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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Mercúrio tem o campo magnético mais antigo do Sistema Solar



O campo magnético que rodeia o planeta Mercúrio é, provavelmente, o mais antigo ainda em atividade em toda a galáxia. Ele surgiu há 3,9 bilhões de anos, cerca de 600 milhões de anos depois da formação do planeta, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science. Mercúrio é o único planeta, além da Terra, a apresentar um campo magnético ativo no Sistema Solar. No entanto, os traços mais antigos do nosso não passam de 3,45 bilhões de anos.

Estudos da última década sugerem que o campo de um planeta é uma proteção necessária contra a radiação solar intensa que pode eliminar a atmosfera, evaporar toda a água e acabar com qualquer chance de vida na superfície. Por isso, ele é um importante indício de vida presente ou passada. Algumas evidências indicam que Marte também foi cercado por magnetismo, mas o campo desapareceu há cerca de 4 bilhões de anos.

"Mercúrio é o planeta com o mais longo campo magnético ao menos no Sistema Solar. Ele teve magnetismo há 3,9 bilhões de anos e possui atualmente. Entretanto, ele pode ter sido 'desligado' e 'religado' em algum momento. A explicação mais simples é que ele esteve presente de alguma forma por esse tempo", afirmou ao site de VEJA a astrônoma canadense Catherine Johnson, professora da Universidade British Columbia, no Canadá, e líder do estudo. "É importante notar, contudo, que mesmo assim não há nenhuma evidência de uma atmosfera tão antiga por lá e as condições de sua superfície provavelmente sempre foram inóspitas para qualquer tipo de vida", completou.

Missão Messenger - As informações vieram da nave Messenger, missão da Nasa que foi encerrada na última semana com a queda da sonda no planeta. Voos muito próximos da superfície, com distâncias de no máximo 15 quilômetros, entre abril do ano passado e desde ano, forneceram os dados que permitiram a análise. Até então, a nave que deixou a Terra em 2004 ficava a uma altitude de 200 a 400 quilômetros de Mercúrio. As novas informações ajudaram os cientistas a descobrir a idade do campo magnético do planeta.

Com os sobrevoos perto da crosta, os pesquisadores coletaram detalhes sobre rochas que registram a força e a direção do magnetismo presente na formação do planeta. Os dados confirmaram que o campo magnético é fraco (cerca de 1% da força do da Terra), está deslocado próximo ao polo Norte (diferente do terrestre, irradiado a partir do centro) e se origina de seu núcleo repleto de ferro em estado líquido.

Magnetismo planetário - Até que os dados da missão Messenger chegassem aos cientistas, um campo magnético em atividade era tido como uma condição exclusiva da Terra no Sistema Solar. O fraco magnetismo de Mercúrio ainda intriga os cientistas. Não se sabe a causa de seu deslocamento para a parte norte do planeta, se ajudou a reter água no solo ou se ele se manteve constante em toda a sua história.

"Para fazer sentido como protetor da vida, não basta um planeta ter campo magnético, ele precisa manter esse campo de maneira estável na superfície por bilhões de anos. As evidências do estudo mostram que, em Mercúrio, o campo provavelmente diminuiu rápido sua força devido ao tamanho do planeta e seu resfriamento rápido, enquanto na Terra ele ainda perdura", explica o astrônomo brasileiro Douglas Galante, pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, e do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da USP. "O desafio lançado por esse artigo é para explicar a origem desse campo em Mercurio tão cedo em sua história, contradizendo muitos dos modelos atuais de evolução planetária. Um dado novo e não esperado que pode reformular a visão que temos do Sistema Solar", concluiu Galante.

Fonte: http://www.acritica.net/

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O que é o campo magnético da Terra?


O campo magnético terrestre assemelha-se a um dipolo  magnético com seus polos próximos aos polos geográficos da terra. Uma linha imaginária traçada entre os polos sul e norte magnéticos apresenta uma inclinação de aproximadamente 11,3º relativa ao eixo de rotação da Terra. A teoria do dínamo é a mais aceita para explicar  a origem do campo. Um campo magnético, genericamente, se estende infinitamente. Um campo magnético vai se tornando mais fraco com o aumento da distância da sua fonte. Como o efeito do campo magnético terrestre se estende por várias dezenas de milhares de quilômetros, no espaço ele é chamado de magnetosfera da Terra. 

http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/03/campo-magnetico-terra.jpg       

http://sec.gsfc.nasa.gov/popscise.jpg

O campo é semelhante ao de um ímã de barra, mas essa semelhança é superficial.
localização dos polos não é estática, chegando a oscilar vários quilômetros por ano. Os dois polos oscilam independentemente um do outro e não estão em posição diretamente opostas no globo. Atualmente o polo sul magnético distancia-se mais do polo norte geográfico que o polo norte magnético do polo sul geográfico.


Texto de Paulo Henrique M.S.; Fisiologia da Terra, UFVJM

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Os núcleos da terra estão em movimento? Como os cientistas comprovam?








A rotação do núcleo da Terra é oposta a rotação do planeta, dizem cientistas. 
Imagem Retirada do site: http://omundouniverso.blogspot.com.br/2013_11_01_archive.html

O campo magnético da Terra controla a direção e a velocidade com que os núcleos interior e exterior da Terra além de indicar que os núcleos giram em direções opostas. 

Os cientistas já suspeitavam que o campo magnético da Terra que protege a vida da radiação espacial prejudicial, move-se numa direção ligeiramente oeste. Essa teoria foi criada na década de 1690, quando geofísico Edmund Halley (o mesmo Halley que viu o cometa homónimo) navegou a bordo de um navio de pesquisa através do Oceano Atlântico Sul e recolheu leituras de bússola suficientes para identificar essa mudança. 

Em meados do século 20, os geólogos reuniram mais evidências para esta deriva e determinaram que a rotação oeste do campo magnético exerce uma força sobre o núcleo externo líquido, composto por uma mistura de fundição de ferro e níquel, que faz com que ele gire na direção oeste. Décadas mais tarde, geofísicos utilizaram dados sísmicos profundos para determinar que o núcleo interno uma liga de ferro-níquel sólida, que tem aproximadamente o tamanho da lua, gira no sentido leste, a uma velocidade maior do que a rotação da própria Terra. Porém, até agora, os cientistas têm considerado estas rotações dentro das duas camadas do núcleo, em separado, sem qualquer relação entre si. Agora, pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, descobriram um elo comum entre as duas rotações. 

Através da criação de um modelo de computador, os cientistas conseguiram mostrar como a rotação do campo magnético da Terra pode tanto puxar o núcleo externo líquido na direção oeste como, ao mesmo tempo, exercer forças opostas sobre o núcleo interno, provocando uma rotação de leste. O campo magnético da Terra criado pela convecção de metal líquido quente dentro do núcleo externo sofre ligeiras flutuações mais ou menos a cada década. A taxa de rotação do núcleo interno também parece flutuar numa escala de tempo semelhante. Estes novos resultados ajudam a explicar por que esses dois fenómenos ocorrem na mesma escala de tempo, já que um parece afetar o outro, dizem os pesquisadores.




Enviado por Wemerson dos Santos, aluno de Fisiologia da Terra do BHu da UFVJM
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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Quer ver a Aurora Boreal de perto?


O belo fenômeno de cores que acontece nas regiões polares do planeta Terra e pode ser visto em vários lugares. Abaixo listamos os 10 lugares mais prováveis de se ver a Aurora Boreal.  Se você tiver um mapa mundi ou um globo terrestre verá que todos eles encontram-se próximos ao Pólo Norte:
- Noruega
- Canadá 
- Suécia
- Groenlândia
- Finlândia
- Escócia
- Islândia
- Rússia
- Alasca
- Ilhas Faroe (Norte da Escócia)




Encarar as noites gélidas do inverno russo pode ser recompensado por esse belo espetáculo...


Texto enviado pela aluna do Bacharelado em Humanidades da UFVJM:  Maria de Lourdes Faria Resende

terça-feira, 4 de junho de 2013

O mistério por trás do extinto campo magnético da Lua



A Lua é o único satélite natural da Terra, e gerava um campo magnético surpreendentemente intenso. Esse campo permaneceu por, pelo menos, 3,5 bilhões de anos, de acordo com novo estudo, o que representa 160 milhões de anos a mais do que se imaginava.


A ilustração mostra um mecanismo sugerido para a criação de um campo magnético antigo na Lua. Neste cenário, o campo magnético afetaria as rochas espaciais lunares criando instabilidade no núcleo da Lua, o que resultaria em um dínamo que criaria e manteria esse campo magnético.

Com os resultados que se obteve através desta nova pesquisa, seria possível compreender melhor não apenas o campo magnético da Lua, que hoje é extremamente fraco, mas também os de asteroides e outros planetas distantes, segundo afirmam os pesquisadores.

O campo magnético da Terra, por exemplo, é criado por seu dínamo interno, que por sua vez, é gerado pelos movimentos do núcleo de metal derretido da Terra.

Em 2012, os cientistas revelaram que o dínamo lunar esteve presente em seu núcleo por mais tempo do que se imaginava. Além disso, há uma teoria que dá conta de explicar porque o dínamo permaneceu no interior da Lua durante tanto tempo.

De acordo com os pesquisadores, não existe uma só explicação. Pode-se considerar pelo menos duas: a primeira seria que com os impactos cósmicos gigantes a Lua balançou o suficiente para conduzir e manter o seu dínamo. O que sustenta essa teoria é o fato de que o satélite já tenha experimentado diversas colisões maciças até cerca de 3,7 bilhões de anos atrás, o que ocasionou as mais distintas crateras existentes em sua superfície.
A segunda explicação seria o fato de que a Lua produz oscilações por conta da forma como o seu núcleo gira em torno de um eixo diferente do seu entorno. Esse processo poderia interferir drasticamente em seu núcleo.

“A Lua é como um laboratório gigante onde podemos testar nossas teorias sobre como os planetas se formam e evoluem”, disse Clément Suavet, geocientista ao LiveScience.

As descobertas da pesquisa foram detalhadas na revista online Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte da Informação: http://www.jornalciencia.com/universo/

terça-feira, 9 de abril de 2013

Campo magnético terrestre e suas anomalias

O campo magnético da Terra funciona como uma proteção da radiação espacial, interagindo com as mesmas e desviando-as de sua trajetória inicial. Por isso, pode-se dizer que a Terra se comporta como um ímã gigante.

De acordo com o livro Geofísica de Exploração, nas vizinhanças de uma barra magnética desenvolve-se um fluxo magnético que flui de uma extremidade a outra, sendo estas extremidades conhecidas também como pólos. Na Terra, o pólo do magneto que tende a apontar na direção do pólo norte é chamado de norte magnético ou pólo positivo. Este pólo é balanceado por um sul magnético, ou pólo negativo de força idêntica, que fica na extremidade oposta do magneto. Confira na imagem abaixo:



Este fluxo magnético observado acima descreve a estrutura do campo magnético. A agulha da bússola aponta ao longo de uma linha de campo. Quanto mais próximas as linhas de campo, maior será a intensidade do mesmo e quanto mais afastado, mais fracos os campos magnéticos.

A força destes campos pode ser definida por constantes correspondentes a permeabilidade magnética do vácuo e a permeabilidade magnética relativa do meio que separa os pólos. Com isso, as forças podem ser atrativas se os pólos forem de sinais diferentes, ou repulsivas se forem do mesmo sinal.

Embora ainda não exista uma hipótese concreta para a origem do campo magnético terrestre, a teoria mais aceita diz que o campo magnético terrestre se origina das intensas correntes elétricas que circulam seu interior e não da existência de grande quantidade de ferro magnetizado também em seu interior.

Porque o campo magnético é importante para a geofísica?

Os geofísicos estudam o comportamento do campo geomagnético da terra, que consiste em um conjunto de fenômenos que resultam das propriedades magnéticas das rochas. Estas pesquisas são necessárias tanto para a redução de dados magnéticos para um datum apropriado quanto para a interpretação das anomalias resultantes dos processos. Além disso, o campo geomagnético é geometricamente mais complexo que o campo gravitacional da Terra, exibindo variações irregulares que precisam ser melhor compreendidas.

Anomalia Magnética do Atlântico Sul

O fenômeno, que acontece na região Sul do oceano Atlântico, passou a ser visível a partir da década de 1940 com o início da elaboração de mapas magnéticos. Apesar disto, as causas desta anomalia permaneceram desconhecidas até 2006, quando um estudo do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP mostrou que um fluxo reverso no núcleo da Terra é o responsável pelo fenômeno.

A pesquisa foi elaborada pelo geofísico Gelvam Hartmann que detectou pontos na região de encontro do manto e do núcleo terrestre, do fluxo reverso que se reflete na área da anomalia. De acordo com a pesquisa divulgada pela FAPESP, essas áreas de campo magnético de intensidade muito baixa comportam-se como janelas, falhas na teia magnética que protege a Terra do fluxo de partículas do Sol e do universo. Por isso, nessas regiões os astronautas ficam mais expostos à radiação, e há maior chance de ocorrer interferências nas ondas de rádio e problemas na transmissão de energia elétrica.

Apesar da descoberta, ainda não se sabe por que este fenômeno acontece somente no Atlântico Sul. Atualmente, o Brasil está completamente dentro da área de abrangência da Anomalia, e o seu centro encontra-se no Paraguai, mas, de acordo com Hartmann, há 400 anos ela se localizava no Sul do continente africano e apresentava intensidades maiores.

Você sabia…

… Que a NASA divulgou a descoberta de portais no campo magnético terrestre?

Segundo o portal da agência americana, Jack Scudder, cientista da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, conseguiu identificar a presença destas passagens no campo magnético terrestre por meio da análise de dados coletados pelas espaçonaves Themis e Polar da NASA e sondas espaciais da agência espacial européia. O cientista observou cinco combinações simples entre campo magnético e executou a medição de partículas que indicam a presença de portais, que de acordo com Scudder, são pontos nos quais o campo magnético terrestre se conecta ao do Sol, criando uma passagem ininterrupta entre o nosso planeta e a atmosfera solar, que se encontra a 150 milhões de quilômetros.

Ainda de acordo com as observações, estes portais possuem diferentes tamanhos e se abrem e fecham diversas vezes por dia. As passagens permitem a entrada de partículas capazes de aquecer as camadas mais externas da atmosfera do planeta, podendo desencadear tempestades geomagnéticas e dar origem às auroras boreais.

A agência espacial norte-americana pretende lançar uma missão em 2014 para estudar as passagens. 


Fonte da informação: http://www.comunitexto.com.br/