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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O que é um Tsunami?


Um Tsunami é uma onda causada pelo movimento repentino do fundo do mar. Este movimento pode ser desencadeado por diferentes fenómenos: sismos, erupções vulcânicas ou deslizamentos de terras submarinos. Podem ainda ser gerados em consequência de impactos de meteoritos. Os Tsunamis propagam-se ao longo da superfície dos oceanos a grandes velocidades e quando atingem a linha de costa os seus efeitos podem ser devastadores.

A grande maioria dos Tsunamis formam-se em consequência de sismos gerados em zonas de subducção. As zonas de subducção são locais onde um fragmento de crusta terrestre, normalmente oceânica, mergulha sob outra (continental ou oceânica) afundando-se no manto. Neste local as forças de fricção são enormes. Imaginem uma fracção de rocha com mais de 20 km de espessura a mergulhar sobre outro com mais de 50 km, podendo atingir várias centenas de quilômetros de extensão e afundando a mais de 700 km de profundidade no manto.

Devido à fricção e devido ao fato de as placas se movimentarem lentamente durante a maior parte do tempo, a zona de subducção encontra-se normalmente bloqueada (stuck). Deste modo a energia vai-se acumulando e as placas vão-se deformando lentamente, mas sem que ocorra movimento relativo ao longo do plano de subducção.
Quando a energia acumulada excede a força de fricção existente entre as duas placas dá-se o movimento repentino relativo entre elas ao longo do plano de subducção, libertando as enormes quantidade de energia. A energia potencial é "transformada" em energia cinética (movimento). Quando isto acontece o fundo do mar pode movimentar-se bruscamente, movimento este que é transferido à coluna de água suprajacente, gerando o Tsunami.




A onda assim formada propaga-se ao longo da superfície do mar, podendo ser amplificada quando atinge as zonas costeiras. Esse tremor de terras no solo do mar provoca uma agitação imensa das águas, resultando em ondas que chegam de maneira violenta e desordenada ao litoral. As consequências são terríveis, como foi possível observar na Ásia em 2004, com cerca de 200 mil mortos e desaparecidos e na Oceania, com pelo menos uma centena de mortos e um número indeterminado de desaparecidos.


Fonte: Geology.com
http://terraquegira.blogspot.com.br/
Esquemas: professoralexeinowatzki.webnode.com.br




terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Como as ostras fazem as pérolas?

A maioria das jóias são confeccionadas usando-se metais preciosos e pedras preciosas encontradas no solo, porém as pérolas são encontradas dentro de uma criatura viva, a ostra. As pérolas são resultado de um processo biológico - é a maneira da ostra se proteger de substâncias estranhas.

As ostras não são os únicos moluscos que podem produzir pérolas: mexilhões e amêijoas (espécies de mariscos) também produzem pérolas, mas esta é uma ocorrência muito mais rara. A maioria das pérolas são produzidas pelas ostras, tanto em ambientes de água doce quanto de água salgada. Para entender como as pérolas são formadas nas ostras, você deve primeiro entender a anatomia básica de uma ostra...

Ostras são bivalves, o que significa que suas conchas são formadas de duas partes, as valvas. As valvas das conchas são mantidas juntas por um ligamento elástico. Este ligamento é posicionado onde as valvas se juntam, e usualmente as mantém abertas para que as ostras possam se alimentar.

Essas são as partes de uma ostra dentro da concha:
boca (palpus)
estômago
coração
intestinos
guelras
ânus
músculo abdutor
manto

Como a ostra cresce de tamanho, sua concha também deve crescer. Omanto é um órgão que origina a concha da ostra, usando os minerais dos alimentos. O material criado pelo manto é chamado madrepérola. A madrepérola alinha o interior da concha.

A formação de uma pérola natural começa quando uma substância estranha desliza para dentro da ostra, entre o manto e a concha, o que irrita o manto. A reação natural da ostra é cobrir esta irritação para se proteger. O manto cobre a irritação com camadas da mesma substância de madrepérola, que é usada para criar a concha. Isto eventualmente forma uma pérola.

Portanto, uma pérola é uma substância estranha coberta com camadas de madrepérola. A maioria das pérolas que vemos nas joalherias são objetos bem redondos, e são as mais valiosas. Nem todas as pérolas se saem tão bem assim. Algumas pérolas possuem um formato irregular - estas são chamadas pérolas barrocas. As perolas, como você provavelmente já notou, possuem grande variedade de cores, incluindo branca, preta, cinza, vermelha, azul e verde. A maioria das pérolas podem ser encontradas por todo o mundo, mas as pérolas pretas são nativas do sul do Pacífico.

As pérolas cultivadas são criadas pelo mesmo processo que as pérolas naturais, mas claro, com uma mãozinha dos criadores. Para criar uma pérola cultivada, o criador abre a concha da ostra e faz uma pequena fenda no tecido do manto. Pequenas irritações são então inseridas por baixo do manto. Em pérolas cultivadas em água doce, cortar o manto da ostra é o suficiente para induzir a secreção de madrepérola que produz uma pérola sem que para isso um corpo estranho tenha que ser inserido.

Apesar das pérolas cultivadas e naturais serem consideradas de igual qualidade, pérolas cultivadas tem geralmente um valor menor, já que não são tão raras.

Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br

Os cientistas são capazes de clonar um dinossauro?


Dinosaur model
NORBERT MILLAUER/AFP/Getty Images
No momento, o mais próximo que as pessoas podem chegar de dinossauros realistas é nas telas de cinema. Fósseis e modelos em tamanho natural como este estão expostos no Dinosaur Park, leste da Alemanha.


O filme "Jurassic Park", de 1993, não foi o primeiro a mostrar dinossauros no mundo moderno. Mas seu roteiro garantiu espaço na cultura popular para a idéia de clonar dinossauros. O filme retratava a clonagem de dinossauros de uma maneira que fazia sentido para muita gente e obteve imenso sucesso de bilheteria, com faturamento mundial superior a US$ 900 milhões [fonte: New York Times (em inglês)].
"Jurassic Park" expandiu a idéia de extrair ADN (em inglês) dos ventres de mosquitos preservados em âmbar. Embora isso pareça possível à primeira vista, é altamente improvável que cientistas encontrem em fósseis de mosquitos ADN de dinossauros utilizável. Os cientistas precisariam de um espécime muito específico - um mosquito fêmea que tivesse consumido muito sangue de dinossauro imediatamente antes de ser apanhado pela resina de uma árvore.Como a fossilização em âmbar é um acontecimento relativamente raro, as chances de que isso tenha ocorrido são bastante pequenas.
A falta de espécimes viáveis não seria o único problema. Além disso, a maior parte dos fósseis de insetos encontrados em âmbar são novos demais para conter sangue de dinossauros - os dinossauros já estavam extintos quando os insetos foram aprisionados. Muitos insetos decaem de dentro para fora quando capturados, o que não deixa nada em seu interior para que os cientistas procurem extrair. Por fim, a amostra teria de ser muito seca, já que o ADN se rompe facilmente na presença de água.
Mas, caso os pesquisadores encontrassem um mosquito perfeitamente preservado, com um corpo repleto de sangue de dinossauro, recuperar seu ADN ainda assim seria difícil. O sangue com o ADN do dinossauro estaria cercado pelo corpo de um inseto, que tem seu próprio ADN. Também poderia existir ADN de outras células aprisionadas no âmbar e capazes de contaminar a amostra. Por fim, é claro, haveria o ADN existente no laboratório e nos corpos dos pesquisadores encarregados da extração.

O ADN em âmbar

A idéia de extrair ADN do âmbar não se limita ao cinema. O primeiro sucesso registrado com essa técnica no mundo real surgiu em 1992, quando cientistas relataram ter descoberto o ADN de uma abelha extinta em uma porção de âmbar encontrada na República Dominicana. Outros anúncios de extrações bem sucedidas se seguiram. Mas existem algumas controvérsias quanto a essas descobertas. Em alguns casos, novas pesquisas negaram a afirmação inicial; em outros, os pesquisadores simplesmente não conseguiram reproduzir a extração original do ADN.


Os cientistas fictícios de "Jurassic Park" tentam superar essa dificuldade combinando o ADN de dinossauros ao de rãs. Mas isso seria como tentar montar um quebra-cabeças de bilhões de peças usando peças de dois jogos diferentes. Além disso, as rãs provavelmente não seriam as melhores candidatas a fornecer ADN substituto. Hoje, uma das teorias dominantes sobre o destino dos dinossauros é que eles tenham evoluído em forma de aves, não de rãs.
Além de tudo isso, a forma mais comum de clonagem usada hoje em animais é a transferência nuclear. Os cientistas inserem o núcleo de uma célula em uma segunda célula da mesma espécie, depois de destruir o núcleo da célula receptora. Não existem células de dinossauros ou ovos de dinossauros que pudessem hospedar o novo conjunto de ADN. Os pesquisadores teriam de descobrir uma nova maneira de permitir que o ADN crescesse em forma de dinossauro vivo.
Assim, o método de "Jurassic Park" não funcionaria.
Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Paisagens: Geleira Perito Moreno, Patagônia

Crédito da Imagem: Danielle Piuzana


A Geleira Perito Moreno localiza-se na Argentina, no Parque Nacional Los Glaciares. A geleira possui 250 Km e mede 30 km de comprimento. Além disso, a geleira mede 5 km de largura com uma profundidade total de gelo de 170 m. A parte mais profunda da geleira chega a 700 m. 











Como se formou?


O processo de formação da Cordilheira dos Andes começou no Terciário e chegou ao início da Idade do Gelo mais recente, início do Quaternário. Nos tributários do Rio Rico podem ser vistas algumas dobras de rochas do Período Cretáceo, como indícios de movimentos tectônicos da convergência das placas tectônicas Sul-Americana (onde vivemos) e a Placa de Nazca, que se encontra no Oceano Pacífico (dê uma olhada no seu Atlas Escolar, na parte de Placas Tectônicas). 

A área do Parque foi afetada pelas glaciações do Quaternário. A espessura do gelo chegou entre 900 e 1400 metros na fase de crescimento mais rápido, cobrindo grande parte de sua área. Como resultado, o alívio foi facilitado em muitas áreas e vários vales glaciais foram escavados pela ação erosiva da geleira. Avanços glaciais foram detectados na região, a maior das quais chegou a cerca de 80 km a leste do lagos Viedma  e Argentino, que voce pode localizar no mapa acima. 
Sistemas de morenas glaciais  são observadas por toda a região. Este nome engraçado - morenas glaciais -  São os depósitos produzidos pelas geleiras quando estas se deslocam. O gelo transporta fragmentos de várias dimensões, mas ele, ao se atritar com rochas maiores, vai depositando esses fragmentos. Dentro do Parque têm sido algumas testemunhas-escuro do último avanço glacial, e normalmente formam uma península no lago a cerca de 1000 metros da frente da geleira hoje.  Em muitas áreas próximas às margens dos lagos são sedimentos lacustres também correspondem a um período em que o lago chegou a um nível mais elevado do que hoje. 


Perito Moreno é uma das três geleiras da Patagônia que não está em retração. Este campo de gelo representa a terceira maior reserva mundial de água doce.



E este nome? Perito Moreno? de onde surgiu?


O nome da geleira se deve ao cientista, naturalista e explorador argentino Francisco Moreno, conhecido como Perito Moreno (1852 — 1919). 

Moreno atravessou a Patagônia de oceano à oceano, entrando em contato direto com as nações indígenas da Patagônia, estudando seu passado e suas origens. Os dados e materiais recolhidos nesta expedição abriram novos horizontes para a antropologia sul-americana e impulsionaram vários cientistas europeus a tomar as etnias indígenas da América do Sul como objeto de estudo. Em 15 de fevereiro de 1877 chegou ao Lago Argentino, onde atualmente se encontra a cidade de El Calafate e descobriu o imponente glaciar que posteriormente foi batizado em sua homenagem .


Crédito da Imagem: Marcelino Morais