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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Era Paleozoica: Fatos e curiosidades que você sempre quis saber!



A Era Paleozoica durou cerca de 300 milhões de anos sendo compreendida entre 542 milhões e 245 milhões de anos atrás, aproximadamente.

Durante este longo período, a Terra apresentava seis massas continentais principais, que possuíam imensas montanhas e mares rasos ao longo de suas margens.

Ainda temos resquícios de rochas formadas nessa Era, como as rochas calcárias, usadas para fins industriais nas construções civis, e depósitos de carvão.

Período, geologia e o clima Paleozoico

Na escala de tempo geológico, a Era Paleozoica sucede o Período Pré-Cambriano e precede a Era Mesozoica.

A Era Paleozoica divide-se nos Períodos Permiano Paleozoico Superior, Carbonífero, Devoniano, Siluriano Paleozoico Inferior, Ordoviciano e Cambriano. Pode ser também denominada como era primária e representa a história física do globo terrestre. O clima era quente, úmido e quase não se diferenciava desde a zona dos pólos até o Equador, além de não haver estações definidas.

No entanto, foi nesta Era que a Terra sofreu grandes altos e baixos com o clima, principalmente entre os períodos Cambriano e o Ordoviciano. Neste primeiro, o clima era quente em todo o mundo, mas no início do Período Ordoviciano a temperatura caiu tanto que se configurou como a idade do gelo, nos quais se formaram as geleiras, e o nível do mar baixou.

Em relação aos continentes, antes do Período Cambriano, os continentes eram unidos como um único bloco que se fragmentou durante este Período formando a Gondwana. Este supercontinente incluía a maior parte de terra firme que hoje constituem os continentes do Hemisfério Sul, sendo eles a Antártida, América do Sul, África, Madagascar, Seicheles, Índia, Austrália, Nova Guiné, Nova Zelândia e Nova Caledônia. Os outros continentes (América do Norte e Eurásia) ainda neste período, permaneceram ligados formando um bloco conhecido por Laurásia.

No Período Siluriano, as massas de terra que se tornariam mais tarde a América do Norte, Europa Central e Setentrional e Europa Ocidental, moveram-se mais e tornaram-se ainda mais unidas. O nível do mar subiu novamente.

No período Devoniano, as massas de terra do norte do planeta continuavam firmes e juntas. Gondwana ainda existia, enquanto o resto do planeta era oceano. Por fim, no último período da Era Paleozóica, o Permiano, a Euroamérica e Gondwana se uniram formando um único bloco conhecido como Pangeia. O clima nesta época era provavelmente seco, pois a Pangeia por ser um imenso bloco, impedia que as nuvens de chuva pudessem fazer com que a água penetrasse muito além das costas.

A vida animal na Era Paleozoica


É justamente nesta Era que foi encontrada a resposta para a clássica pergunta: “Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?”.

O Período Carbonífero da Era Paleozoica, que corresponde cerca de 359 milhões a 299 milhões de anos atrás, representou a época de desenvolvimento de seres tetrápodes, isto é, seres que são descendentes de peixes de nadadeiras lobadas, que passaram a depositar seus ovos pela primeira vez na terra, já que tendo, a princípio, um estilo de vida anfíbia, esses animais colocavam seus ovos na água. Ou seja, antes das aves existirem, tal como conhecemos hoje, já havia seres que depositavam seus ovos em solo firme.

Os Trilobites, animais que em sua maioria eram marinhos bentônicos, viviam junto do fundo em profundidades que variavam entre os 300 metros e zonas pouco profundas, próximo à costa, no entanto também havia os de formas planctônicas. Estes animais, característicos desta Era, foram desaparecendo à medida que os peixes tornaram-se mais diversificados.

As libélulas dominavam o céu paleozoico, e repteis marinhos como lagartos e cobras começaram a evoluir, bem como os arcossauros, que dariam origem aos crocodilos, dinossauros e aves.

O Período Carboniano também ficou conhecido como a “Idade das Baratas”, já que se têm registros fósseis de que o seu ancestral Archimylacris eggintoni, andou circulando por todo o mundo.

O Período Permiano, o último desta Era, terminou com a maior extinção em massa que existiu, conhecido como a extinção do Permiano. Este foi o evento de extinção mais severo que ocorreu na Terra, e que resultou na morte de aproximadamente 95% de todas as espécies marinhas e de 70% das espécies que viviam sobre os continentes. Esse fato provocou uma mudança radical em todas as faunas e delimitou a fronteira entre o Período Permiano e o Triássico.

No entanto, antes da extinção em massa, neste período os mares eram quentes, os recifes de corais eram floridos, e serviam de abrigo para peixes e criaturas sem casca. Na terra, os vertebrados evoluíram e se tornaram herbívoros.

A causa da extinção

Existem algumas hipóteses sugeridas pela ciência que tentam explicar esse evento catastrófico. A primeira está relacionada com a evolução dos oceanosno final do Período Paleozoico. Através de dados geológicos que foram interpretados, baseados na teoria da tectônica de placas, a aglomeração de várias massas continentais que constituíram a Pangeia, causou uma diminuição considerada e significativa nas linhas de costa e das áreas de ambientes marinhos que não eram profundos, mas que possuíam habitats diversificados. Ao desaparecer esses habitats, muitas formas de vida marinha também desapareceram. O nível do mar também regrediu agravando toda a situação.

A segunda hipótese rebate a primeira, no qual considera que essas mudanças geológicas não podem ter sido as causadoras da extinção, já que são mudanças que ocorrem em um ritmo tão lento, que os animais seriam capazes de se adaptarem a este processo de evolução, e dessa forma, não haveria razão para tantas espécies terem sido extintas quase que em sua totalidade e de forma tão drástica.
Atualmente, acredita-se na teoria chamada “Hipótese da Arma de Clatratos”. De acordo com esta hipótese, uma enorme erupção vulcânica aconteceu no território da Sibéria, e isso resultou em uma grande liberação de dióxido de carbono, o que aumentou o efeito estufa em 5 graus a mais na temperatura da Terra. Em decorrência disso, uma considerável quantidade de metano que estava congelado no fundo dos oceanos se desprendeu e foi até a atmosfera aumentando em mais 5 graus a temperatura terrestre.

A Terra apresentando 10 graus acima do normal, propiciando um efeito estufa de grandes proporções que acabou com a vida no planeta, restando apenas os pólos geográficos como locais ainda possíveis de manutenção da vida.

fonte: http://www.jornalciencia.com/

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