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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Entenda como as espécies vegetais participaram da evolução de outros seres vivos


Você já deve ter ouvido falar da teoria da evolução elaborada por Charles Darwin e Alfred Wallace, certo? Ela fala que, ao longo do tempo, as espécies existentes na natureza vão se modificando em busca de maiores chances de sobrevivência. Quase sempre isso nos faz pensar nos bichos, mas as plantas passam pelo mesmo processo.

Ninguém sabe ao certo quando as primeiras plantas terrestres surgiram, mas, segundo o geólogo Renato Ramos, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, isso aconteceu a partir de 470 milhões de anos atrás, no período Ordoviciano. Os antigos ancestrais dos vegetais eram pequenos e primitivos e viviam sempre perto da água.

Nos períodos Ordoviciano e Siluriano, a atmosfera era cheia de gás carbônico, por causa da ação dos vulcões. A abundância desse gás permitiu às plantas crescerem e se multiplicarem (Ilustração: Museu Nacional/UFRJ)


Durante os períodos Ordoviciano e Siluriano (que veio a seguir), a atmosfera da Terra era cheia de gás carbônico, substância usada pelas plantas para fazer fotossíntese e, assim, conseguir energia. Os níveis desse gás na atmosfera da época eram cerca de 15 vezes maiores do que os atuais, e a abundância desse gás possibilitou que as plantas sobrevivessem e se multiplicassem, o que deu origem às primeiras florestas no final do período Devoniano, entre 390 e 360 milhões de anos atrás.

Mais tarde, uma grande expansão das florestas ocorreu no período Carbonífero, entre 360 e 300 milhões de anos atrás. Isso produziu um aumento do nível de oxigênio na atmosfera. O gás, produzido pelas plantas a partir da fotossíntese, passou a formar cerca de 32% da atmosfera terrestre – hoje, o índice de 21%.

“Junto com a ocupação dos continentes pelas plantas, houve o surgimento dos insetos”, conta Renato. “Isso, por sua vez, possibilitou a chegada dos primeiros anfíbios em terra, abrigados pelas sombras das plantas, onde encontraram alimentação abundante”.

Este fóssil de tronco de árvore foi encontrado na Antártica, onde havia grandes florestas no período Cretáceo (Foto: Camille Dornelles)


Mais tarde, no período Cretáceo – entre 145 e 65 milhões de anos atrás –, as florestas já ocupavam todas as partes do mundo, inclusive a Antártica. “Pequenos mamíferos se abrigavam em tocas nos troncos. Eles só saíam escondidos para se alimentar de insetos, plantas e ovos de dinossauros”, comenta o geólogo.

O surgimento das florestas favoreceu não apenas a evolução de anfíbios e mamíferos, mas de outros grupos animais, como as aves. Já imaginou como seria um mundo sem elas?

Texto de Camille Dornelles. Fonte da Informação: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/

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