O arranjo dos átomos em torno de um ponto qualquer de um cristal é idêntico ao arranjo em outro ponto qualquer equivalente do mesmo cristal (com exceção de possíveis defeitos locais).

A Cristalografia descreve os modos pelos quais os átomos que formam os cristais estão organizados e como a ordem de longo alcance é produzida. Muitas propriedades químicas (bem como bioquímicas) e físicas dependem da estrutura cristalina. Portanto, o conhecimento de Cristalografia é essencial para a exploração das propriedades dos materiais.

Esta ciência se desenvolveu inicialmente como uma ciência de observação, como coadjuvante da Mineralogia. Os minerais eram (e ainda são) descritos pelo seu hábito, que é a forma típica das espécies minerais e que pode variar desde massas indistintas até cristais bem formados.

As formas belas e regulares de cristais naturais despertam nossa atenção desde o passado distante. A forma e o arranjo das faces dos cristais foram desde cedo usados como critérios de classificação. Mais tarde, a simetria passou a ser tratada matematicamente e se tornou um quesito importante na descrição de minerais.

A determinação de estruturas cristalinas, ou seja, da posição de todos os átomos em um cristal, foi um desenvolvimento posterior, um refinamento que dependeu da descoberta dos raios X e de suas aplicações.

Famílias de cristais e sistemas cristalinos

As medições detalhadas de espécimes minerais permitiram a definição de seis famílias cristalinas, denominadas anórtica, monoclínica, ortorrômbica, tetragonal, hexagonal e isométrica. Essa classificação foi ligeiramente expandida pelos cristalógrafos na definição dos sete sistemas cristalinos, que são conjuntos de eixos de referência definidos por sua direção e magnitude e que, portanto, são vetores (grafados em negrito ao longo deste livro). As famílias e classes cristalinas são:

Imagem retirada do portal All About Gemstones (allaboutgemstones.com).
Adaptação e tradução Editora Oficina de Textos




Sistemas Cristalinos. Retirado do livro “Cristalografia” de Richard J. D. Tilley

Fonte: http://www.comunitexto.com.br/