Um vulcão do tamanho do Novo México ou das Ilhas Britânicas foi identificado sob o Oceano Pacífico, cerca de 1.600 km a leste do Japão, tornando-se o maior vulcão da Terra. Chamado de Tamu Massif, pensava-se que este gigante era um composto de estruturas menores. Depois de estudar amostras de rochas, o grupo de cientistas da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, acredita que o vulcão é o responsável pela formação da cordilheira submarina Shatsky.
William Sager, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas e da Terra da Universidade de Houston, começou a estudar o vulcão há 20 anos. Os cientistas já sabiam sobre a cadeia montanhosa submarina Shatsky desde o início do século 20, quando foi mapeada, segundo Sager: “Sabíamos que era uma grande cordilheira, mas nós não sabíamos o que a estrutura era e como se formou”. Até então os cientistas pensavam que a ascensão Shatsky era um composto de vários vulcões, em um processo similar à forma como a principal ilha do Havaí formada pela erupção de cinco vulcões separados que estavam nas proximidades.
Além do tamanho, o Tamu Massif também se destaca por seu formato: é um vulcão-escudo, nome dado aos vulcões que têm forma de uma larga montanha, com o perfil de um escudo. Ele é relativamente baixo e amplo, o que indica que a lava expelida deve ter percorrido longas distâncias antes de resfriar, diferentemente da maioria dos vulcões, que costumam ser pequenos e verticais.
A equipe de pesquisadores estudou amostras de núcleo e constatou que a enorme massa de basalto que compõe o vulcão entrou em erupção a partir de uma única fonte. A equipe também realizou análises geoquímicas a partir de amostras do núcleo extraídas do maciço e descobriram que a enorme estrutura era composta da mesma rocha e da mesma idade.
Na descoberta publicada no jornal científico Nature Geoscience os cientistas da Universidade dizem, contudo, acreditam que possam ainda existir outros vulcões maiores, mas que simplesmente não foram encontrados. Até lá este será o maior do sistema solar.
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