Visitas ao Blog do GAIA

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O núcleo da Terra gira?





Pesquisas anteriores já mostraram que o núcleo da Terra gira mais rápido do que o resto do planeta. No entanto, cientistas da Universidade de Cambridge descobriram que o núcleo está se movendo a uma velocidade muito menor do que se imaginava anteriormente – cerca de 1 grau a cada milhão de anos. O estudo foi publicado na edição de 20 de fevereiro de 2011 da revista Nature Geoscience.

O núcleo interno cresce muito lentamente com o passar do tempo – isso se dá quando as matérias dos fluídos que passam pelo se exterior se solidificam em sua superfície. “As taxas de rotação mais rápidas são incompatíveis com os hemisférios observados no núcleo interno porque não permitiriam tempo suficiente para as diferenças de congelamento na estrutura”, disse a autora do estudo, Lauren Waszek. Para a pesquisa em questão, os cientistas usaram ondas sísmicas que atravessam o núcleo interno – 5.200 km abaixo da superfície da Terra – e compararam o tempo de viagem que as ondas levam para refletir do núcleo até a superfície. A diferença entre o tempo de viagem dessas ondas forneceu a eles uma estimativa de velocidade do núcleo. A taxa de rotação é também calculada a partir do deslocamento das fronteiras dos hemisférios leste e oeste e da taxa de crescimento do núcleo.Embora o núcleo interno esteja a 5.200 km abaixo de nossos pés, o efeito de sua presença é especialmente importante na superfície da Terra. Em particular, à medida que o núcleo cresce, o calor liberado durante a solidificação se propaga par o fluído localizado na parte externa do núcleo. Essa convecção é o que gera o campo geomagnético da Terra. Sem o nosso campo magnético, a superfície não estaria protegida da radiação solar, e por conseqüência não haveria vida na Terra.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Qual é o fóssil mais antigo já encontrado?



Os fósseis antigos até hoje, conhecidos como estromatólitos têm 3,45 bilhões de anos. É difícil para nós até mesmo conseguirmos entender o tamanho disso tudo, mas J. William Schopf, o primeiro paleobiólogo que descobriu os fósseis em 1993, ajuda a colocar as coisas em uma perspectiva mais clara em seu livro "Cradle of Life: The Discoveries of Earth's Earliest Fossils.". Se toda a história da Terra fosse comprimida em um dia de 24 horas, diz Shopf, os humanos teriam chegado no último minuto do dia. Em comparação, os estromatólitos já estariam por ali por mais de 18 horas. Talvez ainda mais surpreendente seja o fato de que os estromatólitos continuam a se formar até hoje.


Ao contrário de fósseis como esqueletos de dinossauros, os estromatólitos nunca fizeram parte de um organismo vivo. No lugar disso, os estromatólitos se desenvolvem mais da mesma forma como um molde é tirado para uma estátua, preservando sua forma, mas não contendo um determinado objeto. No caso dos estromatólitos, o “molde” é composto por finas camadas de sedimento e carbonato de cálcio – a mesma substância que forma o calcário – que se acumula ao redor de complexas colônias de cianobactérias(também chamadas de algas azuis) e outros organismos unicelulares. Os estromatólitos se formam bem lentamente, e o seu processo de formação dura milhares de anos. Felizmente, os estromatólitos de cada período geológico ainda existem. Ao se dissecar e explorar cuidadosamente essas estruturas, os cientistas têm acesso a algumas das únicas pistas sobre como eram as primeiras vidas na Terra.

Depois da Terra ter se formado há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, ela era totalmente inabitável. Na verdade, a superfície da Terra foi uma espécie de rocha derretida por cerca de 800 milhões de anos - e este não era exatamente um ambiente propício para se chamar de “lar” [fonte:Waggoner]. Depois da superfície terrestre ter se resfriado e se solidificado em placas continentais, apareceu o primeiro microorganismo. Entre os mais significantes estavam as cianobactérias, que prosperaram em bacias rasas de água salgada onde apesar de estarem protegidas dos raios solares intensos ainda ficavam perto da superfície já que dependiam do sol para a fotossíntese.

Com o passar do tempo, uma incrível variedade de estromatólitos se formou ao redor dessas colônias de cianobactérias e outras formas de vida primárias. Na verdade, a espantosa complexidade dessas estruturas é a melhor prova de que elas eram cheias de vida – caso contrário elas simplesmente não teriam se formado. De alguma forma, até mesmo as mais antigas dessas estruturas resistiram a bilhões de anos de turbulências geológicas antes de Schopf tê-las descoberto na Austrália Ocidental em 1993.

A descoberta desses estromatólitos em particular foi de extrema importância por inúmeras razões. Quando Darwin propôs a teoria da evolução pela primeira vez, ele reconheceu que lacunas nos registros fósseis representariam uma série ameaça à sua afirmação de que toda a vida teria se originado do mesmo e distante ancestral. Naquela época a tecnologia era muito limitada até mesmo para encontrar, quanto mais para identificar os fósseis e por mais de 100 anos as coisas ficaram exatamente assim. Alguns chegaram a pensar que as provas para esse “link faltante” entre a vida como a conhecemos e as primeiras formas de vida nunca seria descoberto, possivelmente por ter sido destruído durante eras de violentos terremotos e erosões.

No entanto, a descoberta de Schopf mudou as coisas. Os biólogos finalmente tiveram acesso a provas conclusivas sobre quando e quais foram os tipos de vida que primeiro habitaram a Terra, e por causa desse entendimento, os cientistas têm hoje uma ideia muito melhor de como a vida evoluiu. A atmosfera terrestre durante o período Arqueano, quando as cianobactérias e outras formas de vida primárias apareceram, era composta de metano, amônia e gases que seriam tóxicos para a maioria das formas de vida que conhecemos hoje. Atualmente, os cientistas acreditam que organismos como cianobactérias foram responsáveis por criar oxigênio através da respiração anaeróbica. Quem sabe o que os estromatólitos ainda podem nos ensinar sobre a vida na Terra?

Infelizmente, apesar de estromatólitos ainda continuarem a crescer em alguns lugares como o Parque Nacional Yellowstone, nos EUA, e regiões das Bahamas, eles já não são mais tão facilmente encontrados. Se nós não pudermos proteger essas formações incríveis, pode ser que a gente venha a perder para sempre um dos guardiões mais precisos e diligentes dos registros de nosso planeta.

Para ler mais:
http://ciencia.hsw.uol.com.br/

sábado, 8 de dezembro de 2012

Como se forma um Arco-íris?


O arco-íris é um dos espetáculos mais belos que a natureza tem a oferecer - tão bonito, na verdade, que já inspirou inúmeros contos de fada, músicas e lendas.

O processo fundamental para o funcionamento de um arco-íris é a refração- a "inclinação" da luz. A luz desvia - ou mais precisamente, muda de direção - quando viaja de um meio material para outro. Isto ocorre porque a luz viaja com velocidades diferentes em meios diferentes.
Arco íris em Diamantina, Serra dos Cristais ao fundo. Crédito: Danielle Piuzana


Para entender por que a luz se desvia de sua trajetória original, imagine que você está empurrando um carrinho de compras por um estacionamento. O estacionamento é um "meio material" para o carrinho de compras. Se você estiver exercendo uma força constante, a velocidade do carrinho depende do meio em que ele viaja - neste caso, a superfície pavimentada do estacionamento. O que acontece quando você empurra o carrinho de compras para fora do estacionamento, ou seja, para uma área gramada? A grama é um "meio" diferente para o carrinho de compras. Se você o empurra direto para a grama, ele simplesmente desacelera. O meio chamado grama oferece mais resistência, então, é preciso mais energia para mover o carrinho.
Mas, quando você empurra o carrinho sobre a grama em um ângulo, algo diferente acontece. Se a roda direita atinge a grama primeiro, ela desacelera enquanto a roda esquerda ainda está sobre o pavimento. Devido ao fato da roda esquerda estar por um breve momento se movendo mais rápido que a roda direita, o carrinho de compras virará para a direita enquanto se move sobre a grama. Se você movimentar o carrinho da área gramada para a área pavimentada, fazendo um certo ângulo, uma roda acelerará antes da outra e o carrinho sofrerá um desvio.
Igualmente, um feixe de luz sofre um desvio quando entra num prisma de vidro. Isto é uma simplificação, mas pense nisso desta forma: um lado da onda de luz desacelera antes do outro, então o feixe de luz desvia sua trajetória na divisa entre o ar e o vidro (parte da luz na verdade é refletida pela superfície do prisma, porém a maior parte atravessa). A luz sofre um novo desvio quando sai do prisma, porque um lado acelera antes do outro.
Além de desviar a luz como um todo, um prisma separa a luz branca em suas cores componentes. Cores diferentes de luz têm freqüênciasdiferentes, o que as faz viajar em diferentes velocidades quando se movem através da matéria.
Uma cor que viaja mais devagar no vidro sofrerá uma inclinação maior quando passar do ar para o vidro, porque a diferença de velocidade é mais severa. Uma cor que se move mais rapidamente no vidro não desacelerará tanto, então encurvará menos. Dessa forma, as cores que formam a luz branca são separadas de acordo com a freqüência quando elas atravessam o vidro. Se o vidro desviar a luz duas vezes, como em um prisma, você pode ver as cores separadas mais facilmente. Isso se chama dispersão.

Um prisma separa a luz branca em suas cores componentes. Para facilitar, este diagrama mostra apenas vermelho e violeta, que são as extremidades opostas do espectro de luz visível.
Gotas de chuva podem refratar e dispersar a luz na mesma forma básica que um prisma. Nas condições certas, esta refração forma o arco-íris. 

Fazendo um arco-íris

Uma gota de chuva individual tem formato e consistência diferentes de um prisma de vidro, mas ela afeta a luz de maneira similar. Quando a luz do sol branca bate num conjunto de gotas de chuva em um ângulo suficientemente pequeno, você pode ver as cores componentes vermelha, laranja, amarela, verde, azul, anil e violeta - um arco-íris. Para simplificar, olharemos apenas o vermelho e o violeta, as cores que estão nas extremidades do espectro de luz visível.
O diagrama abaixo mostra o que acontece quando a luz do sol bate numa gota de chuva individual.
Quando a luz branca passa do ar para a gota d'água, as cores componentes da luz desaceleram em diferentes velocidades, dependendo de suas freqüências. A luz violeta desvia-se num ângulo relativamente pronunciado quando entra na gota de chuva. No lado direito da gota (ver figura), parte da luz passa para o ar e o restante é refletido para trás. Parte da luz refletida passa para fora no lado esquerdo da gota desviando-se no ar novamente.
Desta forma, cada gota de chuva dispersa luz do sol branca em suas cores componentes. Então por que nós vemos faixas largas de cor, como se diferentes áreas de chuva estivessem dispersando uma única cor diferente? Porque nós apenas vemos uma cor proveniente de cada gota de chuva. Você pode ver como isso funciona no diagrama abaixo.
Quando a gota de chuva A dispersa a luz, apenas a luz vermelha sai no ângulo correto para viajar até os olhos do observador. Os outros feixes coloridos saem num ângulo mais baixo, assim o observador não os vê. A luz do sol atingirá todas as gotas de chuva ao redor da mesma forma, então elas vão arremeter luz vermelha ao observador.
A gota de chuva B está em uma posição muito mais baixa no céu, então ela não arremete luz vermelha ao observador. De sua altura, a luz violeta sai no ângulo correto para viajar até os olhos do observador. Todas as gotas que cercam a gota de chuva B arremetem luz da mesma forma. Todas as gotas de chuva entre A e B arremetem cores diferentes de luz ao observador, então ele vê todo o espectro de cores. Se você estivesse por cima da chuva, veria o arco-íris como um círculo completo, porque a luz arremeteria por toda sua volta. Do solo, nós vemos o arco do arco-íris, que é visível somente acima do horizonte.
Às vezes você vê um arco-íris duplo - um arco-íris vivo com um arco-íris mais fraco sobre ele. O arco-íris mais fraco é produzido da mesma maneira que o mais vivo, mas ao invés da luz refletir uma vez dentro da gota de chuva, refletirá duas vezes. Como resultado desta reflexão dupla, a luz sai da gota de chuva em um ângulo diferente, a qual enxergaremos mais acima. Se você olhar atentamente, verá que as cores do segundo arco-íris estão na ordem invertida do arco-íris primário.
Isso é tudo sobre arco-íris. Luz e água se combinam exatamente da maneira certa para pintar um lindo quadro natural.
Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br

Fazendo Magnetita

Encontramos no Pontociencia, um blog de divulgação científca (http://pontociencia.org.br/experimentos-interna.php?experimento=1007) um experimento super simples que voce pode fazer em casa produzindo um material magnético, semelhante `a propriedade magnética do mineral Magnetita.


Voce irá precisar de:
  • 3 béqueres de 50 mL
  • 1 béquer de 500 mL
  • 1 erlenmeyer de 250 mL
  • 1 placa de petri grande
  • bastão de vidro
  • conta gotas
  • ímã
  • água
  • lã de aço
  • vinagre branco
  • água oxigenada 10 volumes
  • hidróxido de amônia
Segue o roteiro para o experimento:


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Por que Plutão não é mais considerado um planeta?



Desde sua descoberta, em 1930, Plutão tem sido um enigma:

  • ele é menor do que qualquer outro planeta - menor até do que a lua da Terra; 
  • é denso e rochoso, como os planetas terrestres (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte). Seus vizinhos mais próximos, no entanto, são os planetas jovianos gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). Por essa razão, muitos cientistas acreditam que Plutão se originou em outro lugar do espaço e ficou preso na gravidade do Sol. Alguns astrônomos desenvolveram a teoria de que Plutão costumava ser uma das luas de Netuno; 
  • a órbita de Plutão é irregular. Todos os planetas em nosso sistema solar orbitam ao redor do Sol em uma trajetória relativamente horizontal. Plutão, no entanto, orbita ao redor do Sol em um ângulo de 17º em relação a essa trajetória. Além disso, sua órbita é excepcionalmente plana e atravessa a de Netuno; 
  • uma de suas luas, Caronte, tem cerca da metade do tamanho de Plutão. Alguns astrônomos sugeriram que os dois objetos fossem tratados como um sistema binário em vez de como um planeta e seu satélite. 


Esses fatos contribuíram em um duradouro debate para decidir se Plutão deve ser considerado um planeta. No dia 24 de agosto de 2006, a União Astronômica Internacional (UAI), uma organização de astrônomos profissionais, transmitiu duas resoluções que coletivamente revogaram o status de planeta de Plutão. A primeira delas é a Resolução 5A, que define a palavra "planeta". Embora muitas pessoas acreditem conhecer a definição de "planeta", o campo de astronomia nunca havia definido claramente o que é ou não um planeta.

Aqui está como a Resolução 5A define um planeta:
Um planeta é um corpo celeste que (a) está em órbita ao redor do Sol, (b) tem massa suficiente para que sua própria gravidade supere as forças de corpo rígido de maneira que assuma um formato de equilíbrio hidrostático (quase esférico) e (c) tenha limpado a região ao redor de sua órbita.Plutão é relativamente esférico e orbita ao redor do Sol, mas não está de acordo com os critérios porque sua órbita atravessa a de Netuno. As pessoas que criticam a resolução argumentam que outros planetas no sistema solar, inclusive a Terra, não limparam a região ao redor de suas órbitas. A Terra, por exemplo, regularmente encontra asteróides dentro e perto de sua órbita.


Pequenos corpos do sistema solar são objetos que orbitam ao redor do Sol, mas não são planetas ou planetas anões. Outra resolução, a 6A, também se refere especificamente a Plutão, chamando-o de planeta anão.

Nem todos os astrônomos concordam com as Resoluções 5A e 6A. Os críticos indicaram que o uso da expressão "planeta anão" para descrever objetos que não são planetas por definição é confuso e até mesmo enganoso. Alguns astrônomos também questionaram a validade das resoluções, já que relativamente poucos astrônomos profissionais tiveram a habilidade ou a oportunidade de votar.

Para ver mais informações sobre o Sistema Solar :
http://gaiaufvjm.blogspot.com.br/p/observatorio-do-sistema-solar_12.html

Para mais informações: http://ciencia.hsw.uol.com.br/planeta-plutao.htm