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sexta-feira, 22 de março de 2013

Preservação do oceano: questão de sobrevivência



As águas, especialmente os oceanos, estão cada vez mais esgotadas pela pesca excessiva e pelos altos índices de poluição, e apesar de serem as responsáveis pelo funcionamento do planeta, produzindo 70% do oxigênio atmosférico, são altamente negligenciadas nos estudos referentes a mudanças climáticas e não contam com políticas de proteção e conservação.

Proporcionalmente, o mundo passou de dois bilhões para sete bilhões de habitantes em um período de aproximadamente 80 anos, no entanto, nenhum estudo ou lei evoluiu na mesma intensidade para proteger os oceanos, rios e lagos de forma a suprir as necessidades desses cinco bilhões a mais sem prejudicar os maiores provedores de oxigênio do mundo.

O oceano é como o ar, um bem comum, e para a continuação da existência da espécie humana, é imprescindível que permaneça intacto. O plâncton presente nas águas, que faz a captura do carbono e gera oxigênio é incomparável em termos de produção de O2, no entanto, nos últimos 60 anos, o plâncton oceânico foi reduzido em 40%. O mesmo acontece com os peixes, especialmente com o tubarão e o atum, que estão ameaçados, e com as grandes barreiras de corais. No Caribe, por exemplo, 80% desses corais já desapareceram (o armazenamento de dados como esse começou no ano de 1950, ou seja, em 62 anos sobraram apenas 20% dos corais caribenhos). Infelizmente, o tamanho do oceano e sua grandiosidade não serão capazes de evitar um colapso.

Apesar do cenário ruim, ainda há providências a serem tomadas, capazes, ao menos, de reduzir as proporções das consequências da ação do homem sobre o planeta Terra, como por exemplo, a criação de uma rede global de áreas marinhas protegidas, proteção da biodiversidade em águas internacionais, pesquisas coordenadas sobre a acidificação dos oceanos e seus efeitos, expansão e implementação de acordos institucionais para a proteção do ambiente marinho, estabelecimento de procedimentos de manejo nas áreas de pesca – com base no respeito aos ecossistemas e aos pescadores artesanais.


Fonte: Revista Planeta Sustentável

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